quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Pré-aula_Lição 2: Um Libertador para Israel

2: Um Libertador para Israel

2: Um Libertador para Israel

1º Trimestre de 2014
Lição 2
Um Libertador para Israel
12 de Janeiro de 2014
TEXTO ÁUREO
“E disse Deus a Moisés: EU SOU o QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3.14). - Deus identifica a si mesmo como Eu Sou O Que Sou. Ao revelar seu nome divino, ele declara suas características e atributos, reforçando que o importante não é quem Moisés é, mas quem está com ele. Este nome está ligado ao verbo hebraico que significa “ser” e, assim, implica a absoluta existência de Deus. O hebraico aqui é também a fonte da palavra portuguesa “Jeová”, “Javé” ou “SENHOR(Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; p. 67)
VERDADE PRÁTICA
Assim como Moisés, usado por Deus, libertou Israel do cativeiro, Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do mundo.
HINOS SUGERIDOS
458, 459, 467.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 3.3
Cristo é superior a Moisés

Terça - Hb 3.5
Moisés, um servo fiel

Quarta - Êx 2.23-25
Deus ouve o clamor do povo

Quinta - Êx 3.10
Deus chama Moisés

Sexta - Êx 4.3-8
Deus confirma a liderança de Moisés com sinais

Sábado - Êx 5.1
Moisés diante de Faraó

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 3.1-9
1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
2 - E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
4 - E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
5 - E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.
6 - Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.
7 - E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
8 - Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do a morreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu.
9 - E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Compreender como se deu a chamada e o preparo de Moisés.
·         Saber quais foram as desculpas apresentadas por Moisés ao Senhor.
·         Analisar como foi a apresentação de Moisés a Faraó.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Libertador: O que liberta; que concede a liberdade.
Um líder cristão não é feito da noite para o dia. É preciso que sua liderança seja amadurecida pelo tempo. Na lição de hoje, veremos que Moisés foi preparado lentamente pelo Senhor ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Moisés era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia. [Comentário: Dando sequência ao estudo do livro do Êxodo, hoje veremos a chamada de Moisés para ser o libertador de Israel. Moisés passou os primeiros quarenta anos de sua vida (At 7.23) trabalhando para o governo egípcio. (Alguns estudiosos acreditam que ele estava sendo preparado para tornar-se Faraó.) O Egito parece o lugar menos provável para Deus começar a treinar um líder, mas os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos. Mesmo tendo recebido uma educação especial, ainda não estava pronto para liderar a nação de YAHWEH. Sua formação no Egito e o tempo no deserto, pastoreando as ovelhas de seu sogro, fizeram dele o homem escolhido por Deus para uma obra sem igual. Como cristãos, somos desafiados a usar nossos talentos pessoais em prol do Reino de Deus, e isso inclui buscar uma formação sólida e coerente. Dwight L. Moody comentou sabiamente que "Moisés passou seus primeiros quarenta anos pensando que era alguém. Os segundos quarenta anos passou aprendendo que era um ninguém! Os últimos quarenta anos ele os passou descobrindo o que DEUS pode fazer com um ninguém]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. MOISÉS — SUA CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3.1-17)
1. Deus chama o seu escolhido. Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas — um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus. O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1Pe 5.10; Jo 1.14,16). [Comentário: Deus escolhe pessoas capacitadas para fazer a sua obra? Com certeza. Não há referências na Palavra de Deus que indiquem que Ele despreza talentos pessoais ou a experiência adquirida por seus servos. Saulo era versado em três línguas diferentes, e as utilizou para falar de Jesus em suas viagens missionárias. Mateus era um cobrador de impostos, e utilizou seus conhecimentos para escrever seu Evangelho. Davi era um combatente, mas também era um poeta que compôs diversos cânticos de adoração ao Senhor. Daniel era um profeta, mas também era um estadista. Portanto, entenda que Deus utiliza nossos recursos em prol do seu Reino. Deus capacita pessoas para a sua obra? Com certeza. Ninguém pode dizer que está totalmente pronto para dar passos definitivos na caminhada com Deus. Elias, o tisbita, ressuscitou um menino morto, mas para isso teve de passar uma temporada no anonimato em Querite, sendo mantido por corvos, e depois que o ribeiro secou, foi direcionado por Deus para ficar uma temporada sendo mantido por uma viúva pobre em Sarepta, uma localidade de Sidom, terra natal de Jezabel. Ele foi capacitado por Deus para os desafios que enfrentaria.].
2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15). Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta? Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto. [Comentário: Moisés foi educado em toda a ciência do Egito, a nação mais desenvolvida em sua época, preparado para ser Faraó, conforme alguns estudiosos, contudo, essa educação ainda não o tornava apto a liderar o cativo Israel. Era necessário outro período preparatório que duraria outros quarenta anos, ele deveria adquirir experiência no deserto, a experiência do cuidado do que não lhe pertencia, ele precisava se tornar o homem mais manso sobre a Terra. Nesse segundo período, deixou de ser príncipe para ser pastor. Deixou de ter poder para aprender a ser subordinado. “…Deve ter sido uma grande mudança para Moisés, depois de 40 anos na corte de Faraó, passar outros 40 anos no deserto. Mas não foi um tempo perdido — eram necessários estes dois primeiros períodos para fazer Moisés pronto para a grande vida dos últimos quarenta anos. Ele tinha de ser um príncipe e tinha de ser um pastor, pois ele deveria ser tanto um legislador quanto um pastor para o povo de Deus. Era necessário que ficasse bem solitário. Ele tinha de ter muitas conversas solitárias com o seu próprio coração. Ele tinha de sentir a sua própria fraqueza. E isto não foi nenhuma perda de tempo para ele — ele fez mais nos últimos 40 anos porque gastou 80 anos em preparação! Não é tempo perdido o que um homem gasta em pôr sua armadura antes de ir para a batalha, ou o que um ceifeiro gasta em afiar sua foice antes de cortar o milho…” (SPURGEON, Charles. Exposição de Ex.3, p.6. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols61-63/chs3540.pdf Acesso em 03 dez. 2013, citado pelo Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco, disponível no Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br). Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés já havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar pessoas para serem usadas na sua obra. Você está disposto a servir mais a Deus? ].
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10). O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo. “Certamente eu serei contigo” (v.12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7). [Comentário: Moisés foi chamado por Deus quando estava vivendo em Midiã, com seu sogro Jetro. Ele chegara a Midiã aos 40 anos, fugido do Egito, e agora, aos 80 anos, quando cuidava das ovelhas do sogro, tem um encontro com Deus. Moisés foi chamado por Deus em uma fase da vida em que, aos olhos humanos, poderia se aposentar e aproveitar os poucos anos que lhe restariam sem se aborrecer. Mas aqui reside um principio divino: Deus não depende de nossa faixa etária para nos convocar a ser úteis para Ele. Com certeza havia pessoas mais jovens e mais dispostas a fazer o que Moisés faria, mas Deus escolheu Moisés para aquela missão. Deus não apenas escolhe as pessoas para determinadas obras, mas também as convoca. De que adianta ser escolhido por Deus e não ser informado dessa chamada? Como Deus faz tudo de forma perfeita, Ele mesmo se encarregou de falar com Moisés de modo sobrenatural e convincente. (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 16-17).].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Moisés foi chamado e preparado por Deus para que cumprisse sua missão com excelência.
II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO
1. O receio de Moisés e suas desculpas. O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas — “eles não vão crer que o Senhor me enviou”; “não sou eloquente”. Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14). [Comentário: Embora Moisés peça a Deus para que envie alguém outro, ele não está livre de sua responsabilidade. Deus, no entanto, muda a sequencia da comunicação. Deus falará a Moisés e Moisés falará a Arão. Arão, então, falará ao povo. Moisés é o agente do povo e Arão é o porta-voz de Moisés. Suas desculpas não alteraram o plano divino para ele. Quando Moisés afirma: “Ah! Senhor!” está reconhecendo que Deus tem o direito de comandá-lo; e outra vez: “Não sou homem eloquente... sou pesado de língua”, está alegando que ele seria inadequado para argumentar de modo persuasivo ou confrontar alguém, seus argumentos eram fracos. Ele alega ainda, que sua perspectiva de que seu problema já vem de antes e que o seu encontro com o Senhor não mudou a situação. Notemos que Deus, então, faz uma promessa a Moisés, idêntica a de Mt 10.19-20,. Quando não soubermos o que dizer, Deus concederá ousadia e palavras apropriadas.].
2. Deus concede poderes a Moisés. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade. [Comentário: Os sinais dados a Moisés eram por sua causa, para provar que Deus estava com ele. Frequentemente, sinais ou milagres são dados para provar que Deus está em cena a favor de seu povo. Moisés recebeu três sinais de Deus para comprovar seu chamado divino: uma vara é transformada em cobra e então novamente em vara; uma mão é tomada pela lepra e então curada; um copo cheio de água do Nilo, ao ser derramado na terra, transforma-se em sangue (4.2-9). Os dois primeiros, ao menos para Moisés, devem ter sido assustadores. George Knight comenta: “Deus precisou sacudir de Moisés seus raciocínios egoístas. Moisés precisou aprender que ninguém menos que Deus o chamava para fazer coisas absurdamente difíceis”.Em Atos 1.8 temos uma promessa: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Essa é uma promessa para nós hoje. Se você também é “pesado de língua”, como Moisés, e tem dificuldade em falar do evangelho, o Espírito Santo capacita com ousadia e coragem necessárias. Se eu estou falando aqui hoje, eu que sou uma pessoa super tímida, é porque o Espírito Santo me capacita, como capacita cada um dos professores, cada um dos que sobem ao púlpito, e capacita você também, desde que busque a presença d’Ele. Deus nos capacita em todas as coisas que estamos envolvidos. Observe que Deus disse a Moisés que seria com ele. Deus sabia das limitações daquele homem, mas garantiu-lhe que o acompanharia. Essa é uma promessa que nos deve fazer refletir, pois não raro, dependemos de muitos fatores para nos sentirmos seguros para fazer a obra de Deus, como recursos, pessoal e tempo. E do que realmente precisamos? Da companhia de Deus. Sem ela, nossos recursos, por mais que se mostrem abundantes, serão insuficientes. Com a presença de Deus, os recursos, por mais escassos, tornam-se instrumentos de abundância e de milagres diariamente].
3. O retorno de Moisés. Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família. Se você ainda não o tem, ore a Deus nesse sentido. [Comentário: Embora Deus pudesse ter livrado Israel diretamente por uma palavra, preferiu fazer sua obra por seu servo. Disse Deus a Moisés: “Eu te enviarei a Faraó”. Moisés foi incumbido de ir à presença do orgulhoso rei e tirar Israel do Egito sob a direção de Deus. A princípio, Moisés contestou o plano de Deus usá-lo. Viu: a) sua incapacidade: Quem sou eu?; e b) a impossibilidade da tarefa: E tire do Egito os filhos de Israel?. O príncipe que há quarenta anos era confiante em si mesmo agora temia a tarefa. Era mais sábio no que concerne à capacidade humana de ocasionar a libertação, mas ainda tinha de aprender o poder de Deus. Como é frequente hesitarmos quando olhamos para nós mesmos — ato que devemos fazer; mas não precisamos ter medo quando olhamos para Deus! Certamente eu serei contigo sugere que quando Deus escolhe um mensageiro, Ele não se baseia na habilidade do indivíduo, mas na submissão deste à vontade de Deus. Deus assegurou a Moisés que ele e o povo serviriam a DEUS neste monte depois que Israel fosse libertado do Egito. A expressão: Isto te será por sinal, está corretamente traduzida (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 146).. Em Êx 2.18, o nome do sogro de Moisés aparece como Reuel. Ver as notas em Êx 2.16-18 quanto ao problema da aparente confusão de nomes próprios. Talvez Reuel fosse o pai de Jetro. O lado ocidental do deserto. Essa era a estreita faixa de terra fértil que ficava por trás da planície arenosa, estendendo-se desde a serra do Sinai até as praias do golfo Elanítico. Aqui vale lembrar que os midianitas eram descendentes de Abraão por meio de sua segunda esposa Quetura e, assim, tinham parentesco com Moisés. Moisés, já incumbido de sua missão, volta até seu sogro para dizer adeus (um tanto diferente da separação entre Jacó e Labão!) e segue para o Egito.].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Deus não aceitou as escusas de Moisés. Ele também não aceitará as nossas, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser.
III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5.1-5)
1. Moisés diante de Faraó. Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33). [Comentário: No capítulo 4.27-31, Moisés é recebido de volta e se reúne com todo o povo em um culto de adoração e louvor. Moisés e Arão, então, foram até Faraó e disseram aquilo que Deus lhes havia mandado dizer: “Assim diz o Senhor Deus de Israel; deixa ir o Meu povo para que Me celebre uma festa no deserto” (Ex 5.1). Era isto que Deus havia mandado Moisés dizer a Faraó como se lê em Ex 3.18. O Faraó era um homem idólatra e despótico. Reagiu às demandas de Moisés exibindo ambos esses defeitos. De imediato ficou claro que a tarefa consumiria muito tempo e muita luta. Ele é totalmente indiferente aos apelos de Moisés (5.3). Ao afirmar: “Não conheço o Senhor”. Faraó quer dizer que não reconhece sua autoridade. Sua declaração parece ser uma combinação de desafio e ignorância. Um Faraó anterior não “conhecera” José (1.8) e aquele Faraó não “conhecia" Jeová como Jeová, tal qual os patriarcas que, conforme 6.3, são impedidos de “conhecer” Jeová como Jeová. Para piorar tudo, a carga de trabalho exigida dos hebreus foi aumentada de maneira absurda (5.4-18). Como seria de se esperar, os hebreus ficam profundamente ressentidos com seu suposto libertador (5.19-21). Que mudança de ânimo! Num dia, lisonja no outro, repúdio. Diante de um outro libertador, um dia o povo diria: “Hosana”; e então, no dia seguinte: “Crucifica-o!” Observe a aspereza das palavras de Moisés para Deus nos versículos 22,23. Em sua raiva e perplexidade, ele dá início a uma tradição de dizer a verdade em oração, novamente verificada em alguns salmos de lamento (SI 73, por exemplo) e nas “confissões” de Jeremias (Jr 12.1-6; 15.16-18; 20.7). (VICTOR P. HAMILTON. Manual do Pentateuco. Editora CPAD. pag. 162-169).].
2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo. [Comentário: O povo de Israel sentiu-se prejudicado pela intervenção de Moisés junto a Faraó. Na verdade, eles não sabiam que Moisés estava ali obedecendo a Deus, e que ele não tinha o desejo de fazer com que o sofrimento dos seus irmãos fosse aumentado. Esta deve ter sido uma prova dura para Moisés. Ele estava no Egito obedecendo à voz de Deus, falando com Faraó para que o povo fosse liberto, e como consequência o rei ordena que os hebreus trabalhem mais. Não é incomum que líderes se vejam nessa mesma situação: obedecem a Deus, mas não veem de imediato um fruto positivo de sua obediência. O que devemos saber é que obedecer a Deus não é uma garantia de que as coisas que se seguirão não serão alvo de investidas de Satanás. Além disso, os líderes devem entender que nem sempre o povo vai entender determinadas atitudes, mas que se estamos agindo de forma correta e dentro da vontade de Deus, Ele vai se responsabilizar por nos honrar no devido tempo. (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 22.)].
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus. [Comentário: Moisés estava à cata de uma solução rápida para um problema dificílimo. Ele tinha esperado fazer Israel sair do Egito com o simples ardil de levar 0 povo ao deserto num caminho de três dias (Êx 5.3), e, então, simplesmente desaparecer. Mas o truque não deu certo. O Faraó percebeu a artimanha. Moisés estava agora sem novas ideias. Mas o plano divino tinha muitas outras provisões guardadas na algibeira. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 323-324).. A promessa divina para com Israel não foi esquecida por Deus. Depois do encontro com Faraó e das reclamações dos hebreus, Deus diz a Moisés: “Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque, por mão poderosa, os deixará ir, sim, por mão poderosa, os lançará de sua terra” (Ex 6.1). Uma palavra de Deus em meio às adversidades e correntes contrárias é suficiente para que tenhamos a certeza de que Ele está conosco, e que se aguardarmos nEle, no devido tempo ele cumprirá o que prometeu. A demora na libertação não significava renúncia da promessa. Deus estava trabalhando em seus propósitos. Smith-Goodspeed traduz o versículo 1 assim: “Agora verás o que farei a Faraó; forçado por um grandioso poder ele não só os deixará ir, mas os expulsará da terra”. Outras dificuldades tinham de vir sobre Israel (5.19), mas a promessa de Deus ainda era certa. Deus se lembrou do concerto quando ouviu o gemido dos filhos de Israel por causa da escravidão. Ele não esqueceu; somente esperara até que os filhos estivessem prontos para cumprir sua parte no concerto. Deus ordenou que Moisés renovasse a confiança dos israelitas. Ele tinha de lhes dizer que seriam libertos da servidão egípcia, que Deus os resgataria com braço estendido (“ação especial e vigorosa”) e com juízos grandes sobre os opressores. Israel seria o povo especial de Deus e lhe daria a terra da promessa por herança (7,8)].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Depois do encontro que Moisés tivera com Deus, ele estava finalmente preparado para apresentar-se ao rei do Egito.
CONCLUSÃO
Na lição de hoje aprendemos como o grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus. [Comentário: Queridos irmãos, o grande “Eu Sou”, da mesma forma como fez com Moisés, escolheu-nos e preparou-nos para libertar os cativos, da mesma forma que Ele chamou Moisés para libertar os filhos de Israel do Egito, Ele comissiona cada um de nós para libertar os cativos do mundo através da pregação do evangelho. Marcos 16.15 diz: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Será que estamos diante da sarça ardente dando nossas desculpas para não ir, para não dizimar, para não orar? Você está disposto a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-lo em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância espiritual]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Qual era a atividade que Moisés estava exercendo quando Deus o chamou para libertar seu povo?
R. Ele estava apascentando as ovelhas do seu sogro.
2. Qual foi o objetivo da chamada divina na vida de Moisés?
R. O objetivo da chamada divina na vida de Moisés era fazer o povo de Israel sair do Egito.
3. Quais foram as desculpas de Moisés ao ser chamado pelo Senhor?
R. “Eles não vão crer que o Senhor me enviou”, “não sou eloquente”.
4. O que Deus fez para encorajar Moisés?
R. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9).
5. Chegando ao Egito, Moisés e Arão foram até Faraó. O que eles foram comunicar ao rei do Egito?
R. A vontade de Deus para o povo de Israel.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. http://www.spurgeongems.org/vols61-63/chs3540.pdf Acesso em 03 dez. 2013, citado pelo Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco, disponível no Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br.
-. COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 16-17;
-. Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 146;
-. VICTOR P. HAMILTON. Manual do Pentateuco. Editora CPAD. pag. 162-169;
-. COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 22.;
-. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 323-324.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto

Lição 1: O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito

Lição 1: O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito



1º Trimestre de 2014
Lição 1
O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito
5 de Janeiro de 2014
TEXTO ÁUREO
E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente, vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui (Gn 50.25).
- Gênesis termina com o isolamento de Israel no Egito, onde Deus poderia purificar e formar seu povo. O pedido de José indica sua fé de que Israel, por fim, ocuparia a terra da Promessa. Seu pedido foi cumprido por Moisés (Êx 13.19).
VERDADE PRÁTICA
Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele.
HINOS SUGERIDOS
33, 42, 46.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 50.25
José não se esqueceu da promessa
Terça - Êx 1.7
O crescimento dos hebreus no Egito
Quarta - Êx 1.11
A aflição dos hebreus
Quinta - Êx 1.13,14
A opressão do Povo Escolhido
Sexta - Jr 33.3
Deus atende ao clamor do seu povo
Sábado - Jó 42.2
Os propósitos do Senhor jamais serão frustrados
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 1.1-14.
1 - Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
2 - Rúben, Si meão, Levi e Judá;
3 - Issacar, Zebulom e Benjamim;
4 - Dã, Naftali, Cade e Aser.
5 - Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
6 - Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração,
7 - os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
8 - Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José,
9 - o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós.
10 - Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
11 - E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés.
12 - Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
13 - E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
14 - assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Ressaltar os aspectos principais do livro de Êxodo.
·         Delinear os aspectos biográficos de Moisés.
·         Saber que o zelo precipitado de Moisés e sua fuga não impediram os propósitos divinos em sua vida.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Cativeiro: Escravidão, servidão dos hebreus pelos egípcios.
Neste trimestre estudaremos o segundo livro das Escrituras Sagradas, Êxodo. Nesta primeira lição, destacamos a aflição pela qual o povo hebreu passou no Egito por 430 anos. O povo escolhido do Senhor foi cruelmente oprimido por Faraó. Porém, Deus jamais se esquece das suas promessas. Ele vela por sua Palavra. Diante das atrocidades cometidas por Faraó, os israelitas clamaram a Deus. O Senhor ouviu a aflição do seu povo e enviou um libertador para redimi-los. Veremos ao longo das lições que o livro de Êxodo é o livro da redenção efetuada pelo Senhor. [Comentário: Iniciamos 2014 com um trimestre “bíblico”, estudando um livro das Escrituras Sagradas: Êxodo, o segundo livro da Bíblia, um dos livros da lei, o segundo livro do Pentateuco, escrito por Moisés, que os juDeus chamam de “Torá”. O que viria a ser a nação de Israel começou com a descida de Jacó e seus filhos, conforme a ordem de Gênesis 35.23-26. O número “70” concorda com o registro de Gênesis 46.27 e pode significar a totalidade dos que desceram ao Egito, também apresenta um contraste com a vasta população que será descrita em Êxodo. José se vai, seus feitos são esquecidos, um novo Faraó se levanta - talvez Amósis (1570-1546 a.C.). Foi este Faraó que uniu o Egito ao derrotar os hicsos, povo semita que invadiu e dominou o Egito por 150 anos. Mas, a opressão aos juDeus pode ter iniciado antes dele, sob um governador hicso, e talvez, essa origem comum aos juDeus e hicsos, tenha sido o estopim para o início da opressão. Ora, dessa forma, no “cadinho”, onde Deus poderia purificar e formar seu povo, sua nação peculiar dentre os demais povos da Terra. Daquelas setenta almas que foram para o Egito nos dias de José (Êx 1.7), já havia um povo com seiscentos mil homens aptos para a guerra, fora as mulheres e crianças (Êx 12.37). Já era, portanto, o início de uma nação, com uma cultura e um modo peculiar de vida, moldados pela Lei recebida por intermédio de Moisés, uma propriedade peculiar de Deus entre as nações (Êx 19.5,6).]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. O LIVRO DE ÊXODO
1. Seu propósito. O vocábulo êxodo significa saída. O livro de Êxodo foi escrito por Moisés e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”. Este livro figura a redenção. Segundo o Dicionário Wycliffe, “o conceito de libertação da morte, da escravidão e da idolatria é encontrado ao longo de todo o livro”. [Comentário: Do hebraico "Shiemot"(שמות ), traduzido por "nome", palavra com que se inicia a narrativa do livro (Êx 1.1: "Estes são pois os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa"). A Septuaginta, tradução das Escrituras para o grego, chama-o de "Êxodo" (Saída), fazendo menção à mensagem principal do livro - a libertação do povo de Israel do cativeiro Egípcio, ou seja, a sua "saída" do Egito. Por meio da apresentação que Deus faz de si mesmo, o Livro de Êxodo mostra que o Senhor merece a confiança e a obediência de seu povo. Deus libertou Israel do Egito, sustentou o povo no deserto, perdoou e fez com eles uma aliança de que seriam uma nação diferente, tendo o Senhor como o seu Deus].
2. A escravidão. O livro de Êxodo foi escrito entre 1450 e 1410 a.C. Nesse livro vemos como os hebreus foram duramente afligidos por Faraó (Êx 1.14). Como escapar de tão grande opressão? Para os israelitas seria impossível. Somente Deus poderia resgatá-los e libertá-los do jugo do inimigo. Somente o Pai também poderia ter nos resgatado do pecado e do mundo. Cristo morreu na cruz para nos libertar do poder do pecado. Ele morreu em nosso lugar. [Comentário: Êxodo faz uma breve referência a eventos anteriores (Jacó e José no Egito) e às últimas viagens dos israelitas ao Egito (Êx 1.5,6; 16.35; 40.36-38). Também descreve a opressão sofrida pelos israelitas no Egito, mas a maior parte do livro é dedicada ao período que vai do nascimento de Moisés (perto de 1526 a.C.) até a dedicação do Tabernáculo (1445 a.C.), cuja duração é de oitenta e um anos. Moisés deve ter iniciado sua escrita quando os israelitas estavam acampados no monte Sinai (cerca de 1445 a.C.) e completado o livro antes de sua morte em 1406 a.C. Um fato importante de nota é que o período em que Israel ficou no Egito não foi todo ele um período de escravidão, de cativeiro. Até a subida ao poder deste “novo Faraó”, Israel vivia regaladamente no Egito, tendo grande progresso tanto quantitativo quanto qualitativo. Esta opressão foi necessária para que suscitasse nos israelitas o desejo de retornar para Canaã, de conquistar a Terra Prometida. O Egito foi terra fértil, havia grande prosperidade, assim, jamais Israel quereria ver o cumprimento da promessa de Abraão. Deus age assim ainda em nossos dias, as aflições deste mundo (Jo 16.33), servem de elemento propulsor para que desejemos morar na pátria celestial].
3. Clamor por libertação. O povo hebreu, ao ser cruelmente oprimido pelos egípcios, em grande angústia clamou ao Senhor, e a Palavra de Deus nos diz que ouviu o Senhor o gemido do seu povo (Êx 2.24). Não desanime! O Senhor ouve suas súplicas e está atento às suas dores. Deus já estava providenciando um libertador para o seu povo. Como nos ensina a Verdade Prática desta lição: “Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele”. [Comentário: O clamor angustiado de Israel foi equilibrado por uma quádrupla resposta de Deus. Deus “ouvindo”, “lembrou-se”, “viu” e “atentou” (2.24,25). Esse sumário prepara-nos para a chamada de Moisés e sublinha o tema do livro sobre a fidelidade divina às promessas da aliança. Deus havia prometido que os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó se tornariam uma grande nação e possuiriam a terra de Canaã. Ele se lembrou da aliança no sentido de que atua conforme a promessa que fez (Êx 20.8; Lv 26.42; Nm 15.39). Os versículos 23 a 25 apresentam o pano de fundo para o encontro que começa no capítulo 3].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Moisés é o autor do livro de Êxodo e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, ele foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.
II. O NASCIMENTO DE MOISÉS
1. Os israelitas no Egito. Eles “frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente, e a terra se encheu deles”. Estas mesmas bênçãos Deus têm hoje para a sua igreja. Observe com atenção as seguintes palavras do texto bíblico de Êxodo 1.7:
a) Frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se (At 9.31; Lc 14.22,23). Este foi um crescimento vertiginoso. Que Deus nos faça crescer na igreja em quantidade e qualidade. [Comentário: A ênfase sobre o crescimento dos israelitas relembra as bênçãos e instruções de Deus - “sede fecundos, multiplicai-vos” - dadas na criação, depois do dilúvio e a Jacó (Gn 1.28; 9.1,7; 35.11)]
b) “Fortalecidos grandemente”. Na esfera espiritual, uma igreja deve sempre fortalecer-se em Cristo (1Pe 5.10; Fp 4.13). Lembremo-nos sempre de que a nossa fonte suprema e abundante de poder é o Espírito Santo (Ef 3.16; Zc 4.6).
c) “A terra se encheu deles”. A igreja precisa se encher não só em determinado distrito, município, estado, região, país e continente, mas em todo o mundo (Mc 16.15; At 1.8). [Comentário: Vendo Faraó que, apesar de toda a opressão, o crescimento do povo permanecia, resolveu elaborar um novo plano para conter seu crescimento e fortalecimento e, assim, ordenou que as parteiras matassem todos os filhos homens dos israelitas, deixando viver somente as mulheres, a fim de eliminar qualquer ameaça militar. É interessante frisar que, numa cultura onde dar nome a uma pessoa e preservá-lo era muito importante, as parteiras são citadas nominalmente, Sifrá e Puá, mas não o rei do Egito que impetrou a ordem nefasta. Essas mulheres desempenharam com fidelidade um papel vital no plano de Deus! Notemos também que, quem dá o crescimento é Deus. Nós, a exemplo daquela parteiras, devemos ser tementes à Deus, observar seus preceitos e confiar, Ele dará o crescimento. Sifrá significa “esplendor” e Puá, “luz”. Oxalá sejamos realmente “luz do mundo”, como nos determinou o Senhor Jesus, e mostremos o esplendor”da glória de Deus através de nossa conduta cristã].
2. Um bebê é salvo da morte. Preocupado com o crescimento dos hebreus, Faraó deu uma ordem às parteiras no Egito para que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Porém, as parteiras eram tementes a Deus e não mataram as crianças (Êx 1.17,21). Então, Faraó voltou à cena macabra, ordenando aos egípcios que todos os meninos dos hebreus fossem lançados no rio Nilo (a fim de que se afogassem ou que fossem devorados por crocodilos) (Êx 1.22). Isso mostra o quanto esse rei era cruel e maligno. Atualmente esta atrocidade está generalizada. Muitas crianças estão sendo mortas, vítimas do aborto. É o infanticídio generalizado e legalizado pelas autoridades. O bebê Moisés foi salvo da morte porque seus pais eram tementes a Deus. Precisamos de pais verdadeiramente cristãos para que possam zelar pela vida de seus filhos, como Moisés foi preservado da morte. Os pais de Moisés, pela fé em Deus, descumpriram as ordens do rei e esconderam o bebê em casa (Hb 11.23). Por mais um milagre de Deus, o nenê Moisés continuou sendo criado pela própria mãe (Êx 2.3-10). [Comentário: O historiador judeu Flávio Josefo, afirmou que esta ordem de Faraó teria sido provocada por um vaticínio de um de seus “escribas das coisas santas” de que haveria de nascer um menino hebreu que provocaria a humilhação do Egito. Não se sabe se isto realmente ocorreu, dado o silêncio do texto bíblico, mas não é improvável que esta notícia tenha sido do conhecimento dos egípcios e sabendo que se estava na quarta geração que havia sido anunciada por Deus a Abraão (Gn 15.16), tudo fizesse para impedir o prosseguimento da existência de Israel, contra quem sempre o diabo lutou e lutará até o final dos tempos (confira Ap 12.4). É muito provável que o nome Moisés venha do egípcio Mes, que significa "filho” ou "criança". A forma hebraica desse nome, com som semelhante, Mosheh, quer dizer "tirado”, uma referência ao modo como foi tirado do Nilo, talvez também prevendo a "retirada "para fora do Egito, quando o êxodo tivesse lugar. Moisés era uma criança saudável, que provavelmente sobreviveria. Jesus Cristo, o antítipo de Moisés e fundador do novo Israel, também nasceu sob um edito de morte e foi miraculosamente poupado no Egito (Mt 2.13-23)].
3. A mãe de Moisés (Êx 6.20). Joquebede aproveitou cada minuto que passou ao lado do seu filho para ensiná-lo acerca de Deus, da sua Palavra, do seu povo, do pecado, das promessas divinas e da fé no Criador. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido. [Comentário: Joquebede ou Yochéved (יוֹכֶבֶד / יוֹכָבֶד "O Senhor é glória", hebraico: Yoéved / Yoáved) foi a esposa de Anrão e a mãe de Aarão, Moisés e Miriam. Joquedebe e Anrão eram da Tribo de Levi, e Joquedebe era tia de Anrão. Seus nomes não aparecem no texto que mais fala sobre o nascimento de Moisés, devido a que eles não tinham nenhum destaque na sociedade; apenas em Êxodo 6:20 descobrimos seus nomes. Diante de terríveis desafios, miséria e angústia se casaram e tiveram filhos. Pela sua determinação, fé e ousadia ela se torna um modelo de mãe em épocas de crises, uma heroína do passado que inspira as mães de hoje].
4. A Filha de Faraó (Êx 2.5,6). A filha de Faraó desceu para se banhar no rio Nilo e teve uma grande surpresa — havia ali um cesto com um bebê. Não sabemos como, mas Deus tocou no coração da filha de Faraó para que adotasse o menino hebreu. Certamente a princesa sabia das ordens do seu pai contra os israelitas. Porém, operando o Senhor, quem impedirá? (Is 43.13).
Deus, em sua bondade, usou a filha de Faraó para que encontrasse alguém, a fim de criar o bebê Moisés. Tal pessoa foi justamente Joquebede, a mãe de Moisés (Êx 2.9). Há uma recompensa para os pais piedosos e obedientes. Você tem ensinado a Palavra de Deus aos seus filhos? Então, persevere em conduzi-los no caminho correto (Pv 22.6). [Comentário: A filha de faraó ironicamente contribuiu para prejudicar o plano do pai. Ela reconheceu que aquele bebê era hebreu, mas ficou atraída por ele apesar do decreto do rei. Essa mulher pode ter sido Hatshepsut, filha de Tutmósis I, que governou o Egito de 1526 à 1512 a.C. Atos 7.22 conta que Moisés foi educado nas escolas do Egito, tendo absorvido toda a sabedoria dos egípcios. Filo nos dá uma informação similar. Moisés recebeu uma educação de primeira classe como parte de sua preparação para a missão que lhe competiria realizar. Finalmente, depois de quarenta anos, Moisés repudiou a sua herança egípcia, porquanto, em sua vida, já havia ultrapassado aquele estágio preparatório (Hb 11.24,25). Mas durante os primeiros quarenta anos, tal educação lhe era necessária, tendo-lhe sido útil para o resto de seus dias, embora ele não quisesse viver como egípcio. O precioso DEUS sempre conhece a maneira mais adequada para qualificar e preparar com antecedência aqueles que Ele nomeia para lhe prestai1 grandes serviços. Moisés, sendo educado em uma corte, é o homem mais adequado para ser um príncipe e rei em Jesurum. Tendo recebido a sua educação em uma corte instruída (pois assim era a corte egípcia naquela época), Moisés era o homem mais capacitado para ser um historiador. E pelo fato de ter sido educado na corte egípcia, Moisés é o homem mais adequado para ser empregado, em nome de DEUS, como um embaixador para esta corte (HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 228.)].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés nasceu durante o período em que Faraó ordenou que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Todavia, os pais de Moisés eram tementes a Deus e conseguiram, com a ajuda dEle, salvar o menino.
III. O ZELO PRECIPITADO DE MOISÉS E SUA FUGA (ÊX 2.11-22)
1. Moisés é levado ao palácio (Êx 2.10). Apesar de ter sido adotado pela filha de Faraó, Moisés foi criado por sua mãe. Não sabemos quanto tempo ele ficou na casa dos seus pais, porém, em determinado tempo o menino foi levado para o palácio. Deus cuidou de Moisés em cada etapa de sua vida. Ele também tem cuidado de você. Todos os acontecimentos em sua vida são parte do plano do Senhor. Não desanime! Deve ter sido difícil para Moisés deixar a casa dos seus pais. Entretanto, no tempo certo, ele o fez. [Comentário: Moisés passou os primeiros quarenta anos de sua vida (At 7.23) trabalhando para o governo egípcio. (Alguns estudiosos acreditam que ele estava sendo preparado para tornar-se Faraó.) O Egito parece o lugar menos provável para Deus começar a treinar um líder, mas os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos. Ao capacitar Moisés para seu serviço, Deus usou várias abordagens. Educação:"E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras"(At 7.22). O que fazia parte dessa educação? Os egípcios eram uma civilização extremamente desenvolvida para sua época, especialmente nas áreas de engenharia, matemática e astronomia. Graças a seus conhecimentos de astronomia, desenvolveram um calendário de precisão extraordinária, e seus engenheiros planejaram e supervisionaram a construção de estruturas que existem até hoje. Seus sacerdotes e médicos eram mestres na arte de embalsamar, e seus líderes possuíam grande competência em organização e administração. Aqueles que visitam o Egito hoje em dia inevitavelmente se impressionam com as realizações desse povo da Antiguidade. O servo de Deus deve aprender tudo o que puder, dedicar esse conhecimento a Deus e servi-lo fielmente. (WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 236.). Procurado por Faraó pela morte de um egípcio, Moisés fugiu para o deserto do Sinai e se estabeleceu em Midiã, nas proximidades do Horebe, localizado segundo a tradição na peníssula do Sinai, Moisés cuidava do rebanho de Jetro, seu sogro. Deus revelou-se a ele na sarça ardente e o chamou para voltar ao Egito. Retornando a Jetro, em Midiã, Moisés reuniu sua família e iniciou a viagem ao Egito].
2. O preparo de Moisés (Êx 3.9,10). Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades egípcias, inclusive a de Om (At 7.22; Gn 41.45). O Egito era então uma potência mundial. Na educação superior egípcia constavam, conforme a História e as descobertas arqueológicas, administração, arquitetura, matemática, astronomia, engenharia, etc. Esse conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão posterior de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto para a terra de Canaã. Deus pode utilizar nossas habilidades adquiridas em benefício de sua obra. [Comentário: Deus escolhe pessoas capacitadas para fazer a sua obra? Com certeza. Não há referências na Palavra de Deus que indiquem que Ele despreza talentos pessoais ou a experiência adquirida por seus servos. Saulo era versado em três línguas diferentes, e as utilizou para falar de Jesus em suas viagens missionárias. Mateus era um cobrador de impostos, e utilizou seus conhecimentos para escrever seu Evangelho. Davi era um combatente, mas também era um poeta que compôs diversos cânticos de adoração ao Senhor. Daniel era um profeta, mas também era um estadista. Portanto, entenda que Deus utiliza nossos recursos em prol do seu Reino. Deus capacita pessoas para a sua obra? Com certeza. Ninguém pode dizer que está totalmente pronto para dar passos definitivos na caminhada com Deus. Elias, o tisbita, ressuscitou um menino morto, mas para isso teve de passar uma temporada no anonimato em Querite, sendo mantido por corvos, e depois que o ribeiro secou, foi direcionado por Deus para ficar uma temporada sendo mantido por uma viúva pobre em Sarepta, uma localidade de Sidom, terra natal de Jezabel. Ele foi capacitado por Deus para os desafios que enfrentaria. O mesmo se deu com Moisés: sua formação no Egito e o tempo no deserto, pastoreando as ovelhas de seu sogro, fizeram dele o homem escolhido por Deus para uma obra sem igual. Como cristãos, somos desafiados a usar nossos talentos pessoais em prol do Reino de Deus, e isso inclui buscar uma formação sólida e coerente. Dwight L. Moody comentou sabiamente que "Moisés passou seus primeiros quarenta anos pensando que era alguém. Os segundos quarenta anos, passou aprendendo que era um ninguém! Os últimos quarenta anos ele os passou descobrindo o que DEUS pode fazer com um ninguém” (citado por Charles Swindoll). (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 13-15.)].
3. A fuga de Moisés (Êx 2.11-22). Moisés foi criado como egípcio, porém, ele sabia que era hebreu. Estava no Egito, mas não pertencia àquele lugar. Certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita, Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia. Ele queria libertar seu povo pela força humana, mas a libertação viria pelo poder divino e sobrenatural, para que ninguém dissesse: “Nós fizemos, nós conseguimos”. Moisés, assim como os demais hebreus, precisava ver e saber que fora o Senhor que os libertara. Quem nos libertou da escravidão do pecado? Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós. Não demorou muito para Faraó descobrir que Moisés matara um egípcio. Ele deveria ser preso e morto. Então, com medo, fugiu para Midiã (Êx 2.15). Ali foi convidado para a casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro e constituiu uma família, longe da casa dos seus pais e do seu povo. Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro, mas tudo fazia parte do plano de Deus. Em Midiã, Moisés pôde comprovar o cuidado providente do Senhor por ele. Talvez você tenha que ir também para um lugar distante, todavia, não tenha medo. Deus está com você. Pode ser parte do treinamento do Senhor em sua vida. [Comentário: Êx 2.12 Matou o egípcio. Isso seguia 0 princípio de "vida por vida” (Êx 21.23), uma espécie de defesa em favor da vida, embora o texto não diga que o egípcio estava prestes a tirar a vida do israelita. Moisés exagerou, não havendo como desculpar o crime. Moisés agiu por sua própria autoridade, mostrando uma audácia singular. Mas a coragem audaciosa, por si só, não é uma virtude. O diabo é audaz; resolveu enfrentar o próprio Deus. Mas isso não faz dele um ser justo. "Os comentadores judeus geralmente apreciavam o ato [de Moisés], ou mesmo elogiavam-no como uma ação patriótica e heroica. Mas sem dúvida foi um feito precipitado, efetuado em um espírito indisciplinado” (Ellicott, in loc.). Moisés ocultara as evidências de seu crime; mas a questão não terminou com o egípcio sepultado na areia. No dia seguinte, Moisés tentou interromper uma briga entre dois hebreus. Mas acabou sabendo, da parte de um dos antagonistas, que seu ato homicida tinha sido visto e, sem dúvida, discutido entre os observadores. Isso significava que, em breve, a história inteira seria descoberta, e Moisés passaria a ser caçado pela justiça do Faraó. Talvez o hebreu tencionasse matar ao outro; mas afinal isso foi o que Moisés tinha feito (2Sm 14.6). A desintegração social e psicológica havia tomado conta do escravizado povo de Israel, e eles estavam abusando uns dos outros. O espírito de Moisés, pois, vexava-se diante do que via entre sua própria gente. Seu coração estava sendo preparado, mas um longo tempo seria necessário até tornar-se o instrumento devido do poder de Deus (Veja Atos 7.26 quanto ao paralelo neotestamentário desta perícope). O autor sacro segredava aqui que não chegara ainda o tempo de Moisés receber autoridade. Os israelitas ainda não estavam preparados; o próprio Moisés também não estava preparado. Moisés era um príncipe no Egito, por ser filho adotivo da filha do Faraó, e seu pai adotivo sem dúvida era também homem de grande autoridade (vs. 10). Para os hebreus, porém, ele nada significava. Não lhe cabia decidir quem estava com a razão e quem estava errado, ainda que, posteriormente, ele se tivesse tornado o grande legislador a quem todo o povo de Israel devia obediência. Moisés tinha aplicado a violência; tinha assassinado; tinha perdido 0 respeito dos outros. Agora seria preciso muito tempo para ele vencer essa situação. Moisés fugiu da presença de Faraó. Este estaria agora ouvindo a notícia ou em breve a ouviria, de que Moisés matara a um egípcio. E então mandaria executar Moisés. Nisso consistia o maior temor de Moisés. E assim Moisés fugiu para seu exílio de quarenta anos, na terra de Midiã, o segundo grande ciclo de sua vida. Ele começara a tornar-se uma figura ameaçadora, intervindo onde não devia, agitando o povo. Alguns intérpretes veem neste texto um esforço abortado de emancipação. Mas o autor sacro apresenta 0 episódio como um simples passo na preparação divina do caminho de Seu servo. Este precisava internar-se no deserto por quarenta anos. Tudo isso fazia parte de sua preparação. Moisés fugiu na direção sudeste, afastando-se de onde vivia talvez quatrocentos quilômetros. Midiã tinha sido um dos filhos de Abraão e Quetura (Gn 25.1-6). Assim, os midianitas eram parentes distantes de Moisés, uma tribo árabe que vivia na região ao sul do Sinai e na porção noroeste da Arábia. Esse deserto diferia muito da favorecida região de Gósen, no Egito, que era onde estava 0 grosso da população israelita. Os midianitas eram seminômades. Seu centro ficava às margens do golfo de Ácaba. O local tradicional do monte Sinai ficava naquela região, Os nabateus, mui provavelmente, foram os sucessores dos midianitas na região, tendo sido os que edificaram a famosa cidade de Petra. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 310).].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Moisés passou sua juventude no palácio real. Como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades. Moisés estava sendo preparado, por Deus, para libertar o seu povo e conduzi-lo até a Terra Prometida.
CONCLUSÃO
Ao estudar os primeiros anos da vida de Moisés, vemos que o Senhor tem um plano definido para cada filho seu. É nosso dever obedecer a Deus, mesmo com nossas imperfeições, assim como fez Moisés; conseguimos fazer isso pela poderosa presença em nós, do Espírito Santo, que Deus dá àqueles que lhe obedecem (At 5.32). [Comentário: Deus sempre tem um objetivo quando chama um de seus servos para que exerça alguma função ou ministério e tem sua forma própria de preparar seus escolhidos, como aconteceu com Moisés. Na prática, nunca estaremos sempre prontos para atender à voz de Deus. Sempre faltará alguma atitude da qual só teremos ciência quando estivermos no meio da jornada. Ainda assim, em sua paciência, Deus nos pede que andemos confiando nEle, e não que acumulemos a bagagem de conhecimento e experiência antes para depois decidir que vamos obedecer. Quando foi chamado por Deus, Moisés estava apascentando as ovelhas de seu sogro. Após ter passado quarenta anos no Egito como membro da corte de Faraó, tendo recebido uma educação própria de sua classe social, Moisés foge do Egito por ter matado um egípcio. Ele passou a próxima temporada de quarenta anos auxiliando seu sogro a cuidar de ovelhas em uma região desértica, onde aprendeu os caminhos do deserto, a forma como sobreviver nele, os tipos de animais existentes na região e questões relacionadas ao clima. Eram questões simples para quem tivera uma educação de ponta no Egito, mas foi dessa forma que Deus preparou Moisés. A sabedoria dos egípcios ele já possuía. Ele precisava agora aprender como viver fora da corte egípcia e a depender de Deus em uma jornada que duraria anos]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Qual o propósito do livro de Êxodo?
R. O propósito era “para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.
2. Qual foi a ordem de Faraó em relação aos bebês meninos israelitas?
R. Que todos os recém-nascidos fossem mortos.
3. Quem tocou no coração da filha de Faraó para que ela adotasse o bebê Moisés?
R. Deus.
4. Na tentativa precipitada de defender seu povo, o que fez Moisés?
R. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia.
5. De acordo com a lição quem nos libertou da escravidão do pecado?
R. Deus. Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
-. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
-. HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007;
-. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 310;
-. COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 13-15;
-. WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 236;
-. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 228.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto