Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone:
3084 1524
LIÇÃO 03 – ESPERANDO A VOLTA DE JESUS - 1º TRIMESTRE DE 2016 (Mt
24.42-46)
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos
a definição da palavra esperança, analisaremos as bases bíblicas na perspectiva
pré- tribulacionista para a iminente volta de Jesus, estudaremos quando se dará
o Arrebatamento da Igreja. Pontuaremos que todos os hereges que marcaram a
volta de Cristo, unanimemente se equivocaram, pontuaremos os fundamentos
bíblicos para a promessa da volta de Jesus, e por fim, veremos como esperar
esta promessa.
I - DEFINIÇÃO DA
PALAVRA ESPERANÇA
1.1 Esperança. O
Aurélio define esperança como: “o ato ou
efeito de esperar o que se deseja”, “expectativa”, “fé em conseguir o que se
deseja” (FERREIRA, 2004, p. 808). Esperança é uma das virtudes cristãs,
através da qual o crente é motivado a crer no impossível. É a certeza de
receber as promessas feitas por Deus através de Cristo Jesus(Rm 15.13; Hb 11.1)
e uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e significa “expectativa favorável e confiante” (Rm
8.24,25). Já o verbo esperar significa:
“ficar à espera de, aguardar, contar com a realização de uma coisa desejada ou
prometida” (Ídem, 2004, p. 808).
II - BASES
PRÉ-TRIBULACIONISTAS PARA VOLTA IMINENTE DE JESUS
Duas coisas trazem esperança na vida crente. A primeira é o
Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.18), e a segunda é a ressurreição do corpo (1Co
15.1-58). O pré-tribulacionismo é a doutrina segundo a qual Jesus virá
arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação (ANDRADE, 2006, p. 304). Quando
pensamos na vinda de Cristo é inevitável refletir sobre o Arrebatamento dos
santos.
2.1 A Igreja não
passará pela grande tribulação. Quem ama a Palavra de Deus tem a certeza de
que Cristo “aparecerá segunda vez, sem
pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28). O arrebatamento
poderá ocorrer a qualquer momento (Mt 24.36,42,43,44). Temos observado que a
iminência da volta de Jesus constitui-se num dos principais sustentáculos de
afirmação dentro do modelo pré-tribulacionista. De acordo com o dicionário a
palavra “iminente” significa: "aquilo
que está para vir; que ameaça acontecer brevemente; que está em via de
efetivação imediata ou muito próxima" (FERREIRA, 1074, p. 808). No
texto acima, Jesus deixa claro que o crente deve esperar pelo cumprimento de
todos os sinais profetizados por Ele, os quais ocorrerão antes da sua volta.
Quando Jesus prossegue e diz aos seus discípulos que era impossível saber o dia
e a hora da sua volta e que eles deveriam vigiar porque não sabiam a que hora
haveria de vir o Senhor. Nas Escrituras lemos a Doutrina da Vinda Iminente de
Jesus Cristo à Sua Igreja nos seguintes textos Sagrados (1Co 1.7; 16.22, Fp
3.20; 4.5, 1Ts 1.10; 4.15-18; 5. 6; 1Tm 6.14; Tt 2.13; Hb 9.28; Tg 5.7-9; 1Pd
1.13; Jd 21; Ap 3.11; 22.7; 12,20; 22.17,20).
2.2 Cristo virá
buscar seus fiéis, a Igreja, no arrebatamento. Cristo tirará a Igreja antes
da Grande Tribulação, pois esta tem como propósito encerrar o tempo dos gentios
e preparar o povo de Israel para a restauração no milênio, governado por Cristo.
Há um tratamento diferente entre dois povos: judeus e gentios, visto que são
grupos distintos. Há um plano de Deus exclusivo tanto para Israel como para a
Igreja, sendo que a Grande tribulação é uma período onde Deus tem como objetivo
tratar com Israel e não com a Igreja, que já teve o seu período de salvação na
Dispensação da Graça. Neste caso, seria incoerente a Igreja passar pela Grande
Tribulação devido esses propósitos, ou seja, o propósito da Grande Tribulação é
preparar a conclusão do plano geral de Deus para a humanidade e não purificar
ou testar a Igreja, mas, Israel (Rm 8.19-25; 1Co 1.7; Fl 4.5; Tt 2.13; Tg 5.9;
Jd 21; 1Ts 4.18).
III - QUANDO SE DARÁ
O ARREBATAMENTO DA IGREJA?
Durante seu
ministério na terra, Cristo fundou sua Igreja e deu-lhe uma promessa: Ele
voltaria novamente para buscar aqueles que receberam a Cristo como Salvador e
viveram de acordo com sua Palavra (1Ts 4.16-17; 1 Co 15.50-52). Ninguém sabe
quando se dará este fato, só é possível saber que o evento é iminente, pois os
sinais se identificam no decorrer da história. “Não vos pertence saber os tempos ou épocas que o Pai estabeleceu pelo
seu próprio poder” (At 1.7). Tentar estabelecer uma data para vinda de
Cristo é perder tempo. “daquele Dia e
hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai”
(Mt 24.36).
3.1 Jesus em sua
natureza humana não sabia quando voltaria (Mt 24.36,42; 25.13). Ao se fazer
homem, o Senhor Jesus aniquilou-se “esvaziou-se” a si mesmo; e, conquanto não
tenha deixado de ser Deus (1Tm 3.16; Cl 2.9), ele abriu mão de parte de seus
atributos divinos e da glória que desfrutava junto ao Pai (Jo 1.14; 2 Co 8.9;
Fp 2.5-8). Na Terra, Jesus sujeitouse temporariamente às limitações humanas (Hb
2.14). E foi nessa condição temporária que Ele declarou não saber quando se
daria o Arrebatamento (Mt 24.36; Jo 14.28). Com a vitória cabal alcançada na
cruz (Jo 19.30) e a sua ressurreição, Jesus reassumiu a glória que tinha antes
de o mundo existir (Jo 17.5). Não foi por acaso que declarou: “É me dado todo o poder no céu e na terra”
(Mt 28.18), pois de fato Ele é o Todo-Poderoso (Ap 1.8). Não há razão para
acreditarmos que Ele tenha deixado de saber definitivamente o dia do
Arrebatamento. Em Apocalipse, as suas convictas palavras indicam o seu pleno conhecimento
sobre o assunto: “venho sem demora”; “presto venho”; “cedo venho” (Ap 3.11;
22.7,12).
3.2 Jesus prometeu
que voltaria (Jo 14.3; Ap 22.20). Os anjos corroboraram as suas palavras
(At 1 9-11). Os profetas dos tempos do AT também anunciaram a Segunda Vinda,
mesmo não tendo a devida compreensão acerca dela (Dn 7.13; Zc 14.4; Ml 3.2). E
os escritores do NT fizeram o mesmo: Paulo (1Co 15.51,52); Tiago (Tg 5.8);
Pedro (2Pd 3.10); João (1Jo 2.28; 3.1-3); Judas (v. 14); e o desconhecido autor
de Hebreus (Hb 9.28). Ademais, o testemunho da Ceia do Senhor, por Ele
ordenada, é mais uma evidência de sua volta (1Co 11.26). Não podemos estar
desapercebidos, pois “fiel é o que
prometeu” (Hb 10.23,37). E o fato de não sabermos quando Ele voltará (Mt
24.42-44) deve estimular-nos à vigilância (Mt 25.I-I3). Quanto a nós, além de
não sabermos quando Jesus voltará, é nos totalmente vedado fazer especulações
(At 1.7; I Ts 5.1). “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt
25.13).
IV - FUNDAMENTOS
BÍBLICOS PARA A PROMESSA DA VOLTA DE JESUS
Ao lermos a Bíblia vamos encontrar tanto no AT (Zc 14.3-4)
como no NT (Tg 5.7; 1Pe 1.7,13; 1Ts 4.13-18; Hb 9.28). No entanto, é no NT que
esta doutrina é mais difundida e explicada. O próprio Senhor Jesus fez esta
promessa (Jo 14.2-3), os anjos falaram acerca desta promessa (At 1.11) e os
apóstolos escreveram acerca desta promessa. Vejamos:
· Será repentino "num
abrir e fechar de olhos" (1Co 15.51,52). Isto significa que não haverá
tempo para preparativos de última hora (Mt 25.6-10);
· Será “em dia e hora que
não sabemos” (Mt 24.36,44). Todos que se atreveram determinar o dia do
Arrebatamento da igreja se decepcionaram. Esperaram e Cristo não veio!
Portanto, melhor do que prever ou datar este dia, é estar preparado;
· Será “como nos dias de
Noé” (Mt 24.37-39). Ou seja, um dia como outro qualquer, em que as pessoas
estarão em suas atividades normais: comendo, trabalhando, casando etc (Mt
24.40-42);
· Será pessoal (At 1.11; Ap
22.12). Assim como em um casamento, Cristo virá pessoalmente buscar a sua
noiva;
· Será em duas fases. A
Segunda Vinda de Cristo dar-se-á em duas fases distintas, uma antes, e outra
depois da Grande Tribulação. A primeira fase é o Arrebatamento da Igreja (1Co
15.52; 1Ts 4.16,17). A segunda fase da vinda de Cristo será sua descida sobre o
Monte das Oliveiras, juntamente com a igreja, para livrar Israel das garras do
anticristo (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7; 19.11-21; 20.1-6).
VI - COMO ESPERAR A
VINDA DE JESUS
A esperança de todos os que obedecem a Deus, que acreditam
sem reservas na Sua existência e no Seu poder, está na vinda do Senhor Jesus
(1Ts 4.16,17). As Escrituras descrevem, não apenas a promessa, mas também nos
ensina como devemos esperar esta promessa. Vejamos:
·
Devemos esperar com vigilância. Diversas parábolas foram proferidas pelo
Senhor Jesus, com o intuito de nos ensinar acerca da vigilância (Mt 24.32,33;
Mt 25.1-13; Mt 24.45-47; Mt 24.37-39; Mt 24.43,44; Lc 12.39,40; 1Ts 5.2,3; 2Pd
3.10; Ap 3.3). O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa
porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo o Senhor Jesus não vai avisar a hora
em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos
de surpresa.
· Devemos esperar com
santidade. Somente aqueles que estiverem vigilantes e em santidade poderão
desfrutar das bênçãos advindas da Segunda Vinda de Cristo (1Ts 5.23; Hb 12.14;
1Jo 3.3).
· Devemos esperar em alerta. “Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será
também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27). Isto significa que ninguém terá
tempo extra para se preparar. Devemos vigiar. Jesus falou que este episódio
seria semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-44) Jesus contou algumas parábolas
sobre sua volta (Mt 24.45-51; Mt 25.1-13; Ef 4.30).
· Devemos esperar
evangelizando. “Bem-aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vier,
achar fazendo assim” (Lc 12.43). “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até
que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as
terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35).
CONCLUSÃO
Diante dessa gloriosa promessa, devemos estar vigilantes,
vivendo em santidade, esperando este dia em que estaremos definitivamente
livres de todo sofrimento e estaremos para sempre com o Senhor. Que fiquemos
com as palavras do apóstolo Paulo: “Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a
mim, mas também a todos os que amarem sua vinda” (2Tm 4.9).
REFERÊNCIAS
· ICE,
Thomas. Profecias de A a Z. ACTUAL.
·
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica. CPAD.
·
LIETH, Nobert. O Sermão Profético de
Jesus. ACTUAL.
·
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as
Coisas. CPAD.
·
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD.
·
ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia
Sistemática Pentecostal. CPAD.
FONTE: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/cod/415 Acesso em 13 jan. 2016