sexta-feira, 6 de abril de 2018

Revista Berçário Lição 2 - A oração de um bom amigo

Revista: Berçário 0-2 anos

2º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Incentivar os pequeninos a orar pelos amigos.

É hora do versículo: “[...] orai uns pelos outros [...]” (Tiago 5.16).

Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos falar com o Papai do Céu quando precisamos, através da oração e apresentar os nossos amiguinhos a Ele.

Continua a história do empregado de Abraão à procura de uma esposa para Isaque. Só que nesta lição há outro enfoque. O empregado orou ao Papai do Céu para que o ajudasse. É bom termos amigos que nos ajuda em oração.

Estimule que seus alunos estreitem seus laços de amizade e se abracem enquanto oram.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças desenharem seus amigos e colorirem o desenho com giz de cera.

coracaoL2
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica AraujoEditora da Revista Berçário
http://www.escoladominical.com.br

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Subsídios Adultos Lição 2: Ética Cristã e Ideologia de Gênero

Subsídios Adultos 

TEXTO ÁUREO
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27).
VERDADE PRÁTICA
A doutrina da criação do ser humano revelada nas Escrituras Sagradas, em que a distinção dos sexos é o padrão, não pode ser relativizada.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Sl 1.1,2
Os cristãos não andam segundo o mundo

Terça — Rm 15.4
As Escrituras servem ao nosso aprendizado

Quarta — 1Tm 3.16,17
A Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para a boa conduta

Quinta — Sl 100.5
A verdade do Senhor é imutável e dura de geração a geração

Sexta — 1Pe 1.15
Os seguidores de Cristo foram chamados para ser santos em toda a esfera da vida

Sábado — Ap 1.3
Bem-aventurados os que leem, escutam e guardam a Palavra de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 5.18-24.
18 — Ai dos que puxam pela iniquidade com cordas de vaidade e pelo pecado, como se fosse com cordas de carros!
19 — E dizem: Apresse-se e acabe a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
20 — Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!
21 — Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes diante de si mesmos!
22 — Ai dos que são poderosos para beber vinho e homens forçosos para misturar bebida forte!
23 — Ai dos que justificam o ímpio por presentes e ao justo negam justiça!
24 — Pelo que, como a língua de fogo consome a estopa, e a palha se desfaz pela chama, assim será a sua raiz, como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel.

HINOS SUGERIDOS
75, 133 e 490 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Justificar a gravidade da Ideologia de Gênero na educação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Explicar Ideologia de Gênero;
II. Arrazoar a respeito das consequências da Ideologia de Gênero;
III. Mostrar o ideal divino quanto aos sexos.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Muitos em nome da diversidade ou do direito à opinião solapam a ideia de verdade objetiva das coisas. A estratégia é dar ênfase a um fato que não se pode negar, mas ignorar a obviedade de tantos outros. Por exemplo, quem pode negar a diversidade cultural? Quem pode negar o direito à opinião? Entretanto, também é verdade que existem culturas que degradam o ser humano, bem como opiniões que são desqualificadas e completamente absurdas. Outrossim, a história mostra que pessoas que pautaram-se pela Palavra de Deus tiveram valores éticos-espirituais muito claros.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Teorias sociais, que nascem em laboratórios de ciências sociais das principais universidades do mundo, ensinam que as diferenças entre os sexos são resultados da relação histórica de opressão e preconceito entre homem e mulher. A este entendimento dá-se o nome de “ideologia de gênero”. Os defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os princípios cristãos. Apesar de cada época apresentar desafios diferentes à fé cristã, as Escrituras advertem aos cristãos o viver em santidade em todas as épocas e culturas (1Pe 1.15,23-25).

PONTO CENTRAL
Apesar do “espírito” relativista de nosso tempo, a Palavra de Deus não muda.

I. A IDEOLOGIA DE GÊNERO
1. Definição de Ideologia. O termo foi desenvolvido pelo francês Destutt de Tracy (1758-1836). O conceito foi amplamente usado pelos alemães Karl Marx e Fredrich Engels, autores do Manifesto Comunista (1848). A palavra é composta pelos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos com o sentido de “raciocínio”. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual, ou seja socialmente. Em sentido amplo, a ideologia se apresenta como o que seria ideal para um determinado grupo.

2. Ideologia de Gênero. A palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente deveria indicar o “masculino” e o “feminino”, como ocorre na Gramática. Nesse sentido, a expressão é inofensiva; porém, na sociedade pós-moderna tal significado é relativizado e distorcido em “ideologia de gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de sexo”. Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Os ideólogos afirmam que os gêneros — masculino e feminino-são construções histórico-culturais impostas pela sociedade.

3. Marxismo e Feminismo como fonte dessa ideologia. Nos escritos marxistas a ideologia deixa de ser apenas “o conhecimento das ideias” e passa a ser um “instrumento” que assegura o domínio de uma classe sobre outra. O marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro “A Origem da família, a propriedade privada e o Estado” (1884), onde a família patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), onde é afirmado que “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, do contexto social marxista, que deu origem à “luta de classes”, surgiu a ideologia culturalista como sendo “luta de gêneros”, ou seja, uma fantasiosa “luta de classes entre homens e mulheres”. Nesse aspecto, a Ideologia de Gênero pretende desconstruir os papéis masculinos e femininos na sociedade atual.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Criada a partir do Marxismo e do Feminismo, a Ideologia de Gênero relativiza os conceitos de masculino e feminino.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Trabalhar corretamente o conceito de Ideologia de Gênero é muito importante para esta aula. Por exemplo, deve-se ressaltar que a Ideologia de Gênero não se alimenta apenas de um sistema ideológico, mas de vários. Não é correto dizer, por exemplo, que a Ideologia de Gênero é somente uma proposta do Marxismo, apesar deste sistema de ideias a alimentar, entretanto, não é só ele o responsável pelo advento dessa ideologia. A especialista em ideologia de Gênero, Marguerite A. Peeters, usa a expressão “resíduos ideológicos” para se referir à fonte de alimentação da ideologia de Gênero. Logo, além do marxismo, a Ideologia de Gênero alimenta-se do caldo de revoluções culturais impostas sobre as culturas do Ocidente ao longo de séculos: maniqueísmo, naturalismo, deísmo, laicismo, niilismo, freudismo, feminismo, existencialismo ateu, dentre outros. Caso deseje aprofundar esses sistemas, no sentido de procurar saber o que propõe cada um deles, consulte um bom dicionário de filosofia.


II. CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
1. Troca de papéis entre homens a mulheres. A ideologia de gênero propaga que os papéis dos homens e das mulheres foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante para a definição dos papéis sociais do homem e da mulher. Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam com clareza a distinção natural dos sexos (Gn 2.15-25; Pv 31.10-31). Outra consequência lógica dessa ideologia é que a determinação do sexo de uma pessoa agora é definida pelo fator psicológico, bastando ao homem, ou à mulher, aceitarem-se noutro papel. Além disso, faz-se apologia à prática do homossexualismo e do lesbianismo. Tanto as Escrituras quanto a tradição eclesiástica sempre confrontaram essa tendência humana de inverter os papéis naturais (Rm 1.25-32; Ef 5.22-33).

2. Confusão de identidade para o ser humano. Os adeptos desta ideologia afirmam que a sexualidade (desejo sexual) e o gênero (homem e mulher) não estão relacionados com o sexo (órgãos genitais). Desse modo, a identidade de gênero e a orientação sexual passam a ser moldadas ao longo da vida. Por exemplo, a criança passa a decidir depois de crescida se quer ser menino ou menina. É o aprofundamento dramático da distorção da natureza humana relatada pelo apóstolo Paulo (Rm 1.26,27). Essa indefinição acerca da própria identidade produz no ser humano um efeito destruidor e provoca nele uma confusão de personalidade, gerando graves problemas de ordem espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz ainda ao pior dos pecados: a insolência da criatura de se rebelar contra o seu Criador (Rm 9.20).

3. Desvalorização do casamento e da família. A ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao sexo provoque um impacto deletério sobre a família. A Ideologia de Gênero considera a atração pelo sexo oposto, o casamento e a família estereótipos sociais previamente estabelecidos pela sociedade. Nesse contexto, a primeira instituição amada pelo Criador (Gn 2.24) passa a ser constantemente desvalorizada, criticada e massacrada. Estes e outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do Senhor Jesus (2Tm 3.1-5).

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A ideologia de gênero propaga distorções da personalidade e dos traços psicológicos do ser humano.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“CONSCIÊNCIA. Esse termo, que é inexistente no Antigo Testamento, mas que ocorre trinta vezes no Novo Testamento, vem de sunerdesis que quer dizer um conhecimento acompanhador ou co-percepção. Não é uma faculdade separada, mas um modo pelo qual as faculdades gerais (intelecto, sensibilidade e vontade) agem. A consciência é definida como a voz da alma ou a voz de Deus, porque age aprovando ou reprovando nossos atos; é uma espécie de juiz dos nossos atos e dos alheios. ‘Por natureza moral do homem se entende aqueles poderes que o tornam apto para as boas ou más ações. Esses poderes são o intelecto, a sensibilidade e a vontade, juntamente com aquele poder peculiar de discriminação e de impulsão que denominamos de consciência [.]’ E. H. Bancroft.

[.] Ainda que a Bíblia não pretenda fornecer uma definição categórica sobre o que seja a consciência, lemos em Romanos 2.13-15 algo sobre o fato de que todos os homens têm uma lei gravada em seus corações, que é a lei moral, uma norma do dever. Se essa norma é a Palavra de Deus, dizemos que se trata de uma consciência iluminada; em caso contrário, trata-se de uma consciência obscurecida (FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em três tempos. 2ª Edição. RJ: CPAD, 1982, p.60).
III. O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS
1. Criação de dois sexos. A Bíblia revela que Deus criou dois sexos anatomicamente distintos: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto, biologicamente o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como macho, a mulher como fêmea. Por conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de gênero. A cultura humana permanece sob o julgamento de Deus (1Pe 4.17-19).

2. Casamento monogâmico e heterossexual. Ao instituir o casamento Deus ordenou: “deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Isto significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferença dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11). Assim, mudam-se as culturas e os costumes, mas a Palavra de Deus permanece inalterável (Mt 24.35).

3. Educação dos filhos com distinção dos sexos. Educar não consiste apenas em suprir os meios de subsistência e proporcionar o bem-estar necessário à família. Cabe também aos pais educar os filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4), promover o diálogo e o amor mútuo no lar (Ef 6.1,2). A família cristã não pode perder a referência bíblica na educação de seus filhos. Por exemplo, explicar e orientá-los de que homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia diferente e personalidades díspares é responsabilidade dos pais. Sigamos, pois, com respeito às pessoas, não discriminando-as, mas se posicionando com toda firmeza na distinção de homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de “luta de gêneros” (Gn 1.27; 1Co 11.11,12; Ef 5.22-25).

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Deus criou os dois sexos dentro de uma instituição monogâmica e heterossexual (casamento). Logo, devemos educar nossos filhos no ideal da distinção dos sexos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Caro professor, prezada professora, ao final da lição (ou no início também: tudo dependerá de seu planejamento didático), e de acordo com a sua possibilidade, procure exibir o vídeo abaixo: Entendendo a ideologia de gênero em 2 minutos. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=1xHVS1vdnpw. O vídeo explica de forma objetiva o assunto em poucos minutos.

CONCLUSÃO
A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser considerado ideal. Acuada parcela da sociedade não esboça reação e o mal vem sendo propagado. No entanto, a igreja não pode fechar os olhos para a inversão dos valores. Os cristãos precisam reagir e “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd v.3).

PARA REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Ideologia de Gênero”, responda:

O que significa ideologia?
Ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual ou socialmente.

O que os ideólogos afirmam sobre os gêneros masculino e feminino?
Os ideólogos afirmam que os gêneros — masculino e feminino — são construções histórico-culturais impostas pela sociedade.

Cite as três consequências da ideologia de gênero.
Troca de papéis entre homens e mulheres; confusão de identidade para o ser humano; desvalorização do casamento e da família.

Destaque quais elementos constituem o ideal divino quanto aos sexos.
Criação dos dois sexos; casamento monogâmico e heterossexual; educação dos filhos com distinção dos sexos.

O que pretende a ideologia de gênero?
A Ideologia de Gênero pretende relativizar a verdade bíblica e impor ao cidadão o que deve ser considerado ideal.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Ética cristã e Ideologia de Gênero
O que é?
Em primeiro lugar, a ideia de “gênero” como construção histórica e social, segundo a consultora cultural, Marguerite A. Peeters, remonta uma fabricação intelectual, sem fundamento na realidade. O gênero proposto pelos ideólogos não é uma realidade identificável. É uma abstração da realidade, mera teoria sem lastro no dia a dia da vida. Aqui está o perigo, na verdade a sordidez de um plano “diabólico”: Forçar a “crença” numa teoria social a fim de usar, principalmente, crianças e adolescentes como cobaias humanas é de uma perversidade sem limites.

Um falso fundamento
O jornal Gazeta do Povo, do Estado do Paraná, publicou um estudo (o mais importante sobre o tema) — Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians — em que a teoria de que o gênero é uma construção social não tem base científca e que a sua aplicação na educação de crianças e de adolescentes traz danos muitas vezes irreversíveis à saúde. Ter esta consciência é importantíssimo para os que se sentem atacados por essa teoria social. Assim, a ideologia de gênero não tem base científica e, por isso, como afirmamos, este é um de muitos aspectos que confirmam sua distorção da realidade.

A trincheira da ideologia de gênero
Como toda teoria que visa alterar o comportamento social, a trincheira da ideologia de gênero é a educação de crianças e de adolescentes. Na escola é que os pais se depararão com a agressividade dessa teoria. Trata-se, sim, de uma guerra cultural e ideológica. Querem tomar a mente das crianças e dos adolescentes a fim de pôr em prática uma agenda hegemônica cultural. E a trincheira para esse plano é a Escola. Não por acaso que toda iniciativa do avanço da ideologia de gênero visou aprovar leis que obriguem a inserção do tema no Plano Nacional de Educação e nos currículos locais de educação (municípios).

O papel da igreja e da família
Na igreja e na família é onde se encontra a resistência de imposições hegemônicas. Por isso que estas duas instituições, ao longo dos séculos, sempre foram, e continuarão a ser, atacadas. A igreja e a família são instituições que devem resistir em Deus ao avanço dessa agenda. O ministério de ensino da igreja, por meio do discipulado cristão, e a vivência da família segundo os preceitos das Sagradas Escrituras são o antídoto para proteger a nossa geração.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Adultos Lição 02: Ética Cristã e Ideologia de Gênero

Revista: Adultos 

2º Trimestre de 2018

PONTO CENTRAL
Apesar do “espírito” relativista de nosso tempo, a Palavra de Deus não muda.

ESBOÇO GERAL DA LIÇÃO
Introdução
I – A Ideologia de Gênero
II – Consequências da Ideologia de Gênero
III – O Ideal divino quanto aos Sexo
Conclusão

OBJETIVO GERAL
Justificar a gravidade da Ideologia de Gênero na educação

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Explicar Ideologia de Gênero;
II. Arrazoar a respeito das consequências da Ideologia de Gênero;
III. Mostrar o ideal divino quanto aos sexos.
O CONCEITO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
Marcelo Oliveira de Oliveira
O que é?
Em primeiro lugar, a ideia de “gênero” como construção histórica e social, segundo a consultora cultural, Marguerite A. Peeters, remonta uma fabricação intelectual, sem fundamento na realidade. O gênero proposto pelos ideólogos não é uma realidade identificável. É uma abstração da realidade, mera teoria sem lastro no dia a dia da vida. Aqui está o perigo, na verdade a sordidez de um plano “diabólico”: Forçar a “crença” numa teoria social a fim de usar, principalmente, crianças e adolescentes como cobaias humanas é de uma perversidade sem limites.
Um falso fundamento
O jornal Gazeta do Povo, do Estado do Paraná, publicou um estudo (o mais importante sobre o tema) – Ideologia de Gênero: estudo do American College of Pediatricians – em que a teoria de que o gênero é uma construção social não tem base científica e que a sua aplicação na educação de crianças e de adolescentes traz danos muitas vezes irreversíveis à saúde psíquica. Ter esta consciência é importantíssimo para os que se sentem atacados por essa teoria social. Assim, a ideologia de gênero não tem base científica e, por isso, como afirmamos, este é um de muitos aspectos que confirmam sua distorção da realidade.

A trincheira da ideologia de gênero
No campo científico é impossível a ideologia de gênero propagar-se. Como toda teoria que visa alterar o comportamento social, sua trincheira é a educação de crianças e de adolescentes. Na escola é que os pais se depararão com a agressividade dessa teoria. Trata-se, sim, de uma guerra cultural e ideológica. Querem tomar a mente das crianças e dos adolescentes a fim de pôr em prática uma agenda hegemônica cultural. E a trincheira para esse plano é a Escola. Não por acaso que toda iniciativa do avanço da ideologia de gênero visou aprovar leis que obriguem a inserção do tema no Plano Nacional de Educação e nos currículos locais de educação (municípios).

O papel da igreja e da família
Na igreja e na família é onde se encontra a resistência de imposições hegemônicas. Por isso que estas duas instituições, ao longo dos séculos, sempre foram, e continuarão a ser atacadas. A igreja e a família são instituições que devem resistir em Deus ao avanço dessa agenda. O ministério de ensino da igreja, por meio do discipulado cristão, e a vivência da família segundo os preceitos das Sagradas Escrituras são o antídoto para proteger a nossa geração.
- Para iniciar o estudo do tema, apliquem a dinâmica “Macho e Fêmea”.

Dinâmica: Macho e Fêmea
Objetivo: Estudar sobre o modelo bíblico da diferenças de sexos e de união entre o homem e a mulher.
Material: Não Precisa
Procedimento:
- Leiam Gênesis 1:27,28:
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos...”
No momento da leitura, enfatizem as palavras “homem” e “mulher”.
- Depois, falem: Homem e mulher se referem a Adão e Eva e as palavras “frutificai” e “multiplicai” indicam nascimento de filhos, que só podem ser gerados através da união sexual entre um homem e uma mulher.
- Em seguida, peçam para os alunos dizerem seu nome e dos seus pais. Por exemplo:
Sou Sulamita filha de João e Maria da Glória.
- Falem: Escutamos agora uma relação de nomes de pais e mães e de seus(suas) filhos(as). Este é o modelo bíblico da diferenças de sexos e de união entre o homem e a mulher. Entretanto, há uma ideia sendo propagada na mídia e sendo posta em prática já por algumas pessoas, que contradizem o que preceitua a palavra de Deus. Nesta lição, vamos estudar sobre a ideologia de gênero.
- Então, comecem o estudo da lição.
Por Sulamita Macedo.

Texto Pedagógico
Como utilizar filmes nas aulas da EBD
Luz, Câmera e Ação!

O uso das tecnologias em sala de aula, como suporte pedagógico, vem sendo inserido há algum tempo no meio educacional, pois é considerado um elemento coadjuvante do processo de ensino e aprendizagem. O filme é uma dessas tecnologias, que agregam valor ao que está sendo estudado, pois atrai a atenção, desperta o interesse, aumenta a retenção, vários sentidos estão sendo utilizados, como a audição e visão.
Para sua utilização de forma satisfatória é importante observar alguns pontos relevantes:
Local apropriado: O ideal é uma sala ou outro ambiente fechado para exibição do filme, para que haja maior concentração dos alunos e não ocorram interferências de som. Observe se há problemas com a luminosidade, pois a claridade excessiva pode dificultar a visão do filme de forma satisfatória.
Equipamento disponível: É importante o agendamento prévio do equipamento, em caso de uso coletivo. Se for utilizar TV, observe se o tamanho da tela é adequado para que todos vejam. Fique atento também para a altura do som, confirmem se todos estão escutando.
Pessoa habilitada para montar os equipamentos: É recomendável que alguém que saiba como organizar esta parte esteja disponível para tal fim, para que não haja maiores imprevistos na instalação e/ou colocar equipamento para funcionar.
Tempo de instalação dos equipamentos: Os equipamentos devem ser instalados e testados antes do horário da aula, para que não ocorra perda do tempo da aula ou execução do plano B.
Plano B: Tenha sempre um plano B quando for utilizar um equipamento eletrônico, pois pode ocorrer falta de energia, o equipamento pode dar problema ou até mesmo esquecimento do filme em casa etc. No plano B, você deve pensar como continuar a aula sem a exibição do filme. Dessa forma, você não improvisará, nem ficará sem saber o que fazer.
Escolher filmes adequados: A escolha adequada do filme é um dos fatores importantes para que ocorra uma aula deste tipo com sucesso, para tanto, observe: relação com o tema a ser estudado, filme compatível com a idade da turma, linguagem utilizada. Se o filme apresentar algumas ideias contrárias a Palavra de Deus, aproveite para analisar com os alunos como refutar tal ideia a luz da Bíblia.
Fazer uma explicação prévia do filme antes da exibição e do que deseja que os alunos realizem: Uma breve explicação sobre o filme situa o aluno no contexto da aula e do enredo. É interessante pedir aos alunos para anotar alguns pontos, durante a exibição, para discussão posterior, e dessa forma os alunos ficam mais concentrados no filme.
Filmes longos são inadequados: Para o uso nas aulas da EBD, tendo em vista ter apenas 1 hora de duração em média, é bom escolher filmes de curta duração ou em caso de filmes longos, escolher algumas partes mais interessantes para exibi-las, que sejam mais significativos para ilustrar o tema.
Assistir ao filme antes de exibi-lo para os alunos: O professor precisa ter uma visão geral sobre o filme, mesmo que tenha sido recomendado por outro colega, observando a inadequação de imagens, linguagem e coerência com o tema, para determinados tipos de classes.
Utilizar o filme com objetivo pedagógico: O filme não deve ser usado para preencher o tempo ou porque professor não se preparou para a aula. Pelo contrário, a utilização do filme requer cuidado no planejamento, pois é necessário que haja discussão e reflexão sobre o que foi exibido com relação ao tema da aula.
            Há várias possibilidades para utilizar filmes nas aulas da Escola Bíblica Dominical:
- Exibir o filme para iniciar um estudo, um debate ou ilustrar um tema.
- Pode ser usado de uma só vez, caso a minutagem do filme seja adequada ao tempo de aula. Em caso de filmes longos, escolher algumas partes mais interessantes para exibi-las.
- Exibir o filme por partes, com paradas para discussão, promovendo a participação do aluno.
- Repetir a exibição de trechos do filme para enfatizar pontos mais relevantes.
Como a exibição de um filme requer o uso da visão e da audição, há uma recomendação a ser observada quanto à presença de alunos com necessidades especiais, no caso dos deficientes auditivos(surdos) e dos deficientes visuais(cegos), para que eles sejam incluídos no processo da aula.
- Com alunos surdos na sala, o ideal é escolher filmes legendados, se ele for alfabetizado na segunda língua(Português). Se for alfabetizado em Libras(primeira língua), é interessante a presença de um intérprete. Mesmo que o surdo seja oralizado, fazer uso da leitura labial no filme é quase impossível, pois os atores não falam de frente para o ouvinte e de forma pausada.
- Com a presença de alunos cegos ou de baixa visão, fazer um resumo oral ou em Braille do que vai ser exibido, detalhando imagens mais importantes de forma que ele entenda.
A utilização do filme nas aulas da Escola Bíblica Dominical pode ser considerada como uma ferramenta coadjuvante para o processo de ensino e aprendizagem. É uma das formas de transformar uma aula puramente unilateral, onde somente o professor fala e os alunos escutam, em um momento interativo, prazeroso e reflexivo.
Por Sulamita Macedo.

Pré-aula Jovens Lição 02: A Alegria pela nova vida em Cristo

Revista Jovens Lição 02: A Alegria pela nova vida em Cristo

Revista: Jovens 
2º trimestre de 2018
Introdução
I-Paulo e os tessalonicenses: um líder e seus amigos
II-Quais as características desta igreja que Paulo ama?
III-A Nova Vida em Cristo e seus Feitos
Conclusão

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Refletir a respeito dos benefícios de uma liderança afetuosa;
Apresentar as características da igreja em Tessalônica;
Discutir a respeito da nova vida em Cristo e suas características.
Palavras-chave: Alegria.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
O capítulo inicial de 1 Tessalonicenses pode ser naturalmente subdividido em três temáticas centrais: 1) Palavras de gratidão de Paulo. Gratidão pela vida dos cristãos em Tessalônica, pela preservação da fé destes, mesmo em meio a uma situação adversa complexa, e pelo desenvolvimento espiritual daqueles irmãos; 2) Um emocionado testemunho do apóstolo sobre a fé contagiante dos tessalonicenses. O cristianismo apregoado por Paulo e praticado pelos tessalonicenses constituiu-se como o fundamento de uma prática de vida restaurada e inspiradora; e 3) Uma síntese daquilo que Paulo compreende como natureza, desenvolvimento e finalidade do evangelho. Ao final desse primeiro capítulo de 1 Tessalonicenses, o apóstolo apresenta os elementos constitutivos do evangelho que se tornou fundamento de fé para aqueles cristãos. Analisemos, assim, pormenorizadamente, cada um desses aspectos do capítulo introdutório da epístola.O capítulo inicial de 1 Tessalonicenses pode ser naturalmente subdividido em três temáticas centrais: 1) Palavras de gratidão de Paulo. Gratidão pela vida dos cristãos em Tessalônica, pela preservação da fé destes, mesmo em meio a uma situação adversa complexa, e pelo desenvolvimento espiritual daqueles irmãos; 2) Um emocionado testemunho do apóstolo sobre a fé contagiante dos tessalonicenses. O cristianismo apregoado por Paulo e praticado pelos tessalonicenses constituiu-se como o fundamento de uma prática de vida restaurada e inspiradora; e 3) Uma síntese daquilo que Paulo compreende como natureza, desenvolvimento e finalidade do evangelho. Ao final desse primeiro capítulo de 1 Tessalonicenses, o apóstolo apresenta os elementos constitutivos do evangelho que se tornou fundamento de fé para aqueles cristãos. Analisemos, assim, pormenorizadamente, cada um desses aspectos do capítulo introdutório da epístola.

O Cristianismo como Amor Fraterno: A Saudade de Paulo e dos Tessalonicenses

Há uma característica no ministério paulino que, já aqui no seu primeiro texto epistolar, sobressai-se de maneira bastante destacada: Paulo é muito mais que um pregador itinerante — figura tão comum no ambiente religioso daquela época, muito em função de uma compreensão apocalíptica daquele contexto histórico que influenciava, inclusive, o judaísmo da época 1 —, ele era um plantador de igrejas, um pastor 2.
O comprometimento de alguém com tal vocação com as pessoas para quem o evangelho é anunciado é algo muito forte. Não basta apregoar, não é suficiente demonstrar a razoabilidade do discurso que se anuncia; é necessário mais. O comprometimento de Paulo com as comunidades que pastoreou e, em especial, Tessalônica, por ser objeto de nossa análise, envolve dedicação pessoal, atenção, acompanhamento, mentoria — em suma, discipulado.

O cristianismo que Paulo apregoa àqueles irmãos não teria sentido algum se não fosse vivenciado em práticas efetivas, que resultassem em efeitos reais tanto na vida dos cristãos em Tessalônica como do próprio apóstolo. É por isso que as epístolas aos tessalonicenses podem ser lidas a partir de conceitos como, por exemplo, o anelo pela vida em comunidade ou a confiança mútua que foi estabelecida nos vários tipos e níveis de relacionamentos que são identificados nos textos — Deus para com Paulo/Paulo para com Deus; Paulo para com os membros de sua equipe missionária (Silvano e Timóteo)/Os auxiliares de Paulo e o apóstolo; Deus e os tessalonicenses/Os tessalonicenses e Deus; Paulo e os tessalonicenses/os tessalonicenses e Paulo; os tessalonicenses e os auxiliares de Paulo/Os auxiliares de Paulo e os Tessalonicenses.

É bem verdade, como veremos capítulos a frente, que alguns relacionamentos não estavam desenvolvendo-se bem em Tessalônica; todavia, esse detalhe aponta, inclusive, para a centralidade dos conceitos de comunhão, comunidade e fé mútua nas epístolas aos Tessalonicenses.

Paulo, ao referir-se a elementos básicos da fé compartilhada com os tessalonicenses, utiliza-se exaustivamente do plural — não porque esteja em busca de autogloriar-se por meio do uso de um plural majestático —, pois, em Tessalônica, a experiência primitiva de Atos 2.44-46 estava sendo novamente vivida.

Entre os tessalonicenses, Jesus Cristo é nosso — nunca egoisticamente meu (1 Ts 1.3;2.19; 3.11,13; 5.9,23,28); o Deus adorado também é de todos — bem diferente das divindades mistéricas da religião greco-romana (2.2; 3.9,11,13); o evangelho não é objeto de posse exclusiva de ninguém e também é nosso (1.5); depois de anunciado o evangelho, a salvação iguala a todos; por isso, Paulo pode falar sobre verdades espirituais sempre no plural (5.5,8,10); o trabalho realizado para o Reino é de uma equipe para uma coletividade, jamais apenas de um indivíduo para outro indivíduo (2.13; 3.5); o maravilhoso resultado espiritual obtido nunca é propriedade de alguém, mas sempre um bem da comunidade (2.19,20); até os acontecimentos escatológicos que a Igreja presenciará serão numa vivência coletiva (4.15).

Paulo lembrava-se do esforço amoroso — “τοῦ κόπου τῆς ἀγάπης” — que havia entre os tessalonicenses (1.3). Ele era sofredor e estava disposto a enfrentar os revezes da vida para testemunhar o novo que Deus estava trazendo àquela comunidade. Não é possível seguir a Deus sem a consciência de que, diante das situações adversas, devemos vencer mediante o amor de Deus derramado em nossos corações.

Deve-se notar que, em 1 Tessalonicenses 1.3, tem-se a primeira menção das três virtudes teologais — fé, esperança e amor —, tão comuns nos textos paulinos. Sobre a tradução e interpretação desse versículo, o mesmo Hendriksen traz-nos um extenso, porém enriquecedor comentário:

As principais teorias estão melhor representadas pelas várias traduções que têm sido sugeridas, das quais, apresentamos três:
“Lembrando sem cessar” (ou outra frase semelhante):
(1) “sua obra de fé
E labor de amor
E paciência de esperança.”
Rejeita-se esta tradução pela simples razão de fazer pouco ou nenhum sentido. O que é mesmo uma “paciência de esperança”?
(2) “sua obra, isto é, fé
E labor, isto é, amor
E paciência, isto é, esperança.”
Além de haver objeções doutrinárias, rejeitamos esta porque, embora seja gramaticalmente possível, dificilmente pode ser julgada fiel à ênfase paulina. Também, o conceito “paciência, isto é, esperança”, é difícil.
(3) “sua fé atuante
E amor diligente
E esperança tenaz.”
Mas a ênfase aqui é colocada onde não deveria estar, pelo original. As palavras enfatizadas no original não são a fé, o amor e a esperança, e sim, trabalho, esforço (ou labor) e firmeza. A nosso ver, a construção gramatical da locução é a seguinte: Os substantivos “operosidade, diligência e firmeza” estão no genitivo objetivo e servem para completar o verbo “tendo em mente”. Portanto, a palavra sua modifica as três: sua operosidade, sua diligência, sua firmeza. Cada um desses substantivos tem um modificador no genitivo (sentido de posse). A ideia aqui é que a obra é decididamente uma obra de fé, isto é, uma obra que surge da fé, é realizada pela fé e revela fé. Não fosse a presença da fé viva, essa obra não estaria em evidência. E assim ocorre com os outros modificadores: o esforço é motivado pelo amor (e revela) amor: e a firmeza é inspirada pela esperança (e evidencia) esperança. (HENDRIKSEN, 2008, p.60)

Defendendo uma compreensão oposta a de Hendriksen, Staab afirma que:

Os primeiros frutos [dos tessalonicenses] são a fé, o amor e a esperança, que, entre os fiéis de Tessalônica, não são apenas um sentimento interior, senão uma força que penetra e preenche inteiramente suas vidas. Paulo fala da “atividade” da fé, do “esforço” do amor e da “constância” da esperança. Três termos que expressam certa gradação ascendente, como a que se dá entre as três virtudes mencionadas. A fé não chega a converter-se em força ativa senão pelo amor (Gl 5.6), e este não alcança seu fim próprio enquanto a esperança não tenha a suficiente vitalidade para poder traduzir-se em constância, resignação e confiança. (STAAB, p. 23)


Os argumentos de Staab parecem-nos mais coerentes como possibilidade de tradução e compreensão hermenêutica do que os de Hendriksen, em face de sua maior integralidade com aquilo que seria um pensamento paulino como um todo. Como se dará nos outros textos de Paulo, em que as três virtudes aparecem juntas, a ênfase conceitual dá-se nestas; sendo que as expressões adjuntas servem para qualificá-las.

A hipótese interpretativa de Staab assemelha-se muito a de Tomás de Aquino (1225–74) (2015, p.34), que, em seu comentário às epístolas aos tessalonicenses, argumenta que Paulo vê na igreja em Tessalônica uma fé operosa, um amor sofredor e uma esperança constante.

Duas naturais contra-argumentações que se podem apresentar a essa hipótese é a de que, em 1 Tessalonicenses, o pensamento paulino ainda está em contínua construção; logo, relacionar o que se afirma nesse momento do ministério de Paulo com todo o corpus paulinum seria uma inferência impossível de sustentar. Outro argumento, um tanto quanto mais radical, porém não menos plausível para alguns especialistas, é a defesa de que todo esforço de sistematização do pensamento de Paulo é uma operação completamente artificial, uma vez que cada texto tem seu contexto específico e natureza própria, não podendo, assim, haver qualquer tipo de hierarquização, interpolação conceitual ou mesmo qualquer tipo de apropriação semântica intertextual entre os textos paulinos contidos no Novo Testamento 3.

Os Tessalonicenses como Imitadores de Paulo e Exemplo dos Fiéis

Este caráter positivo do elemento mimético, imitativo, do cristianismo é um conceito extraído da cultura helênica e, depois, ressignificado por Paulo 4. A imitação entre os gregos e romanos tinha uma natureza absolutamente limitada, circunscrita apenas ao entretenimento ou a não criticidade. É por isso que, na Antiguidade greco-romana, há um esforço para separar a produção de conhecimento que se propaga por meio da imitação daquela que se fundamenta na reflexão 5.

O μιμητής, o imitador, é o ator que, de maneira representativa, finge ser quem ele não é. Tal natureza da mímesis pode ser exemplificada pelo uso obrigatório de máscaras nas encenações teatrais no mundo antigo. Dessa forma, o imitador, que também pode ser denominado no contexto helênico de “impostor”, é alguém que, diante da coletividade, simula uma performance social alheia a sua, um padrão comportamental alternativo ao que, de fato, ele advoga; enfim, ele utiliza-se de máscaras para esconder quem, de fato, ele é.

Para Paulo, entretanto, a natureza mimética do discipulado tem uma finalidade completamente diferente, uma vez que o objetivo da imitação em sua concepção evangelística é conduzir os novos cristãos a um nível de espiritualidade que transcenda a simples adesão intelectual e atinja uma práxis transformadora da realidade. Nas palavras de Claro:
Em Paulo, não existe uma separação entre o Evangelho que proclama e a sua própria vida, oferecendo-se como paradigma a seguir para os Tessalonicenses. Como por exemplo, tal como ele, eles devem ganhar a sua própria vida (cf. 1 Ts 2,9; 4,10-12;5,14). A imitação está por isso estreitamente ligada ao acolhimento do Evangelho (1 Ts 1, 6) e não redunda simplesmente na vontade de imitar, mas acontece nas ações, como adiante explicitará em 1 Ts 2, 14. Usando um estilo parenético, Paulo apresenta-se como paradigma, modelo moral a imitar, pois palavras e obras estão incindivelmente unidas... (CLARO, 2017, p.58)
Como se pode perceber, a imitatio pauli tem como objetivo comunicar aos tessalonicenses um padrão de vida que se identifique com Cristo — pois, se o Mestre sofreu e foi perseguido, não há como o destino dos discípulos ser diferente. Ao contrário do que os críticos contemporâneos pretendem afirmar, a imitação na teologia de Paulo é um exercício de depotencialização, por meio do qual cada cristão deve assumir sua natureza frágil em si mesma, porém restaurada e fortalecida pela graça de Deus Pai.

Na verdade, o padrão não é Paulo, mas Cristo (Ef 5.1). Ao invés de um discurso hierarquizante, por meio do qual o apóstolo pudesse ascender a um nível não acessível aos demais indivíduos, aqui em 1 Tessalonicenses — assim como em outros escritos paulinos —, encontramos um Paulo que se identifica com as pessoas, com seus sofrimentos e agruras cotidianas, convidando-as a um padrão de vida pautado na simplicidade, alegria e piedade a Deus.
O Testemunho de Paulo, a Conversão dos Tessalonicenses e a Esperança da Parusia

A parte final dessa perícope (1 Ts 1.2-10) termina com um resumo da operação do evangelho entre os tessalonicenses. Foi um movimento que apontou para o testemunho externo das cidades circunvizinhas, as convicções internas da nova igreja que a levou a romper com a ordem idolátrica vigente e as promessas futuras oriundas do evangelho anunciado. Os versículos 9 e 10 subdividem-se assim, naturalmente, em três partes:

a) O testemunho da população de toda a Macedônia e Acaia sobre a eficácia da evangelização de Paulo e sua equipe entre os tessalonicenses. Os acontecimentos em Tessalônica tornam-se notórios para além dos limites da própria cidade. A repercussão sobre os efeitos do poder transformador do evangelho comove as cidades circunvizinhas. Essa informação apresentada por Paulo corrobora a tese de que os acontecimentos entre os tessalonicenses foram divinamente guiados, a ponto de inspirar as igrejas vizinhas a manter o mesmo nível de perseverança e alegria no evangelho que aquela recém-fundada igreja desfrutava.

b) O testemunho de Paulo sobre como a conversão dos tessalonicenses foi algo genuíno. Como já sabemos, o contexto cultural dos tessalonicenses expunha-os a um panteão, literalmente, de deuses; as várias opções de divindades e os cultos das mais diversas naturezas impunham-se como um elemento de obstáculo ao estabelecimento de uma fé genuinamente cristã. Todavia, a experiência de salvação dos tessalonicenses foi algo tão profundo que — tal como ocorreu com os efésios (ver At 19.19) — eles resolveram abandonar publicamente a idolatria e declarar exclusivamente Jesus como Senhor. A decisão dos tessalonicenses torna-se mais radical ainda quando lembramos que o culto ao imperador romano era uma prática corriqueira e quase que imposta naquela sociedade.
Como nos afirma Green: 
Os tessalonicenses haviam abraçado o evangelho anti-imperial e estavam sofrendo por sua lealdade ao “outro rei” chamado “Jesus”. Em sua correspondência com eles Paulo chama a mensagem que lhes havia pregado de εὐαγγέλιον, palavra que comumente traduzimos por “boas novas” ou “evangelho”. Naquele contexto de então este substantivo e verbo afim εὐαγγελίζομαι se usavam em referência a notícias de vitórias em guerras, as palavras de um oráculo ou as boas novas de uma boda. [...] Em Tessalônica, cidade que celebrava o poder imperial no seu templo dedicado a Júlio César e o “filho de deus” Augusto, εὐαγγέλιον soava nos ouvidos dos habitantes como as “boas novas” do culto imperial que exaltava o imperador como soberano, mas também como deus e salvador. (GREEN, 2007, p.10,11)
O rompimento dos tessalonicenses com a ordem religiosa vigente obviamente desencadeou uma série de perseguições sobre aquela jovem comunidade; porém, nem mesmo essa oposição popular e institucional que se arremeteu contra os tessalonicenses fizeram com que se desviassem do foco de servir ao Senhor Jesus apregoado por Paulo.
c) O anúncio das promessas vindouras. Diante da inspiradora experiência de fé dos tessalonicenses, Paulo anuncia a maravilhosa obra da salvação. De maneira sintética, porém extremamente rica, o apóstolo esclarece aos novos irmãos as verdades profundas acerca da salvação em Cristo, nas palavras de Marques: 
Pela confiança em Deus e no Seu Filho, a perspectiva histórica dos tessalonicenses se muda: seu passado, presente e futuro se explicam pela adesão à fé. O passado dos ídolos não voltará mais, o presente é a doce experiência da profunda transformação que se alimenta pela caridade ensinada pelo mesmo Deus. E o futuro é aguardado com a serenidade de quem encontrará no juiz escatológico um Pai amoroso que recria, acalenta, exorta, encoraja e instrui para a perseverança final, tendo ao lado o Filho como advogado eficaz. (MARQUES, 2009, p. 37)


Já aqui no primeiro capítulo, a temática das últimas coisas começa a ser abordada. A promessa aqui anunciada é que a “ira futura” — compreendida como condenação eterna — não atingirá os filhos de Deus, ainda que a “ira presente”, que se manifesta por meio da violência e perseguição do império romano, esteja assolando a igreja local.

A realidade dos tessalonicenses era muito dura; falsas promessas apenas angustiariam o coração daqueles irmãos já tão sofridos; era necessário tirar-lhes o foco da tribulação presente para lembrá-los do sacrifício de Cristo, já oferecido cerca de 20 ou 30 anos atrás no calvário, e apontar-lhes o futuro de eterna paz que os espera na glória vindoura.Diante das múltiplas temáticas presentes neste primeiro capítulo, pode-se perceber a riqueza do texto paulino, que consegue ser simultaneamente simples e animador em sua leitura, porém profundo e brilhante.
Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 27-36.
- Depois, utilizem a dinâmica “Árvore dos Amigos”.


Dinâmica: Árvore dos Amigos
Objetivo:
Introduzir o estudo sobre o relação de amizade entre o líder(apóstolo Paulo) e os liderados(os cristão da igreja de Tessalônica).
Refletir sobre os laços de amizades e as consequências positivas e negativas desses relacionamentos com os amigos.
Material:
01 desenho de um tronco de uma árvore
Desenho de uma folha de uma árvore para cada aluno
01 rolo de fita adesiva
01 tubo de cola
Desenho de fruto para cada aluno
01 cesta
Procedimento:
- Apresentem um desenho de um tronco de uma árvore.
- Falem que vocês precisam montar uma árvore dos amigos. O que está faltando?
Aguardem as respostas. Certamente, vão dizer que faltam as folhas, os frutos, os nomes dos amigos.
- Então, entreguem o desenho de uma folha de uma árvore para cada aluno e solicitem que escrevam o nome deles.
- Depois, cada um deve colar estas folhas formando a copa da árvore.
- Agora, falem: Agora, sim nossa árvore da amizade está quase pronta. Faltam os frutos!
- Então entreguem o desenho de fruta para cada aluno e peçam para que escrevam nele os resultados de suas amizades.
- Agora, recolham os frutos utilizando a cesta, leiam o que foi escrito e depois colem os frutos na árvore. Pode haver frutos bons e ruins. Aproveitem e trabalhem cada ponto levantando.
- Para concluir, leiam Pv 17.17: “Em todo tempo ama o amigo e na angústia nasce o irmão”.
Por Sulamita Macedo.

Revista Juvenis Lição 02: O Cuidado com a Mídia

Revista: Juvenis 15 e 17 anos

2º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O CUIDADO NO USO DA MÍDIA
2. A MÍDIA E SEUS MALEFÍCIOS
3. A IGREJA NA MÍDIA

OBJETIVOS
Saber que temos que ter cuidado com a mídia;
Conhecer os malefícios da mídia.

     Querido (a) professor (a), neste próximo domingo abordaremos em classe mais um tema da atualidade, particularmente pertinente para os nossos juvenis, que são muito mais imersos na cultura midiática: O Cuidado com a Mídia.

    Com o tamanho avanço tecnológico em nossos dias, o conceito do que é “mídia” se ampliou, já que se refere a “todo o suporte de difusão de informação (rádio, televisão, imprensa, publicação na Internet, videograma, satélite de telecomunicação, etc.)”, conforme define o nosso dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Dentro destes segmentos, há inúmeras possibilidades de comunicação, nem sempre idôneos à verdade.

     Cada veículo de comunicação possui o que nós jornalistas chamamos de “linha editorial”. Isto significa basicamente que ele é regido e propaga – direta ou indiretamente – as informações de acordo com suas próprias convicções editoriais, ideológicas, políticas e sociais. E a maneira de se divulgar uma informação pode influenciar ou até mesmo manipular a opinião das massas a respeito dela. Por isso, além de checar sempre a veracidade dos fatos e procurar analisar mais de uma fonte, lados, de uma informação, também precisamos estar atentos à subjetividade com a qual ela está sendo transmitida.

    O pensamento crítico, contestador com respeito a todas as mídias faz-se imprescindível, especialmente para esta geração. E você, professor (a) terá a rica oportunidade de ser instrumento de Deus para despertar os seus alunos, quanto a esta importante necessidade. Sugerimos que você converse com a sua turma sobre “linha editorial” dos telejornais, sites e impressos jornalísticos; notícias “fakes” (falsas) que circulam na Internet (se possível leve alguns exemplos; você encontra vários em páginas como www.e-farsas.com/ e www.boatos.org/); matérias parciais que mostram apenas uma visão sobre determinado assunto; correntes alarmantes e muitas vezes incorretas nas Redes Sociais, etc.

     Em um de seus artigos, o consultor teológico da CPAD, pastor Antônio Gilberto diz que a mídia em geral é um dos agentes promotores do secularismo (mundanismo) na igreja.

    “Conteúdos de vídeo, áudio, imagem, páginas impressas, internet, etc. que esteja saturado com o secularismo maléfico e maligno. A mídia principalmente televisiva, que prevalece no lar orienta os filhos e forma a mentalidade, molda a personalidade das crianças e adolescentes, induzindo-as (bem como os seus pais) ao mal de modo sutil. Atentemos para Deuteronômio 13.5b, Salmos 101.3, Provérbios 23.5 e 1 Coríntios 10.31b. Sim, induz a todos, inconscientemente, ao comportamento reflexo (por aquilo que vê e ouve), ao despudor (Por exemplo: lascívia, luxúria. Ver Oséias 4.12 e 5.4), à permissividade em geral, ao amor-livre, ao sexo-livre, como se tudo fosse natural, normal; à violência e à trapaça, ao engano, ao ‘jeitinho’ e à mentira” (Trecho extraído do artigo “Os perigos da secularização nas igrejas”, 3ª parte, disponível no portal de notícias CPADNews).

      O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Por Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

- Depois, apliquem a dinâmica “Você Compartilha?”, que proporcionará a reflexão sobre as influências dos meios de comunicação.
- Em seguida, trabalhem os demais pontos levantados na lição sempre de forma participativa e contextualizada.
- Para concluir, falem como deve ser atitude do cristão diante da Mídia, apresentando a forma sábia e o uso indevido de sua utilização.
Utilização sábia: visão crítica, discernimento, administração do tempo, cultivar uma vida de comunhão com Deus, realizar pesquisar e evangelizar.
Uso indevido: o tempo excessivo, valores não cristãos, falta de controle próprio diante de sites e leituras inadequadas, consumo, dependência da utilização etc.
Tenham uma excelente e produtiva aula!

Dinâmica: Você Compartilha?
Objetivo: Refletir sobre as influências dos meios de comunicação.
Material:
14 envelopes
Nomes e expressões digitados(vejam no procedimento)

Procedimento:
- Entreguem os 14 envelopes fechados para alunos com as seguintes palavras ou expressões:
Consumo
Moda
Culto ao corpo
Mensagens subliminares
Informação
Rápida comunicação
Influência de seitas
Tempo excessivo diante da TV e Internet
Falta de tempo para conversar
Pouco ou quase nenhum tempo para estudar
Evangelização através da mídia
Indução a mudança de comportamento
Pedofilia
Programas de TV e sites inadequados
- Peçam para que um aluno de cada vez abra o envelope e leia o conteúdo somente para ele.
O professor pergunta: Você compartilha?
- O aluno deverá falará “compartilho” ou “não compartilho”.
- O professor deverá separar os envelopes de compartilho ou não compartilho.
Isto deve acontecer até que os 14 envelopes sejam abertos.
- Falem: Vamos ver agora o que os colegas compartilham e não compartilham.
Peçam para que os alunos falem porque compartilham ou não compartilham.
- Apresentem cada palavra ou expressão, comentem sobre cada uma delas, afirmem que são influências positivas e negativas dos meios de comunicação e falem do cuidado que devemos ter diante destas situações.
Por Sulamita Macedo.