TEXTO ÁUREO
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
VERDADE PRÁTICA
Reconhecemos a pecaminosidade de todos os seres humanos, que os destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-los a Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Sl 51.5
Todos os humanos são pecadores
Terça — Ec 7.20
O pecado está presente em todos
Quarta — Is 59.2
O pecado nos separa de Deus
Quinta — Rm 3.10-12
Não há na terra um justo sequer
Sexta — At 3.19
Somente a fé em Jesus e o arrependimento restaura o pecador
Sábado — Rm 6.23
A salvação é um dom de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.12-21.
12 — Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
13 — Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei.
14 — No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.
15 — Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.
16 — E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou; porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 — Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
18 — Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
19 — Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos.
20 — Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
21 — para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.
HINOS SUGERIDOS
8, 198 e 536 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender a pecaminosidade de todos os seres humanos, que os destitui da glória de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Definir o termo pecado;
II. Mostrar a origem do pecado;
III. Compreender a solução para o pecado.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
No livro de Gênesis encontramos um dos relatos mais tristes da história da humanidade, a Queda. Mas, Deus não foi pego de surpresa com o pecado de Adão e Eva, pois as Escrituras Sagradas afirmam que desde a fundação do mundo a morte redentora de Jesus, pela salvação da humanidade, já havia sido determinada (Ap 13.8). O homem pecou de modo deliberado contra Deus, mas o Criador não o deixou entregue a sua própria sorte. O Senhor providenciou a sua redenção.
Vivemos em uma sociedade relativista, onde muitos não acreditam mais que haja certo e errado. O erro, o pecado, segundo os relativistas, vai depender do ponto de vista de cada um. Mas, cremos na Verdade absoluta e que a única solução para o pecado está na fé no sacrifício de Jesus Cristo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃOA doutrina do pecado é conhecida nos tratados de teologia como Hamartiologia, da palavra grega hamartia. O estudo se reveste de suma importância porque se trata do problema básico de todos os seres humanos. Todos os conflitos no mundo e as confusões existentes na humanidade são manifestações do pecado. Ninguém pode se livrar dele, mas o Senhor Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores da condenação eterna. O enfoque da presente lição é definir e explicar o pecado, bem como apresentar o meio divino para a solução humana.
PONTO CENTRAL
Reconhecemos a pecaminosidade de todos os seres humanos.
I. DEFININDO OS TERMOS
1. Pecado. Há uma lista extensa de palavras na Bíblia para designar o pecado: erro, iniquidade, transgressão, maldade, impiedade, engano, sedução, rebelião, violência, perversão, orgulho, malícia, concupiscência, prostituição, injustiça etc., além dos verbos e adjetivos cognatos. Muitos desses termos, e outros similares, estão na sombria lista apresentada pelo apóstolo Paulo (Rm 1.29-32; Gl 5.19-21). Mas há um termo genérico para designar o pecado com todos os seus detalhes, chattath, e seu equivalente verbal chattá (pronuncia-se hatá, com “h” aspirado), que literalmente significa “errar o alvo” (Jz 20.16). O substantivo derivado desse termo aparece pela primeira vez no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim: “E, senão fizeres bem, o pecado jaz à porta” (Gn 4.7). O seu equivalente grego na Septuaginta e no Novo Testamento é hamartia. Essa palavra na Septuaginta traduz 24 termos hebraicos no Antigo Testamento referentes ao pecado.
2. Os termos hebraicos awon e peshá. Há na Bíblia um repertório amplo que revela o pecado nos seus vários aspectos, mas este espaço não nos permite uma apresentação exaustiva. O termo hebraico avon, “iniquidade, perversão”, vem de uma raiz que significa “entortar, torcer”, daí a ideia de perverter a lei de Deus. Essa palavra aparece traduzida em nossas versões como “injustiça” (Gn 15.16), “maldade” (Êx 20.5) e “iniquidade” (Lv 26.40). Já o verbo avah, de mesma raiz, descreve a natureza do coração da pessoa não regenerada (Jó 15.5). Isso revela a “vida torta” do pecador. O outro termo de importância na Hamartiologia do Antigo Testamento é o verbo pashá “transgredir” ou o substantivo peshá, “transgressão, delito” (Gn 31.36; 50.17). O ser humano forçou e foi além dos limites que Deus estabeleceu, e isso faz toda a humanidade, homens e mulheres, errar o alvo da vida.
3. O que é pecado? Sabemos que a Bíblia não é um livro de definição, mas de descrição. Ela “revela a verdade em forma popular de vida e fato”, como bem afirmou um historiador da Igreja Philip Schaff. As Escrituras declaram que “o pecado é a transgressão da lei” (1Jo 3.4 — ARA) e que “toda iniquidade é pecado” (1Jo 5.17). Essa declaração é geralmente conhecida como pecado de comissão, isto é, quando praticamos aquilo que não deveríamos fazer (Mt 15.3; Rm 5.14). Mas a Palavra de Deus nos ensina ainda que “aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tg 4.17). Esse pecado é chamado de omissão, pois consiste em nossa falta de ação naquilo que deveríamos fazer (Jo 9.41).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Na Bíblia encontramos vários termos para definir pecado.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A harmatologia, é uma palavra usada no campo teológico para designar ‘a doutrina do pecado’, incluindo seus aspectos sombrios e sua natureza destruidora, tanto aplicada no campo físico como no campo espiritual, mostrando em cada detalhe suas disposições hostis contra Deus, os seres e qualquer entidade no mundo da existência. Em sentido etimológico — a palavra ‘pecado’ conforme se encontra em nossas versões, vem da palavra hebraica ‘hatta’th’, do qual origina-se a raiz hebraica ‘hata’ traduzido na Septuaginta da palavra ‘hamartia’. Existem algumas palavras que relatam significados semelhantes à palavra hebraica hatta’th’, como também a palavra grega ‘hamartia’. Estes termos são aplicados no tempo e no espaço para descrever e dar sentido a tudo aquilo que o pecado é e suas formas de expressão. Os eruditos teológicos usam várias palavras deste gênero para descrever a natureza sombria do pecado, mostrando seus aspectos e suas disposições torcidas, maléficas em sua natureza daninha e perniciosa” (PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.13,14).
CONHEÇA MAIS
Pecado
“Do hebraico hattah; do grego hamartios; do latim peccatum. Transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. Errar o alvo estabelecido pelo Criador ao homem: O pecado mortal é a deliberação consciente e intencional de se resistir a vontade de Deus. Não se trata de um simples pecado ou de uma transgressão ordinária; é uma rebeldia movida pelo orgulho e pelo não reconhecimento da soberania divina”. Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, pp.235,236.
II. ORIGEM DO PECADO
1. O pecado no céu. Foi lá que tudo começou. O pecado já havia sido introduzido no universo quando Adão e Eva foram criados. Antes de acontecer na Terra, o pecado se originou no céu pelo mau uso do livre-arbítrio. Jesus disse que o Diabo peca desde o princípio (Jo 8.44). O querubim ungido foi criado perfeito em sabedoria e formosura, tinha o selo da perfeição (Ez 28.12-15), mas se rebelou contra Deus (Is 14.12-14). Foi o orgulho e a soberba que fizeram esse querubim se transformar em Satanás (1Tm 3.6). Ele foi expulso do céu com os anjos que o acompanharam em sua rebelião (2Pe 2.4; Jd 6; Ap 12.7-9).
2. O pecado no Éden. Adão tinha a permissão de Deus para comer de todas as árvores do jardim, exceto da árvore da ciência do bem e do mal: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16b,17). A advertência foi clara. Quando o casal comeu do fruto proibido, eles perceberam que estavam nus e procuraram se esconder da presença de Deus (Gn 3.7,8). Era a ruptura imediata da comunhão com Deus, a morte espiritual. O próprio Deus anunciou a vinda do Redentor (Gn 3.15) e em seguida pronunciou a sentença ao casal (Gn 3.16-19) e à sua posteridade. Foi por causa dessa desobediência que o pecado entrou no mundo e, com ele, a morte (Rm 5.12). Esse desastre é conhecido como a “Queda da humanidade”.
3. A universalidade do pecado. A Bíblia é clara ao ensinar que herdamos a natureza pecaminosa de Adão (1Co 15.49). Isso passou a ser conhecido como “pecado original”. A Bíblia não mostra como essa transmissão do pecado de Adão passou a todos os humanos, mas afirma que se trata de um fato incontestável (Rm 5.12,19). Assim, as Escrituras mostram como todos nós, homens e mulheres, estamos diante de Deus: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). O quadro apresentado é como segue: todos se extraviaram, não há quem faça o bem (Sl 14.1-5; Rm 3.10-12), por isso não há no mundo quem não peque (1Rs 8.46; Ec 7.20). A prova incontestável da universalidade do pecado é a morte (Rm 5.12). Nem mesmo os salvos em Cristo estão isentos dessa lei (1Jo 1.8).O pecado é um princípio real e presente na vida de todas as pessoas, desde o ventre materno (Sl 51.5; 58.3). A Queda no Éden corrompeu toda a humanidade em todo o seu ser: corpo, alma e espírito, intelecto, emoção e vontade (Is 1.5,6; 2Co 7.1).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O pecado teve sua origem no céu, porém na terra ele teve início com a desobediência de Adão e Eva.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O pecado no Éden, Satanás e a raça humana
“Duas árvores do jardim do jardim do Éden tinham importância especial. (1) A ‘árvore da vida’ provavelmente tinha por fim impedir a morte física. É relacionada com a vida perpétua, em 3.22. O povo de Deus terá acesso à árvore da vida no novo céu e na nova terra (Ap 2.7; 22.2). (2) A ‘árvore da ciência do bem e do mal’ tinha a finalidade de testar a fé de Adão e sua obediência à sua palavra. Deus criou o ser humano como ente moral capaz de optar livremente por amar e obedecer ao seu Criador, ou desobedecer-lhe e rebelar-se contra a sua vontade.
A raça humana está ligada a Deus mediante a fé na sua palavra como a verdade absoluta. Satanás, porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, causando dúvidas contra a palavra divina. Satanás insinuou que Deus não estava falando sério no que dissera ao casal. Noutras palavras, a primeira mentira proposta por Satanás foi uma forma de antinominianismo, negando o castigo da morte pelo pecado e apostasia. Um dos pecados capitais da humanidade é a falta de fé na Palavra de Deus. É admitir que, de certo modo, Deus não fala sério sobre o que Ele diz da salvação, da justiça, do pecado, do julgamento e da morte. A mentira mais persistente de Satanás é que o pecado proposital e a rebelião contra Deus, sem arrependimento, não causarão, em absoluto, a separação de Deus e a condenação eterna.
Satanás, desde o princípio da raça humana, tenta os seres humanos a crer que podem ser semelhantes a Deus, inclusive decidindo por contra própria o que é bom e o que é mau. Os seres humanos, na sua tentativa de serem ‘como Deus’, abandonam o Deus onipotente e daí surge os falsos deuses. O ser humano procura, hoje, obter conhecimento moral e discernimento ético partindo de sua própria mente e desejos, e não da Palavra de Deus. Porém, só Deus tem o direito de determinar aquilo que é bom ou mau” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, pp.34-36).
III. A SOLUÇÃO PARA O PECADO
1. Nem tudo está perdido. A Bíblia narra a situação humana descrevendo-a como “mortos em ofensas e pecados” (Ef 2.1) e que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Morte significa “separação”. Isso começou com a Queda de Adão e continuou com a sua posteridade (Is 59.2). Mas Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, declara agora que nos “vivificou” (Ef 2.1a) e que o seu “o dom gratuito [...] é a vida eterna” (Rm 6.23b). A graça está disponível para toda a raça humana (Tt 2.11) e a salvação em Jesus pode ser encontrada em todos os lugares (At 17.30).
2. A provisão de Deus. O pecado entrou no mundo por um homem, Adão; assim também a redenção veio por um homem: “a graça de Deus, o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos” (Rm 5.15). A morte de Jesus foi expiatória, um sacrifício pelos nossos pecados que “Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue” (Rm 3.25). Expiação diz respeito ao sacrifício para purificação e ao perdão dos pecados por meio dos sacrifícios (Lv 4.35; 17.11). A propiciação é o ato que apazigua a ira divina contra o pecado, satisfazendo a santidade e a justiça de Deus. A expiação realizada pelo “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29) é um ato da graça de Deus em favor de todos os seres humanos (1Jo 2.2). Assim, o Senhor Jesus é a provisão de Deus para o pecador.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A morte expiatória de Jesus Cristo foi e é a solução para o pecado.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Lendo o Antigo Testamento e considerando séria e literalmente a sua mensagem, facilmente concluiremos que a salvação é um dos temas dominantes, e Deus, o protagonista. O tema da salvação já aparece em Gênesis 3.15, na promessa de que o Descendente — ou ‘semente’ — da mulher esmagará a cabeça da serpente. ‘Este é o protoevangelium, o primeiro vislumbre da salvação que virá através daquEle que restaurará o homem à vida’. Javé salvava o seu povo através de juízes (Jz 2.16,18) e outros líderes, como Samuel (1Sm 7.8) e Davi (1Sm 19.5). Javé livrou até mesmo a Síria, inimiga de Israel, por meio de Naamã (2Rs 5.1). Não há salvador à parte do Senhor (Is 43.11)”. (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.97).
CONCLUSÃO
A única esperança é o Senhor Jesus, o único que pode nos restaurar a Deus. Restaurar é restituir, e isso se aplica tanto a possessões e bens (Êx 22.14; Is 58.12; Lc 19.8) como também a pessoas (Jr 30.17). O plano de Deus é restaurar todas as coisas (At 3.21), mas Ele começou com os seres humanos. Nós estávamos perdidos, como o filho pródigo, e fomos restaurados a Deus pelo arrependimento (At 3.19; 2Co 7.10) e pela fé em Jesus (Rm 5.1).
PARA REFLETIR
A respeito da pecaminosidade humana e a sua restauração a Deus, responda:
Qual o termo genérico para designar o pecado e qual o seu significado?
O termo genérico para designar o pecado com todos os seus detalhes, chattath, e seu equivalente verbal chattá (pronuncia-se hatá, com “h” aspirado), que literalmente significa “errar o alvo” (Jz 20.16).
O que é pecado nas palavras de 1 João 3.4?
É a transgressão da lei (1Jo 3.4 — ARA).
Onde se originou o pecado e por quem tudo começou?
O pecado se originou no céu e tudo começou pelo mau uso do livre-arbítrio.
Qual a prova incontestável da universalidade do pecado?
A prova incontestável da universalidade do pecado é a morte (Rm 5.12).
Quem é a provisão de Deus para o pecador?
Jesus Cristo, “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A pecaminosidade humana e sua restauração a Deus
O problema do pecado
Um “senhor” que domina a vida de uma pessoa. É assim que a Bíblia nos apresenta o pecado (Rm 6.12-14). Ele não pode ser vencido apenas pela atitude humana.
A questão não é o que o ser humano pode fazer para se livrar do pecado, mas o que foi feito para que o pecado fosse removido do ser humano. Ora, se não houver a experiência de conhecer a Cristo mediante a fé pela graça de Deus (Ef 2.8), o ser humano continuará escravo do “senhorio” do Pecado. Logo, esse poder só é quebrado, e essa opressão só é desfeita, quando a salvação pela graça for operada na vida do pecador.
O pecado é algo sério e grave. Infelizmente, muitos não têm a real dimensão desse problema. Quando se diz que o ser humano não pode fazer nada em relação a sua situação de pecado, o que está se afirmando é que não resta mais esperança nenhuma para a situação dessa pessoa. Por isso, o tema é incômodo. Ele revela a consciência dos erros que muitos tendem a esconder, pois sem a graça de Deus eles não têm a possibilidade de enfrentá-los. O pecado incomoda porque não há como fugir dele, não tem como escapar. Por isso, só a salvação operada pela graça de Deus é capaz de nos constranger a tomarmos o caminho da humildade, reconhecendo os nossos erros, confessando com os lábios: “sou um pecador”. A coragem para enfrentar isso e a tristeza que tal afirmação acarreta à alma humana só pode acontecer pela ação de convencimento do Espírito Santo. É a graça de Deus se revelando ao coração humano, pois depois de um momento deassombro, dor, vergonha e confissão, um alívio como nunca dantes experimentado passa a raiar na alma. É a graça de Deus que chegou e atingiu o coração humano.
Amando o pecador
Como Igreja do Senhor, jamais o nosso papel pode ser o de lançar em rosto os pecados alheios. A Palavra de Deus afirma que dos nossos pecados o Senhor não lembrará mais: “jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades” (Hb 10.17). Ora, onde há remissão de pecados, tudo está feito (Hb 10.18; cf. Jo 19.30). O nosso trabalho agora é o de acolher as pessoas que se arrependeram de seus muitos pecados. Sem humilhar ninguém, o nosso caminho é o de demonstrar o amor de Deus como Jesus fez em seu ministério terreno (Lc 4.18,19). Essa é uma ótima oportunidade de fazer uma reflexão com a classe à luz do assunto apresentado na lição e a maturidade dos salvos em Cristo em lidar com a questão do acolhimento do pecador.