sábado, 14 de setembro de 2013

Pré-aula_Lição 11: Uma vida cristã equilibrada

Lição 11: Uma vida cristã equilibrada



Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplo para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.
Lição 11: Uma vida cristã equilibrada
15 de setembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). – “O crente deve fixar sua mente nas coisas verdadeiras, puras, justas, santas, etc. Que essa é uma condição prévia para experimentarmos a paz de Deus e o livramento da ansiedade, fica claro no versículo 9. Se assim fizermos, "o Deus de paz será convosco". O resultado de fixar nossas mentes nas coisas do mundo será a perda da alegria, da presença íntima e da paz de Deus e, nossos corações sem proteção
VERDADE PRÁTICA
A fim de termos uma vida cristã equilibrada e frutífera, precisamos ocupar a nossa mente com tudo àquilo que é agradável a Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.5-9.
5 Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.
6 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de DEUS, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7 E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em CRISTO JESUS.
8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o DEUS de paz será convosco.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
          Conscientizar-se a respeito da excelência da mente cristã;
          Compreender o que deve ocupar a mente do cristão, e
          Analisar a conduta de Paulo como modelo. Uma relação do que deve preencher o pensamento do cristão: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama”. Tais coisas devem orientar os nossos pensamentos.
PALAVRA-CHAVE
Mente: Parte incorpórea, inteligente ou sensível do ser humano; pensamento, entendimento.
COMENTÁRIO
introdução
Na lição de hoje, veremos algumas virtudes que acompanham aqueles cujas vidas foram transformadas pelo Evangelho de Jesus. O Evangelho não apenas proporciona salvação à humanidade, mas também um conjunto de princípios de vida para cada crente, seja na igreja, na família, na sociedade ou com Deus. Não são meras prescrições ou exigências frias de um código de leis, mas valores que transcendem a vida terrena. Veremos que o Evangelho é poderoso para mudar o caráter de uma pessoa e torná-la apta a tomar para si o “jugo suave” e o “fardo leve” de Cristo Jesus (Mt 11.30). [Comentário: Nesta lição, veremos as virtudes que devem acompanham aqueles que foram transportados do reino das trevas para o reino de Deus. A vida deste novo cidadão do Reino dos Céus deve ser regida por princípios e valores que transcendem a vida terrena. Devemos entender que a salvação oferecida por Deus através de Jesus Cristo não somente nos garante a vida eterna, mas também nos oferece e pede que experimentemos um novo caráter, uma nova forma de pensar e agir pautados segundo os valores do Reino dos Céus. Na missiva aos Filipenses, Paulo apresenta essa pastoral exortando os filipenses a respeito do cuidado que eles deveriam ter com aquilo que iria ocupar suas mentes e nos legou um texto áureo para a vida de todo cristão: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama”. Este conjunto é útil não apenas para o espiritual, mas para toda a vida do crente! Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!]
I. A EXCELÊNCIA DA MENTE CRISTÃ
1. Nossos pensamentos. O versículo oito da leitura bíblica em classe na versão ARA diz: “seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. O apóstolo quer mostrar que a experiência de salvação, em Cristo, produz uma mudança contínua em nossa forma de pensar, a fim de evitarmos as futilidades mundanas que ocupam a mente das pessoas sem Deus. Paulo exorta-nos a preenchermos a nossa mente com aquilo que gera vida e maturidade espiritual, pois “nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16). Aqui surge uma pergunta inevitável: “O que tem ocupado as nossas mentes no mundo de hoje?”. Infelizmente, deparamo-nos com uma geração atraída pela ideologia do consumismo e do materialismo, onde o ter é mais importante do que o ser. Tal postura anula o ser humano, e faz com que os relacionamentos sejam pensados em termos de vantagens, ou seja, se não houver algum benefício imediato, logo são descartados. Esse comportamento nos aproxima do modo de vida mundano, e nos distancia das coisas do Alto. [Comentário: O caráter e a conduta começam na mente . Nossas ações são afetadas pelas coisas que habitam nossos pensamentos. No texto em Fp 4.8, Paulo adverte seus leitores para se concentrarem nas coisas que resultarão na vida correta e na Paz de Deus. Através do Espírito Santo, Paulo tinha a mente de Cristo, e, portanto, a mente do Senhor. Aqueles oponentes que não percebiam que o Espírito de Cristo e o Espírito do Senhor são uma mesma pessoa, não tinham base para instruí-lo ou examiná-lo. Por implicação, aqueles que aceitavam o ensino de Paulo tinham a bênção do Espírito Santo e entendiam as realidades divinas. Aqui conseguimos entender quando Jesus afirma: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Jo 15.15) - Cristo revela-se a seus discípulos indistintamente! É através do estudo sistemático das Escrituras que nós adquirimos, com o auxílio do Espírito Santo, a mente de Cristo. É isso que se depreende do versículo 9: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”.]
2. Pensando nas coisas eternas. Além da epístola aos Filipenses, o tema do processo de pensar é tratado por Paulo em muitas outras ocasiões (Rm 12.2; Cl 3.2). Pensar nas coisas que são de cima, por exemplo, não sugere que devamos viver uma espiritualidade irreal, e sim equilibrada, conjugando mente e coração a partir dos valores espirituais na vida terrena (cf. Jo 17.15,18; 1Co 5.9,10). Os maus pensamentos são frutos da inclinação humana para o mal. Daí a recomendação de que a nossa mente deve ocupar-se com a Palavra de Deus, com os princípios eternos do reino divino, “levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2Co 10.5). [Comentário: Obediência, hupakoe; Strong 5218: De hupo, “sob”, e akouo, “ouvir”. A palavra significa ouvir com atenção, escutar com submissão, assentimento e concordância condescendentes. É usada em relação à obediência em geral, para a obediência aos mandamentos de Deus e para a obediência aos mandamentos de Deus e para a obediência a Cristo. Paulo já havia salientado a diferença entre a sabedoria do mundo e a sabedoria espiritual manifestada na cruz de Cristo, e tinha advertido aos crentes de Corinto para não se deixarem iludir pela sabedoria do mundo (1Co 1.18-2.16). Se todo o pensamento - então a pessoa inteira - nossas próprias ideias, motivos, desejos e decisões - pertence a Cristo. O objetivo é levar todo entendimento desobediente à obediência de Cristo.].
3. Agindo sabiamente. Sabemos que a sociedade atual é dominada por ideologias contrárias ao Evangelho. E é exatamente a esse mundo que o Senhor Jesus nos enviou a fazer a sua obra (Jo 17.18; cf. Mt 28.19). Temos de atender o seu chamado! Não com medo, mas com coragem; não com ignorância, mas sabiamente; não como quem impõe uma verdade particular, mas como quem expõe e testemunha verdades eternas. À luz do exemplo de Jesus Cristo, sejamos sal da terra e luz do mundo tendo “luz na mente, mas fogo no coração”. [Comentário: Jesus é o exemplo supremo para as missões cristãs. Todo verdadeiro crente é um “missionário” enviado ao mundo para dar testemunho de Cristo, para alcançar os perdidos onde possam ser encontrados e conduzi-los ao Salvador. Nessa missão, não precisamos de armas carnais, fracas, mundanas, já que nossa luta não é contra carne e sangue (Ef 6.12). Precisamos das armas que têm o poder de Deus (conhecimento de Deus) a fim de destruir qualquer coisa que se oponha à vontade de Deus. Precisamos nos impor no campo das ideias, como Paulo se refere em 2Co 10.5, especificamente, à guerra na mente, contra ideias e atitudes arrogantes e rebeldes e contra toda a altivez oposta ao verdadeiro conhecimento de Deus. Quão atual é esse conselho paulino! Devemos crer e pregar que o Senhor poderá voltar a qualquer momento. A perspectiva do Novo Testamento é de que a volta de Jesus é iminente (Lc 12.35-40); logo, devemos estar prontos, trabalhando e vigiando em todo tempo (Mt 24.36; 25.1-13; Rm 13.12-14).].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Palavra de Deus exorta-nos a preenchermos a nossa mente com aquilo que gera vida e maturidade espiritual, pois “nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16).
II. O QUE DEVE OCUPAR A MENTE DO CRISTÃO (4.8)
1. “Tudo o que é verdadeiro e honesto”. O apóstolo Paulo inicia a sua reflexão com a verdade. Percebemos que, com essa virtude, o apóstolo entende tudo o que é reto e se opõe ao falso. É tudo aquilo que é autêntico, não baseado em meras suposições, ou em algo que não possa ser comprovado. Lamentavelmente, o espírito da mentira entrou até mesmo entre os crentes e vem produzindo grandes males. Difamações e rumores negativos acabam sendo comuns entre nós. E isso desagrada profundamente a Deus. Quando o apóstolo dos gentios afirma que devemos pensar “em tudo o que é honesto”, de fato, está nos exortando a desenvolvermos uma conduta transparente e decorosa, digna de alguém que age bem à luz do dia (Rm 13.13). O mundo não pode ver em nós um comportamento que contradiga os conceitos éticos e bíblicos da verdade e da honestidade, pois isso é incoerente aos princípios cristãos. O verdadeiro crente tem um firme compromisso com a verdade. Ele não mente nem calunia seu irmão. [Comentário: As Escrituras enfatizam um alto padrão de conduta moral, especialmente com vistas à proximidade da volta do Senhor, quando será consumado nossa salvação. A estabilidade espiritual é o resultado de como uma pessoa pensa. A forma imperativa do grego logizomai (morar em) o torna um comando; pensamento correto não é opcional na vida cristã, é um dever! Logizomai significa mais do que apenas entreter pensamentos, o que significa "avaliar", "considerar", ou "calcular". Os crentes devem considerar as listas de qualidades de Paulo neste versículo e meditar sobre as suas implicações. A forma verbal exige disciplina habitual da mente para definir todos os pensamentos sobre essas virtudes espirituais. Provérbios 23.7 declara: "Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim ele é"].
2. “Tudo o que é justo”. Aqui, de acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD), as “coisas que são ‘justas’ obedecem aos padrões de justiça de Deus” para desenvolvermos uma relação positiva com os que nos rodeiam. O padrão de justiça divina deve nortear o nosso comportamento moral em relação a Deus e às pessoas. O verdadeiro cristão deve pautar a sua conduta pela defesa de tudo o que é justo (Mt 5.6), agindo contra tudo aquilo que promove injustiça e gera opressão. [Comentário: Os crentes devem pensar em tudo o que é correto. Dikaios (direito) é um adjetivo, e deve ser traduzido como "justo". Ele descreve o que está em perfeita harmonia com o eterno de Deus. Os crentes devem pensar em questões que são consistentes com a lei de Deus. Aqueles que procuram a justiça de Deus recebem aquilo que desejam, e não os que confiam em sua própria justiça (Mt 5.6)].
3. “Tudo o que é puro e amável”. Pureza sugere inocência, singeleza ou sinceridade em relação a algo não contaminado ou poluído. Uma mente pura significa uma mente casta. A ideia de “ser puro” é defendida por Paulo na perspectiva de que as palavras, as ações e os pensamentos dos crentes de Filipos fossem francos e sinceros. A fim de que toda impureza seja eliminada de sua vida, o crente tem de dar lugar para que o Espírito Santo limpe continuamente o seu coração e consciência (Ef 5.3). Assim, estaremos prontos a desejar tudo o que promove o amor fraternal. Desse modo, “tudo o que é amável” é aquilo que edifica os relacionamentos entre irmãos. [Comentário: O crente deve fixar sua mente nas coisas verdadeiras, puras, justas, santas, etc. Que essa é uma condição prévia para experimentarmos a paz de Deus e o livramento da ansiedade, fica claro no versículo 9. Se assim fizermos, "o Deus de paz será convosco". O resultado de fixar nossas mentes nas coisas do mundo será a perda da alegria, da presença íntima e da paz de Deus e, nossos corações sem proteção. Hagnos (puro) descreve o que Deus nas Escrituras define como sagrado, moralmente limpo, sem mácula. Em 1 Timóteo 5.22 é traduzida como "livre de pecado". Os crentes devem purificar-se, porque Jesus Cristo é puro (1Jo 3.3); ainda, os crentes são chamados a pensar em tudo que é Prosphiles (belo) - aparece somente aqui no Novo Testamento. Podemos traduzir como "doce", "gracioso", "generoso" ou "paciente". Os crentes devem concentrar seus pensamentos sobre o que a Bíblia diz é agradável, atraente e amável diante de Deus!].
4. “Tudo o que é de boa fama”. O sentido de “boa fama” é simples e objetivo, pois a expressão se refere ao cuidado que devemos ter com as palavras e ações em nosso dia a dia. Então, podemos afirmar que boa fama é tudo o que é digno de louvor, de elogio e graça. Algumas versões bíblicas traduzem a mesma expressão por bom nome. Tal se refere ao que uma pessoa é, pois possuir um bom nome é o mesmo que ter um bom caráter. [Comentário: Os crentes devem pensar sobre tudo o que é de boa fama. Euphemos (Também aparece somente aqui no Novo Testamento.); Strong 2163: comparar com “eufemismo” e “eufemístico”. Uma combinação de eu, “bem”, e pheme, “um ditado”. Euphemos é um discurso gracioso, próspero, digno de louvor e parecendo justo. Evita-se palavras de mau augúrio. É encontrado um exemplo no Antigo Testamento em Pv 16.24: “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos”. Ele descreve o que é altamente considerado ou bem pensado. O pensamento dos crentes é elevado pelo exame acurado das Escrituras. Em resumo, exorta Paulo, se há alguma excelência e se alguma coisa digna de louvor, devo me debruçar sobre essas coisas. A chave para uma vida piedosa é o pensamento divino, como Salomão sabiamente observou: "Vigiai sobre o teu coração com toda a diligência, porque dele procedem as fontes da vida" (Pv 4.23). ].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O crente não deve ter um comportamento que contradiga os conceitos éticos e bíblicos da verdade e da honestidade, pois isso é incoerente com os princípios cristãos. O verdadeiro crente tem um firme compromisso com a verdade.
III. A CONDUTA DE PAULO COMO MODELO (4.9)
1. Paulo, uma vida a ser imitada. No versículo nove, o apóstolo dos gentios utiliza cinco verbos que denotam ação: aprender, receber, ouvir, ver e fazer. Paulo utilizou tais recursos para que os irmãos filipenses percebessem que poderiam viver as virtudes da Palavra de Deus. Ele, inclusive, assume um papel referencial a ser imitado. Paulo não tem a presunção de uma pessoa que se acha infalível, mas exorta aos filipenses a serem uma carta transparente e exposta a quem quisesse vê-la. Eles deveriam, pois, ser um modelo tanto aos crentes como aos descrentes. [Comentário: Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês” (4.9). Este versículo introduz um elemento final que é essencial para a estabilidade espiritual. As sete atitudes descritas no versículo anterior não devem ser vistos como meros princípios abstratos; o pensamento divino não pode ser divorciado do comportamento. A estabilidade espiritual se resume a viver uma vida disciplinada de obediência aos padrões de Deus. Os filipenses deviam guiar-se tanto pelo ensinamento de Paulo como pelo seu exemplo, especialmente em seu amor pelos filipenses].
2. Paulo, exemplo de ministro. Os obreiros do Senhor devem aprender com Paulo uma verdade pastoral: Todo ministro de Deus deve ser transparente. Assim como o Deus da graça chamou os fiéis da terra para serem irrepreensíveis, Ele igualmente nos chamou para administrarmos o seu rebanho com lisura, amor e muita boa vontade (1Pe 5.2,3). Essas qualidades pastorais são indispensáveis na experiência ministerial dos líderes cristãos nos dias de hoje. [Comentário: A figura do pastor cuidado, proteção, disciplina e orientação. Jesus retratou seu próprio cuidado pela Igreja (Jo 10.1-18) e o gracioso interesse de Deus pelos pecadores (Lc 15.3-7) como ações de pastoreio. Os apóstolos designaram sobre as igrejas locais tutores designados de presbíteros )At 14.23; Tt 1.5), que deviam cuidar do povo como os pastores cuidam das ovelhas (At 20.28-31; 1Pe 5.1-4), conduzindo-os mediante seu exemplo (1Pe 5.3) longe de tudo o que é nocivo para tudo o que é bom. Em virtude de seu papel, estes presbíteros são chamados também de “pastores” (Ef 4.11). O Pastor que serve fielmente será recompensado (Hb 13.17; 1Pe 5.4; 1Tm 4.7,8). Hoje, cruzamos uma tormenta na ética pastoral, fica evidente a falta de lideranças fortes e que sejam réplicas do modelo de liderança pastoral de Paulo. Oremos para que o Eterno conceda à sua Igreja homens compromissados, com um caráter cristão maduro e estável e uma bem ordenada vida pessoal (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9)].
3. O Deus de paz. Se buscarmos tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama, teremos uma preciosa promessa: “E o Deus de paz será convosco”. A presença do “Deus de paz” descreve uma segurança inabalável para aqueles que confiam no seu nome. Ele nos orienta, guarda e protege. Por isso, devemos experimentar da constante e doce presença do “Deus de paz”, e manter uma vida irrepreensível diante dEle, pois nas circunstâncias mais adversas lembraremos estas palavras: “E o Deus de paz será conosco”. [Comentário: A promessa anexa à obediência é que o Deus da paz estará convosco. O Deus cujo caráter é a paz é o doador de paz. O título de Deus da paz é um dos favoritos de Paulo (cf. Rm 15.33; 16.20; 2Co 13.11; 1Ts 5.23). É um lembrete de que aqueles que têm atitudes piedosas, pensamentos e ações piedosos será vigiado pela paz de Deus e pelo Deus da paz. Sua presença é essencial para a força, tranquilidade e satisfação necessária para a estabilidade espiritual.].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Buscarmos tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama “o Deus de paz será convosco”.
CONCLUSÃO
Disse alguém, certa vez, que “o homem é aquilo que pensa” [Comentário: O filósofo Friedrich Hebbel afirmou certa vez; “O homem vive do que pensa”. Salomão, preocupado com o poder do pensamento escreveu: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem os caminhos da vida (Pv 4.23)]. Devemos, portanto, guardar a nossa mente de tudo quanto é vil, pernicioso, egocêntrico e imoral. Só desfrutaremos de uma vida cristã saudável e equilibrada se alimentarmos a nossa mente com tudo o que é do Alto. Por isso, leia continuamente a Palavra de Deus. Apesar de a verdade, a honestidade, a pureza, a justiça, o amor e a boa fama parecerem estar fora de moda, e até ignorados por grande parte da sociedade, para o Altíssimo continuam a ser virtudes que autenticam os valores do seu Reino. E nós, os que cremos, somos chamados a vivê-las aqui e agora (Mt 5.13-16). [Comentário: Quando invocamos a Deus, com um coração posto em Cristo e na sua Palavra (Jo 15.7), a paz de Deus transborda em nossa alma aflita. Essa paz consiste em uma tranquilidade interior, que o Espírito Santo nos transmite (Rm 8.15,16). Envolve uma firme convicção de que Jesus está perto, e que o amor de Deus estará ativo em nossa vida continuamente. (Rm 8.28,32; cf. Is 26.3). Como necessitamos hoje concretizar esse conselho paulino em nossas vidas! Quando colocamos diante de Deus, em oração, as nossas inquietações, essa paz ficará como guarda à porta de nosso coração e de nossa mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem-nos a vida e a esperança em Cristo. Se o medo e a ansiedade retornarem, novamente a oração, a súplica e a ação de graças nos trarão a paz de Deus que guarda os nossos corações. Voltaremos a sentir segurança, e nos regozijaremos no Senhor]. Finalizo esse comentário da Lição com uma pastoral do Rev Hernandes Dias Lopes: "AMINHA ALMA TEM SEDE DEUS! Deus é a delícia da minha alma. É como mel ao paladar. Outras coisas, por mais belas aos olhas e mais saborosas ao paladar não se comparam com a delícia da intimidade de Deus. É na presença de Deus que existe plenitude de alegria e delícias perpetuamente. O pecado é atraente e sedutor quando perdemos de vista a sublimidade do conhecimento de Cristo. Quando contemplamos Cristo em sua beleza e quando temos uma percepção da majestade de sua glória, então, os prazeres e glórias deste mundo tornam-se como esterco. Ah! como precisamos conhecer mais a Deus. O conhecimento de Deus é nossa glória mais sublime. O povo que conhece a Deus é um povo forte. Que nossa alma anseie mais por Deus do que os guardas pelo romper da alma! Que a nossa alma tenha mais sede de Deus do que a corça pelas correntes das águas!"
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
Recife-PE
Setembro de 2013.
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que a experiência de salvação em Cristo produz?
R. A experiência de salvação, em Cristo, produz uma mudança contínua em nossa forma de pensar, a fim de evitarmos as futilidades mundanas que ocupam a mente das pessoas sem Deus.
2. O que deve ocupar a mente do cristão?
R. A nossa mente deve ser preenchida com aquilo que gera vida e maturidade espiritual.
3. De acordo com a lição, o que significa uma mente pura?
R. Uma mente pura significa uma mente casta.
4. Qual é a verdade pastoral que os obreiros do Senhor devem aprender de Paulo?
R. Todo o ministro de Deus deve ser transparente. Assim como o Deus da graça chamou os fiéis da terra para serem irrepreensíveis, Ele igualmente nos chamou para administrarmos o seu rebanho com lisura, amor e muita boa vontade (1Pe 5.2,3).
5. O que você tem feito para manter a sua mente pura?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1236;
 -. Filipenses - Epístolas Paulinas - E.P. myer pearlman -
http://pt.scribd.com/doc/146430796/E-P-Myer-Pearlman
-. ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

domingo, 8 de setembro de 2013

O ARREBATAMENTO DA IGREJA DE JESUS CRISTO

O que é o arrebatamento da igreja de Cristo? Como se dará o arrebatamento? Passaremos pela grande tribulação? A vida vai continuar depois do arrebatamento da Igreja de Cristo? Estas e inúmeras outras questões a respeito do arrebatamento são dúvidas para muitos cristãos. Vamos meditar e buscar respostas na Palavra divinamente inspirada, onde contém a verdade legada por Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
A Palavra do Senhor na carta aos Hebreus 9.28 descreve: Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez sem pecado aos que o esperam para a salvação.
E no Evangelho de João 5.28, 29, disse Jesus: Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.  
Porque a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Quando Jesus disse a Marta que o seu irmão Lázaro haveria de ressuscitar, ela lhe respondeu: Eu sei que há de ressuscitar, na ressurreição do último dia (João 11.24).
Acompanhe a linha de raciocínio, que a palavra está revelando nestes dois últimos versículos: A ressurreição se dará no último dia.    
E na primeira carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses 4.15-17, o texto sagrado diz: Dizemos-vos, pois, isto pela Palavra do Senhor, que nós os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.  
Porque o Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar com o Senhor nos ares, e assim, estaremos sempre com o Senhor.
A Palavra relata primeiramente que os salvos ressuscitarão para a vida eterna, mas os que praticaram o mal ressuscitarão para a condenação. Consequentemente declara que a ressurreição será no último dia.  E afirma que na vinda de Cristo os vivos não precederão aos que dormem, mas os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os vivos serão arrebatados, e encontrarão com Cristo nas nuvens.  
E em I Coríntios 15.51 e 52 está escrito: Eis que digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.  
Observe que novamente a Palavra certifica que há uma ordem cronológica estabelecida para os acontecimentos: Os mortos ressuscitarão primeiro, e os vivos que aguardam a vinda de Cristo serão transformados, e num piscar de olhos, todos subiremos a encontrar com o Senhor Jesus nas alturas.
E no Evangelho de Mateus 24.3-14, a Palavra narra que, estando Jesus assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os seus discípulos dizendo; Mestre, dizei-nos quando serão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
Então Jesus lhes indicou os sinais da sua vinda com guerras, terremotos, pestilências, falsos profetas, mas ainda não é o fim, mas quando o Evangelho do Reino for pregado a todo o mundo, então virá o fim.  
Considere, primeiramente há uma inquirição dos discípulos a Jesus, sobre sua vinda simultaneamente com o fim do mundo.  E ao meditarmos nesta passagem (capítulo 24 de Mateus), apercebemos que o Senhor expõe o Sermão Profético numa cronologia dos acontecimentos, concomitantemente ao fim do mundo, exemplificado nos versículos 37-39 de Mateus 24, onde Jesus declarou:
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos.
Assim também será a vinda do Filho do homem. Estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro. Estando duas moendo no moinho será levada uma, e deixada outra.  
O Senhor Jesus fez uma alegoria da sua vinda com os episódios clássicos de Noé, para que entendemos que será da mesma forma. Quando tudo parecia normal, veio o dilúvio e consequentemente o fim para os desobedientes, salvando-se apenas Noé e mais sete pessoas de sua família, porque creram na Palavra de Deus.
A carta de II Pedro 3.3-13 narra que: Nos últimos dias virão escarnecedores, dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.  
Mas não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como se fossem mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia.
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão da noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo se desfarão e a terra e as obras que nela há se queimarão.
 Irmãos, observem que mais uma vez a Palavra do Senhor afirma categoricamente que a vinda de Cristo será no último dia,  pois, os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo em fogo se desfarão, por conseguinte, o fim.
A GRANDE TRIBULAÇÃO SERÁ ANTES OU DEPOIS DO ARREBATAMENTO?
Em Mateus 24.21, 22, Jesus relata que haverá, tão grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo, nem tampouco jamais haverá.
E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.    
O Senhor Jesus revela que haverá dias de grandes aflições tal qual nunca houve, nem jamais haverá, mas por amor aos seus escolhidos, aqueles dias serão abreviados.
E, se a abreviação daqueles dias se fez necessária por causa dos escolhidos do Senhor, isso é uma prova infalível que todos passarão pela grande tribulação, e nos dá a certeza que não haverá arrebatamento anterior à tribulação. Caso  houvesse, qual a necessidade da abreviação dos dias? Certamente o Senhor teria arrebatado os seus escolhidos.
Em Apocalipse 1.7 está escrito: Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!
Portando amados, não haverá arrebatamento secreto, como muitos anunciam, visto que todo olho o verá. 
Outra prova incontestável que Jesus não virá de forma secreta e anterior à grande tribulação, consta no Evangelho de Mateus 25.31-46, quando Cristo vier em sua glória e todos os santos anjos com Ele, e assentará no Trono da sua Glória, e as nações serão reunidas diante dele, e porá as ovelhas a sua direita, mas os bodes ficarão a sua esquerda, e julgará a cada um, segundo as suas obras. 
O Senhor Jesus afirmou que o dia e a hora que Ele  virá ninguém sabe senão o Pai, mas o que Ele dirá está revelado, visto que, a bíblia exibe a narrativa da alocução de  Jesus, no Grande e Terrível  Dia do Senhor.
Portanto, a cronologia dos acontecimentos não é arrebatamento depois a grande tribulação, mas assim:
Primeiro haverá a grande tribulação, depois será instituído o Reino Milenar dos que foram degolados por amor ao nome de Cristo, e por último virá o arrebatamento e julgamento final. Por isso, grande será a surpresa daqueles que creem que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação.  
Observe a advertência em II Tessalonicenses 2.2 e 3: Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
O LIVRAMENTO DOS JUSTOS NA GRANDE TRIBULAÇÃO
Em I Coríntios 10.1-13, a Palavra relata sobre o procedimento rebelde do povo de Israel no deserto, e o quanto desagradaram ao Criador, e no versículo 6 e 11 (mesmo cap) alerta a que essas coisas sobreveio como figuras para o tempo presente, para que não cobiçamos as coisas más, como idolatria, prostituição, etc e não tentamos a Cristo como muitos tentaram a Deus e tiveram seus corpos estendidos no deserto.
Mas quanto aos que guardam aos mandamentos do Senhor, no versículo 13, a Palavra diz: Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
O que fora ratificado em Apocalipse 3.10, disse Jesus: Como guardaste a Palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
E em Apocalipse 14.9-12, vem a complementação da Palavra do Senhor Jesus onde relata: E os seguiu o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mãoo tal beberá do vinho da ira de Deus,  e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
E  não têm repouso, nem de dia nem de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome.
Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
Essas referências bíblicas não dizem que o servo fiel e justo não passará pela tribulação, ao contrário, exorta que aquele que guardar os mandamentos do Senhor, não será tentado acima do que poderá suportar, porque com a tentação dará também o escape.  
Quanto aos que não guardaram a Palavra, serão lançados no fogo eterno, mas os justos herdarão a Cidade Santa, a  Nova Jerusalém que descerá do Céu, como uma noiva enfeitada para o noivo. Esse é o livramento no Grande e terrível dia do Senhor,  a salvação da vida eterna aos justos.
A VISÃO DOS MÁRTIRES  DA GRANDE TRIBULAÇÃO
E na revelação do Apocalipse (6.9-11) a João, a Palavra descreve que: Havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo:
Até quando, ó verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo até que se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram.
Amados, meditem, o clamor das almas dos que foram mortos na grande tribulação, porém, já estavam embaixo do Altar do Senhor. Aliás, aqui, nota-se claramente que a grande tribulação estava em plena atividade, visto que, quando pediram vingança dos que habitam na terra, fora lhes dito que aguardassem um pouco de tempo, até que se completasse o número dos que haviam de ser mortos como eles foram.
E em Apocalipse 7.4-8, a Palavra descreve a visão de João  referente ao número dos assinalados dos servos de Deus, pertencentes as doze tribos de Israel, e o número dos assinalados eram centro e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois destas coisas (Apocalipse 7.9-14), a Palavra expõe: João viu uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas em suas mãos.  
E um dos anciões me falou dizendo: Estes que estão trajando vestidos brancos, quem são e donde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro.
Nesta narrativa, a grande tribulação já havia encerrado, pois, os mártires de Cristo haviam lavados as suas vestes no sangue do Cordeiro e já estavam diante do Trono de Deus e o serviam no seu Templo.
A Palavra do Senhor ressalva aos que se deram em sacrifício na grande tribulação, os quais receberam vestes brancas lavadas no sangue de Cristo, ou seja, já estão justificados perante o Senhor. Portanto, estamos sujeitos sim, a grande tribulação.  
O REINADO  MILENAR  PÓS TRIBULAÇÃO
E no capítulo 20, versículos 4 e 5 de Apocalipse, o apóstolo João descreve a revelação dos mártires de Cristo no milênio, e diz: E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi lhes dado o poder de julgar (esta palavra refere-se aos doze apóstolos que hão de julgar as doze tribos de Israel Mateus 19.28); e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.  
Irmãos, considerem, a Palavra relata que o Reinado Milenar é o galardão exclusivo para os que foram degolados na grande tribulação, pois, afirma que os outros mortos não reviveram, até que mil anos se completassem, sendo essa a primeira ressurreição, mas ainda não é o arrebatamento da igreja, porque os outros mortos não ressuscitaram.  
Aqui se cumpre à Palavra do Senhor Jesus no livro de Mateus 19.30 onde disse: Os primeiros serão derradeiros, e os derradeiros serão primeiros, ou seja, os que morreram nos últimos tempos por ocasião da grande tribulação ressuscitarão primeiro, e reinarão com Cristo por mil anos.  
A Palavra assegura claramente que os outros mortos não ressuscitaram, isto é, os que morreram em Cristo, mas por morte natural, ou morreram antes da grande tribulação, não ressuscitarão até que mil anos se acabem, aos quais ressurgirão na vinda de Cristo para o arrebatamento da igreja e o juízo final.
É bom refletir que mil anos para Deus é como um dia, e um dia, como mil anos, porque o tempo de Deus não e igual ao dos homens, com dia, noite,  meses, anos, décadas, etc.
SATANÁS SERÁ PRESO POR MIL ANOS
Continuando a nossa meditação no Capítulo 20 de Apocalipse, vamos a narrativa dos acontecimentos:
Apocalipse 20.1-3: Vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos.
E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais  engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
Medite: Apocalipse 20.1-3 –  Após a grande tribulação, satanás será preso por mil anos. Simultaneamente, os mártires reinarão com Cristo por mil anos (Apocalipse 20.4,5).
Apocalipse 20.7-10: E, acabando-se os mil anos, satanás será solto da sua prisão   e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.
E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou.
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.  
Em conformidade com a Palavra revelada, nos últimos tempos, ao término da grande tribulação, satanás será preso por mil anos, concomitantemente os mártires de Cristo reinarão com Ele por mil anos.
Mas após esse milênio, satanás será solto e sairá a enganar as nações, e se ajuntará a Gogue e Magogue (Nomes que representam as nações inimigas de Deus) e tentará sitiar o Arraial do santos e a Cidade Santa.
Pela revelação da Palavra, o Arraial dos santos é um acampamento espiritual, o Paraíso onde os mártires da grande tribulação reinarão com Cristo por mil anos. E a Cidade Santa, é a Nova Jerusalém, a qual passará a ser habitada pelos que herdarão a vida eterna após o julgamento do Senhor Jesus Cristo.
ONDE ESTARÃO AQUELES QUE SOBREVIVERÃO À TRIBULAÇÃO, DURANTE O REINO MILENAR?
I Tessalonicenses 5.3, descreve: Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
Essa profecia,  quando houver paz e segurança aos habitantes da terra, se cumprirá no período do Reino Milenar (Apocalipse 20.4), será um tempo de paz e segurança porque simultaneamente ao Reino Milenar, satanás estará preso por mil anos, para não enganar as nações (Apocalipse 20.2, 3).
Mas acabando-se os mil anos, satanás será solto, se ajuntará a gogue e magogue e tentará sitiar o Arraial dos Santos e a Cidade Santa, nesse tempo, virá então a “repentina destruição”.
No livro de Mateus 24.37-39, há uma alusão dessa segunda parte da profecia (repentina destruição)  onde narra que, como nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, e Noé entrou na arca, e não o perceberam, e veio o dilúvio e levou a todos.
Ratificado na Segunda Carta Universal de Pedro 3.3-13, onde descreve que: Nos últimos dias virão escarnecedores, dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.  
Mas não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como se fossem mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia.
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão da noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo se desfarão e a terra e as obras que nela há se queimarão.
O JUÍZO FINAL
Apocalipse 20.12-15: E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono e abriram-se os livros, e abriu-se outro livro, que é o livro da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (o que é a segunda morte).  
RESUMINDO O TEXTO
No início da nossa meditação, vimos que a ressurreição dos mortos será no último dia (João 6.40 e 11.23 e 24; Mateus 24:3, 38 e 39) e os vivos não precederão aos que dormem, porque os mortos ressuscitarão primeiro, depois os vivos serão transformados e arrebatados (I Tessalonicenses 4.13 a 17).  
Na carta universal do apóstolo Pedro (II Pedro 3.3-12), a Palavra do Senhor mostra que muitos escarnecedores perguntarão: Onde está a promessa da vinda do Senhor, que tudo permanece da mesma forma desde o princípio da criação?
E na sequencia (versículo 9) a Palavra confirma que a vinda de Cristo será como o ladrão da noite, quer dizer, repentinamente, num momento em que ninguém O espera, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo em fogo se desfarão e a terra e as obras que nela há se queimarão. Isso não deixa dúvida que a vinda de Cristo será simultânea ao fim do mundo.  
Depois encontramos em Apocalipse 20:4 e 5, os que foram degolados na grande tribulação pelo testemunho de Jesus e por amor do nome do Senhor, ressuscitarão primeiro e viverão com Cristo por mil anos, que é a primeira ressurreição.
E a Palavra ainda afirma com clareza que os outros mortos não ressuscitarão até que mil anos se acabem. Depois de mil anos satanás será solto (Apocalipse 20.7-10) e tentará submergir o Arraial dos Santos, mas será lançado no lago que arde em fogo e enxofre, e virá então o juízo final (Apocalipse 20.11-15), ocasião que haverá a ressurreição dos mortos e consequente arrebatamento da igreja do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.  
Conforme está na Palavra, haverá primeiramente a ressurreição dos mártires de Cristo vindo da grande tribulação, os quais ressuscitarão primeiro e reinarão com Ele por mil anos.  
Depois desse Reino Milenar, virá à ressurreição dos outros mortos, o arrebatamento dos vivos, e, consequentemente o juízo final.  
É oportuno evidenciar que não há citação na palavra que comprove que o arrebatamento da igreja de Cristo será antes da grande tribulação. Como também não há um só versículo afirmando que a vida vai continuar aqui na terra depois do arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus, como muitos andam pregando, e garantindo uma nova oportunidade de salvação para aqueles que não foram arrebatados na vinda de Cristo, caso não receba o sinal da besta na grande tribulação.
Haverá sim duas ressurreições: A ressurreição dos mártires para o milênio (Apocalipse 20.4, 5) e a ressurreição do juízo final (Apocalipse 20.12-15), mas o arrebatamento da igreja de Cristo é único.
Precisamos estar atentos, pedir sabedoria ao Espírito Santo do Senhor, meditar na palavra e crer somente nas escrituras, porque a promessa de salvação após o arrebatamento é um falso ensinamento criado pela imaginação do homem, um engodo maligno para  descompromissar o crente com a verdade, e levá-lo a perdição. 
Isso é  uma falsa esperança, enganação, pois a Palavra na carta aos Filipenses 2.10, 11, declara que na vinda do Senhor Jesus para arrebatar a sua igreja, todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor para a Glória do Pai. O que elimina qualquer possibilidade de arrebatamento secreto.
É bom lembrar, que os sinais da vinda de Cristo (Mateus 24) estão acontecendo e evidenciam que estamos no princípio das dores, mas quando o Evangelho for pregado a toda criatura, então virá o fim.
Porem, não creiam em tudo que  falam por aí, já existem homens profetizando que Cristo voltará no ano de 2012. Isso é uma heresia, pois, o próprio Jesus afirmou em Mateus 24.36 que Aquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai.
Apocalipse 1.3, diz: Bem-aventurado aquele que , e os que ouvem as Palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Louvai ao Senhor!
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Irmão Carvalho, apenas servo pela misericórdia do Altíssimo
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