sexta-feira, 20 de novembro de 2015

LIÇÃO 08 – O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO

Estudaremos nesta lição sobre o concerto de Deus com a geração pós diluviana. Depois que o patriarca Noé saiu da arca com a sua família, Deus os abençoou, deu-lhes domínio sobre os animais e também instruções sobre questões
alimentares
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2015
ADULTOS - O COMEÇO DE TODAS AS COISAS - Estudos sobre o livro de Gênesis
COMENTARISTA: CLAUDIONOR CORREA DE ANDRADE
COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM RECIFE/PE

LIÇÃO 08 – O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO
(Gn 9.1-13)

INTRODUÇÃO
Estudaremos nesta lição sobre o concerto de Deus com a geração pós diluviana. Depois que o patriarca Noé saiu da arca com a sua família, Deus os abençoou, deu-lhes domínio sobre os animais e também instruções sobre questões
alimentares. Além disso, Deus delegou aos homens o governo humano e fez um novo pacto com Noé, onde ele prometeu que não mais destruiria a terra com o dilúvio e deixou um sinal no céu como um memorial.

I – UMA NOVA CIVILIZAÇÃO
Após a corrupção da geração antediluviana, que resultou na execução do juízo divino por intermédio das águas do dilúvio, o patriarca Noé e sua família saem da arca com a missão de dar início a uma nova civilização. O Senhor, então, apareceu, mais uma vez a Noé. Vejamos:
1.1 A bênção de Deus. Como ocorreu com os nossos primeiros pais, no Éden (Gn 1.28), Deus abençoou a Noé e a seus filhos, e lhes deu a ordem de frutificar e encher a terra (Gn 9.1). Sendo que, dessa vez, não havia apenas um casal, e sim, quatro casais (Gn 7.13) para dar continuidade ao repovoamento da terra. Noé, tornou-se, então, o segundo pai da humanidade. O desejo de Deus era que aquela nova geração não se corrompesse, como ocorreu com a anterior, mas, que os homens vivessem em paz e em harmonia com os seus semelhantes.
1.2 O domínio sobre os animais. Assim como Adão havia recebido a ordem de dominar sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre os animais da terra (Gn 1.28), O Senhor deu a Noé o domínio sobre a criação (Gn 9.2). Isto nos ensina que, mesmo após a Queda e a depravação da geração antediluviana, os propósitos de Deus permanecem. O homem foi criado capaz de dominar a criação, e, como resultado desse domínio, o ser humano é capaz de domar animais ferozes e utilizar animais para o trabalho, transporte e lazer.
1.3 A nova dieta. Ao sair da arca, Deus instruiu a Noé sobre questões alimentares (Gn 9.2-5). O homem que outrora alimentava-se apenas de frutas, verduras e cereais, a partir de então, passou a alimentar-se também de animais (Gn 9.3).
No entanto, Deus proibiu que o homem se alimentasse do sangue. “A proibição acerca do uso do sangue na alimentação tem sido uma constante na história dos hebreus. Presume-se que ela tenha começado quando foi permitido que a carne animal viesse a fazer parte da alimentação humana. Ver (Lv 7.27; 17.10,14; 19.26; Dt 12.16,23; 15.23; Ez 33.25). Essa dieta foi imposta aos gentios, por fazerem eles parte do pacto com Noé, e não meramente por parte da lei mosaica (At 15.20; 21.25) (CHAMPLIN, 2002. vol. 1. p. 99).

II – A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ
Após a saída da arca, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue (Gn 8.20). Deus recebeu aquela oferta e fez uma aliança com Noé (Gn 9.9-13). Vejamos como se deu esta aliança:
2.1 Deus prometeu não mais destruir a terra com um dilúvio. Por causa da maldade e da corrupção da raça humana, o juízo divino por intermédio do dilúvio foi necessário (Gn 6.5-7), e, inevitavelmente, trouxe consequências drásticas para os homens, animais e também para a natureza. Mas Deus prometeu que não haveria outro dilúvio na terra (Gn 8.21; 9.11).
A partir de então, os homens deveriam ver a chuva como uma bênção de Deus (Lv 26.4; Dt 11.13,14; 28.12; Sl 68.9; Mt 5.45), e não como a execução de um juízo divino.
2.2 Deus prometeu a perpetuação dos processos regulares da natureza. Quando Deus criou a terra, estabeleceu leis que regulariam a natureza, tais como: dia e noite; inverno e verão (Gn 1.14; Sl 74.17; Zc 14.8; Lc 21.30). Mas, com o dilúvio, as leis da natureza foram afetadas. No entanto, Deus prometeu a Noé que “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, frio e calor, verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (Gn 8.22). O que significa dizer que enquanto houver homens na terra, haverá continuamente plantação e colheita, dia e noite, inverno e verão.
2.3 Deus deixou um sinal no céu. Ele disse: “O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra” (Gn 9.13). Desde então, o arco não representa apenas um fenômeno da natureza, e sim, um sinal que nos lembra a promessa de Deus, bem como a sua misericórdia para com a humanidade. O arco-íris, quando eleva-se no céu, nos faz lembrar o pacto de Deus com o patriarca Noé, e, consequentemente, com todos os homens. É o sinal e a garantia que o mundo nunca será destruído por outro dilúvio.

III - A INSTITUIÇÃO DO GOVERNO HUMANO
“Antes do dilúvio não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho [...] Mas, após a saída da arca, Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos
dos homens. A ordem divina foi esta: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu” (Gn 9.6). A pena capital é a função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções de governo foram também conferidas. O governo humano, assim constituído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionado pelo próprio Deus como um meio de deter os desobedientes (Rm 13.1-7; I Tm 1.8-10). A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de Deus com os homens após o Dilúvio” (OLSON, 2004, p. 69). Vejamos os aspectos humanos e divinos neste governo:
3.1 O governo humano. É Deus quem dá ao homem o fôlego de vida e somente Ele tem o direito legal de pôr fim à vida.
A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la (Gn 9.6). Somente Deus, que criou o homem à sua imagem, tem o direito de pôr fim à vida humana (Gn 1.26,27; Dt 32.39), e como dádiva de Deus, só ele tem autoridade para tomá-la. Porém, mesmo antes de dar um código de leis a Israel (Êx 20.1-17; Dt 5.1-21), Deus ordenou a pena capital (Gn 9.6), visando a preservação da vida. Como os antediluvianos tinham enchido o mundo com violência e derramamento de sangue (Gn 6.5-7, 11,12), Deus instituiu a pena de morte para garantir à humanidade a preservação da vida.
3.2 A intervenção divina. Embora Deus haja delegado o governo do mundo ao homem, continua Ele a comandar todas as coisas. A Bíblia registra diversos exemplos de intervenções divinas na história das nações, como interveio em Sodoma e Gomorra (Gn 19.24-30); no Egito (Êx 7.19 a 14-31); na Babilônia (Dn 4.32-34; 5.21); na Assíria (II Rs 19.35); e, principalmente, na história de Israel.

IV – A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO
4.1 Definição de Dispensação. “Período de tempo durante o qual a humanidade é moralmente responsável diante de Deus em relação à consideração, respeito e obediência demonstrada para com a sua palavra. Trata-se de um período moral ou período probatório da história humana ou angelical. Cada dispensação tem o seu próprio começo e fim. Em cada dispensação Deus tem um propósito específico e definido. Porém, o grande projeto e propósito de Deus através das várias dispensações, é libertar a humanidade e o universo de todas as rebeliões, de tal forma que os agentes dotados de livre arbítrio, estejam voluntária e permanentemente sujeitos a Deus, a Cristo, e ao Espírito Santo” (OLSON, 2004, p. 35).
4.2 A Dispensação do Governo Humano. Esta dispensação é assim chamada por causa das leis humanas, e governos que foram instituídos, para regular a vida dos homens após a longa era de liberdade de consciência. Deus deu a Noé determinadas leis para que tanto Noé quanto sua família e todos os seus descendentes fossem governados por elas. O homem passou a ser responsável pelo seu próprio governo (Gn 9.1-19).
4.3 O início e a duração da Dispensação. Esta dispensação teve uma duração de 427 anos. Iniciou-se logo após o dilúvio e estendeu-se até o chamado de Abraão (Gn 8.15-19; 9.18-19; 11.10-32; 12.1-3). Após o dilúvio a nova vida da raça humana sobre a terra, começa com um ato de adoração (Gn 8.20). Esta é a primeira referência a um altar nas páginas das Escrituras. Após o dilúvio as bênçãos de Deus são dirigidas ou impetradas sob Noé e seus filhos, que surge agora como segundo cabeça da raça humana (Gn 9.1). Novas leis foram dadas, nova aliança, promessas de bênçãos, domínio da terra e responsabilidade sobre si mesmo para sempre (Gn 8.15,22; 9.3, 8-12).
4.4 A necessidade. Os governos humanos fazem parte de um governo moral de Deus e são necessários para a preservação da sociedade humana na terra (Rm 13.1-7; I Pe 2.13-14). Na dispensação do governo humano, várias leis foram dadas e o governo foi estabelecido por Deus, com o homem agora sendo responsável por reinar ou administrar para o bem de todos.
Sem a existência, execução de leis e punição, nenhum governo pode durar muito tempo. Elas são necessárias para punir criminosos sejam indivíduos ou nação (Rm 13.3-4).

CONCLUSÃO
Após o dilúvio, Deus deu início a uma nova geração por intermédio da família do patriarca Noé. Deus prometeu que nunca mais destruiria a terra com um dilúvio e deixou um sinal no céu, como memorial do seu pacto com a humanidade. Deus também estabeleceu o governo humano, visando a preservação da vida e a não proliferação do pecado.

REFERÊNCIAS
 ANDRADE, Claudionor de. O Começo de Todas as Coisas. CPAD.
 CHAMPLIN, R. N. O AT Interpretado Versículo por Versículo. HAGNOS.
 HOFF Paul. O Pentateuco. VIDA.
 OLSON, Laurence. O Plano Divino Através dos Séculos. CPAD.
Para fazer download do texto em PDF CLIQUE AQUI
Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/cod/407 Acesso em 17 nov. 2015

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A Segurança do Perdão

A Segurança do Perdão

É maravilhoso ser restaurado ao Senhor. Todavia, isto não significa que daí em diante não haverá problemas. Muitos crentes que são trazidos de volta para a comunhão com Deus passam por momentos terríveis de sentimento de culpa, dúvida e depressão; eles têm dificuldade para acreditar que foram realmente perdoados.
Vamos examinar a seguir algumas das dificuldades mais comuns que eles enfrentam:
1. Como posso ter certeza de que Deus me perdoou?
Você pode saber sobre isto por meio da Palavra de Deus. Ele prometeu repetidas vezes perdoar aqueles que confessarem e abandonarem seus pecados. Não há nada no universo tão certo quanto a promessa de Deus. Para saber se Deus o perdoou, você tem que acreditar em Sua Palavra. Ouça estas promessas:
O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Is 44.22).
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55.7).
Vinde e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará” (Os 6.1).
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9).
2. Sei que Ele me perdoou no momento em que fui salvo, mas, quando penso nos terríveis pecados que cometi já como crente, é difícil crer que Deus possa me perdoar. A mim parece que pequei contra uma tremenda luz!
Davi cometeu adultério e assassinato; no entanto, Deus o perdoou (2 Sm 12.13).
Pedro negou o Senhor três vezes; todavia, o Senhor o perdoou (Jo 21.15-23).
O perdão de Deus não está limitado aos não salvos. Ele promete perdoar os decaídos também:
Curarei a tua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles” (Os 14.4).
Se Deus pode nos perdoar quando éramos Seus inimigos, será que Ele vai ser menos perdoador a nós agora que somos Seus filhos?
Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10).
Aqueles que temem que Deus não pode perdoá-los estão mais próximos do Senhor do que imaginam porque Deus não consegue resistir a um coração quebrantado (Is 57.15). Ele pode resistir aos orgulhosos e aos que não se dobram, mas não desprezará o homem que verdadeiramente se arrepender (Sl 51.17).
3. Sim, mas como Deus perdoará? Cometi um determinado pecado e Deus me perdoou. Mas já cometi o mesmo pecado várias vezes desde então. Logicamente que Deus não pode perdoar indefinidamente.
Esta dificuldade encontra uma resposta indireta em Mateus 18.21-22: “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.
Aqui, o Senhor ensina que devemos nos perdoar uns aos outros não sete vezes, mas setenta vezes sete, que é outra maneira de dizer indefinidamente.
Bem, se Deus nos ensina a perdoar uns aos outros indefinidamente, com que freqüência Ele nos perdoará? A resposta parece óbvia.
O conhecimento desta verdade não deveria nos fazer negligentes nem tampouco nos estimular a pecar. Por outro lado, esta maravilhosa graça é a mais forte razão pela qual o crente não deve pecar.
4. O problema comigo é que não me sinto perdoado.
Deus nunca pretendeu que a segurança do perdão viesse ao crente através dos sentimentos. Em um dado momento, você pode se sentir perdoado, mas depois, um pouco mais tarde, você poderá se sentir tão culpado quanto possível.
Deus quer que nós saibamos que somos perdoados. E Ele baseou a segurança do perdão naquilo que é a maior certeza do universo. A Sua Palavra, a Bíblia, nos diz que, se confessarmos os nossos pecados, Ele nos perdoa os pecados (1 Jo 1.9).
O importante é sermos perdoados, quer sintamos ou não. Uma pessoa pode se sentir perdoada e não ter sido perdoada. Nesse caso, seus sentimentos a enganam. Por outro lado, uma pessoa pode ser verdadeiramente perdoada e, mesmo assim, não sentir isso. Que diferença fazem seus sentimentos se a verdade é que Cristo já a perdoou?
O decaído que se arrepende pode saber que está perdoado com base na maior autoridade que existe: a Palavra do Deus Vivo.
5. Temo que, ao me afastar do Senhor, cometi o pecado para o qual não há perdão.
A recaída não é o pecado para o qual não há perdão.
De fato, há pelo menos três pecados para os quais não há perdão mencionados no Novo Testamento, mas podem ser cometidos apenas por incrédulos.
Atribuir os milagres de Jesus, realizados pelo poder do Espírito Santo, ao Diabo é imperdoável. É o mesmo que dizer que o Espírito Santo é o diabo, e, portanto, esta é uma blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.22-24).
Professar ser crente e depois repudiar completamente a Cristo é um pecado para o qual não há perdão. Este é o pecado da apostasia mencionado em Hebreus 6.4-6. Não é a mesma coisa que negar a Cristo. Pedro fez isto e foi restaurado. Este é o pecado voluntário de calcar aos pés o Filho de Deus, fazendo de Seu sangue algo impuro, e desprezando o Espírito da graça (Hb 10.29).
Morrer na incredulidade é imperdoável (Jo 8.24). Este é o pecado de recusar-se a crer no Senhor Jesus Cristo, o pecado de morrer sem arrependimento e sem fé no Salvador. A diferença entre o verdadeiro crente e aquele que não é salvo é que o primeiro pode cair várias vezes, mas se levantará novamente.
O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (Sl 37.23-24).
Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos serão derribados pela calamidade” (Pv 24.16).
6. Creio que o Senhor me perdoou, mas eu não consigo perdoar a mim mesmo.
Para todos aqueles que alguma vez na vida já tiveram uma recaída (e será que existe algum crente que jamais caiu, de uma forma ou de outra?), esta atitude é bastante compreensível. Sentimos nossa completa incapacidade e nosso fracasso de maneira tão profunda.
No entanto, a atitude não é razoável. Se Deus perdoou, por que eu me permitiria ser afligido por sentimentos de culpa?
A fé afirma que o perdão é um fato e se esquece do passado – exceto como uma advertência saudável para não nos afastarmos do Senhor novamente.

Lição 8: O início do Governo Humano

16 DE NOVEMBRO DE 2015

Lição 8: O início do Governo Humano



Está chegando o dia! Ainda preciso de sua ajuda para o Projeto Avanço Missionário na cidade de Parari-PB, a cidade menos evangelizada do Estado. Vamos levar o Evangelho e ação social.
Com distribuição de Bíblias e de cestas básicas, por isso nossa insistência. Falta menos de um mês, e até o momento 12 cestas básicas foram recebidas... O Blog possui 3.272 seguidores, nossa comunidade no Face tem 1800 seguidores, são mais de 5.000 acessos  diários ao Blog... mas apenas 4 doadores... chega a ser desestimulante. Será que temos aprendido alguma coisa do Senhor na Escola Dominical? Caso se sensibilize, clique aqui e veja como ajudar.


Data: 22 de Novembro de 2015

TEXTO ÁUREO
 “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).[Comentário: Paulo não sugere que Deus aprova uma autoridade corrupta, oficiais ímpios ou legislações injustas. Algumas vezes, entretanto, em punição aos pecados de uma pessoa ou por outros motivos conhecidos por Deus, ele permite que os governantes maus tenham autoridade por algum tempo, como os profetas do Antigo Testamento freqüentemente testemunham. Idealmente, Deus concede autoridade para fazer boas obras. A maneira como esta autoridade é exercida será responsabilidade de cada um a quem ela foi concedida. Os crentes têm uma base racional distinta para se submeterem, de modo apropriado, às autoridades: o reconhecimento de que o próprio Deus é a fonte do governo na sociedade humana (Pv 18.15-16; Dn 2.21).].

VERDADE PRÁTICA
Deus instituiu autoridades e leis, a fim de preservar a sociedade humana de uma depravação total e irreversível. [Comentário: O governo cível é um meio ordenado por Deus para reger e manter a ordem nas comunidades. Em nosso mundo decaído, essas autoridades são instituições da Graça comum de Deus, colocadas como anteparo contra a anarquia e contra a dissolução da sociedade ordenada.].

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 9.6 - O livro de Gênesis e a origem do governo humano
Terça — Rm 13.1 - O princípio do governo humano revelado na Palavra de Deus
Quarta — 1Pe 2.17 - A Palavra de Deus e a honra devida às autoridades
Quinta — 1Tm 2.1,2 - Orações devem ser feitas pelas autoridades
Sexta — 1Tm 1.9,10 - A Palavra de Deus e o objetivo da lei
Sábado — Ap 19.6 - Jesus Cristo, a suprema autoridade revelada à humanidade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 9.1-13.
1 — E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 — E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues.
3 — Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 — A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
5 — E certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6 — Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.
7 — Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 — E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo:
9 — E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 — e com toda alma vivente, que convosco está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde todos que saíram da arca, até todo animal da terra.
11 — E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.
12 — E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.
13 — O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra.

HINOS SUGERIDOS
531, 532 e 588 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Compreender que Deus instituiu autoridades e leis para preservar a humanidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·         I. Mostrar que Deus estabeleceu um novo começo a partir da família de Noé;
·         II. Analisar o arco de Deus como símbolo do seu novo pacto com a humanidade;
·         III. Explicar o princípio do governo humano.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
As águas do dilúvio foram baixando até que Noé e sua família puderam deixar a arca e iniciar uma nova vida em um mundo novo, purificado do pecado pelas águas do dilúvio. Noé e sua família deram início a nova vida com sacrifício e adoração a Deus, o grande Criador (8.1-22). O Senhor então decide introduzir o governo humano no novo mundo. O governo humano é uma forma de governo onde Deus delega ao homem a direção do planeta e a administração da justiça. Esta forma de governo foi confirmada pelo filho de Deus ao declarar: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Deus também fez um pacto com a humanidade, prometendo que nunca mais destruiria a vida humana por intermédio de dilúvio. A Terra havia sido purificada, porém Noé e seus descendentes carregavam a semente do pecado em seus corações.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus fez chover sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. As águas caíram e brotaram em tal quantidade, que vieram a prevalecer por quase um ano. Veio a perecer, assim, toda a primeira civilização humana. Enquanto isso, Noé e sua família, na grande arca, vagavam sobre as águas que, dia a dia, iam diminuindo até que o chão enxuto apareceu.
Já fora do grande barco, os sobreviventes empreendem uma nova obra civilizatória. E, para tanto, o patriarca recebe instruções específicas do Senhor, a fim de que ele e seus filhos cumpram-lhe fielmente a vontade: edificar uma sociedade baseada no amor a Deus e ao próximo. Uma sociedade que, distanciando-se daquela região, alcançasse os confins da terra.
Tinha início, naquele momento, o governo humano, que haveria de perdurar, apesar de tantos dramas e tragédias, até nossos dias. [Comentário: Posto que o dilúvio foi uma prefiguração do batismo cristão, conforme 1Pe3.20,21, a saída de Noé e sua família da Arca pode ser tida como seu surgimento das águas da morte para uma nova vida. Eles prefiguram a nova humanidade que prevalece sobre o mal (Ap 21.7). Nesta lição, vamos estudar a dispensação do governo humano. Dispensação é um período de tempo, longo ou curto, no qual, através de uma lei fixa, Deus prova a humanidade, sob a qual a humanidade deve ser fiel e obediente para que possa receber as bênçãos prometida. Este método não só é o mais antigo, más também o mais razoável. A palavra "dispensação", vem do latim "dispensatio", significando administração,economia ou mordomia. Isso nos leva a afirmar que em cada período bíblico Deus está administrando os tempos e as diferentes revelações manifestadas ao homem. Na Bíblia vamos encontrar sete dispensações:
1. Dispensação da INOCENCIA
2. Dispensação da CONSCIENCIA
3. Dispensação do GOVERNO HUMANO
4. Dispensação da PROMESSA
5. Dispensação da LEI
6. Dispensação da GRACA
7. Dispensação do REINO OU MILENIAL.
A dispensação da consciência terminou em fracasso porque a humanidade não obedeceu às determinações de sua consciência. Por desobedecê-la durante um longo período sua consciência se enfermou a tal ponto que não podia distinguir o bem do mal. Vimos que a raça humana, em virtude de sua maldade e desobediência, foi destruída pelo Dilúvio. Depois do Dilúvio Deus dá uma nova oportunidade à humanidade, através de Noé e sua família; esta é a terceira dispensação, o "Governo Humano", tinha a completa vontade e liberdade de Deus (Gn 9.1-7), isso incluía a permissão para formar um governo humano e governar-se a si mesmo. Começou no fim do Dilúvio, durando 427 anos, até o chamado de Abraão. A dispensação termina com a humanidade intoxicada com a sua importância (Gn 11.4). O resultado foi o juízo (vs. 8,9).].


PONTO CENTRAL
Deus estabeleceu o governo humano.

I. UM NOVO COMEÇO
Noé e sua família permanecem a bordo da arca por quase um ano (Gn 7.11; 8.13). Ao deixarem a embarcação, conscientizam-se de que, de agora em diante, terão de se deparar com uma realidade inteiramente nova. [Comentário: A capacitação dos seres humanos por Deus, com esta autoridade judicial, mostra que estes permanecem diante de Deus como dominadores (Gn 1.26) e lança fundamentos para o governo pelo Estado (Rm 13.1-7).].
1. Um novo relacionamento com a natureza. Se até aquele momento o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A natureza deveria ser domada a duras penas, a fim de que o habitat dos filhos de Noé se fizesse sustentável. Sobre o assunto, declara o apóstolo Paulo: “Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.22 —ARA). No Milênio, porém, tal situação será revertida (Is 11.6). Por enquanto, todos jazemos sob um pesado cativeiro. [Comentário: Depois do Dilúvio, Deus deu uma nova chance para a raça humana, representada na família de Noé. Noé é o novo Adão. Em Gn 7 e 8 testemunhamos a destruição de toda vida na face da terra, com a exceção de Noé e sua família. Deus acabou com tudo e todos, para limpar sua terra do mal. Noé achou graça, obedeceu a Deus, e foi usado grandemente por Deus. O homem passou a ter medo dos animais (9.2). Gênesis 9.2 parece indicar que antes daquele momento a convivência entre o homem e os animais tenha sido diferentes do que conhecemos hoje. Alguns intérpretes se aproveitam da ideia de um possível relacionamento harmonioso entre o homem e os animais, para explicarem como Noé conseguiu controlá-los dentro da arca.].
2. Uma nova dieta. Se antes do Dilúvio todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, agora teriam de complementá-la com nutrientes animais. Todavia, deveriam abster-se do sangue (Gn 9.4). Semelhante recomendação fariam os apóstolos em Jerusalém (At 15.19,20). [Comentário: Além de vegetais para comer, agora recebem a permissão de comer carne, com certa limitação. Eles não têm permissão de participar de carne na qual fique sangue. O sangue era símbolo da vida, e no homem particularmente não tinha de ser tratado de modo leviano. Deus fez o homem conforme a sua imagem e, por isso, tinha uma condição especial. Contra comer sangue, veja Gn 9.4. Deus nunca mudou essa determinação (At l5.29). O sangue sempre foi precioso aos olhos de Deus.].
3. A bênção divina. Reconstruir a sociedade humana era tarefa nada fácil. Noé e sua família teriam de recomeçar um processo civilizatório que, por causa da grande inundação, perdera quase dois mil anos de invenções, descobertas e avanços tecnológicos.
Nessa empreitada, o patriarca e seus filhos necessitariam da plenitude da bênção divina. Bem-aventurando-os, ordena-lhes o Senhor: “Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela” (Gn 9.7). Não demoraria muito, conforme veremos nas próximas lições, para que o homem voltasse a progredir e a ocupar os mais remotos continentes. [Comentário: A terceira vez que Deus abençoou os seres humanos e lhes ordena serem frutíferos. As bênçãos de Deus para Noé, de ser fecundo e dominar, se constituem o ato culminante de Deus na renovação da criação.].
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A terra foi purificada pelas águas do dilúvio e Deus estabeleceu um novo começo a partir da família de Noé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor para a introdução do primeiro tópico da lição faça a seguinte indagação: “Quanto tempo durou o dilúvio?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que “Gênesis 7 e 8 registra detalhes sobre isso. Os animais entraram na arca no dia 10 do mês dois (7.8,9). A chuva começou sete dias depois (v.11), e o volume de água foi aumentando até dia 27 do mês três (v.12). A arca não toca a terra até dia 17 do mês sete (8.4). O cume de montanhas é visto no dia 1º do décimo mês (v.4), e as portas da arca finalmente são abertas em 1º do mês um (v.13). A terra estava seca o suficiente para Noé e sua família saírem em 27 do mês dois (v.14), um ano e dez dias depois que o dilúvio começou” (RICHARDS, Lawrence O.Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.30).
“O relato do dilúvio fala-nos, tanto do julgamento do mal, como da salvação (Hb 11.7). (1) O dilúvio, trazendo a total destruição de toda a vida humana fora da arca, foi necessário para extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus. (2) O apóstolo Pedro declara que a salvação de Noé em meio às águas do dilúvio, seu livramento da morte, figurava o batismo do cristão” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.42).


II. O ARCO DE DEUS

Antes do Dilúvio, não havia chuva. Um vapor regava a terra. A partir de agora, porém, haveria de cair regularmente sobre a terra, como sinal da bênção divina (Mt 5.45). A pergunta, todavia, era inevitável: “E se viesse outro dilúvio?”.[Comentário:Há toda uma série de palavras, frases e declarações que pessoas diversas, inclusive cultas, e até obreiros, citam como se fossem da Bíblia, quando na verdade não são. Devemos nos precaver para evitar esses "senões" e impropriedades para com a Palavra de Deus. Aafirmação de que até o dilúvio não havia chovido sobre a terra é uma destas citações sem lastro. Isto dizem, tomando por base Gn 2.5,6: “Porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra (...)”. Discordando do comentarista - e o leitorexamine as Escrituras e textos auxiliares - o texto de Gn 2.5 refere-se à terra quando ainda não existia as plantas nem o homem. Vemos aí neste texto que foi antes da criação do homem que a erva não brotava por não chover, embora havia ali um vapor que não resultava no crescimento das plantas. Isto posto, discordo da posição apresentada, pois, como sabemos, após a criação do homem, houve um jardim. Caim, filho de Adão, era lavrador e, em certo momento, ofereceu frutos em sacrifício a Deus. Noé fez a Arca de madeira. Vemos então que plantas nasceram sobre a terra. Lembremo-nos que haviam dois requisitos para que as plantas nascessem: lavrador e chuva. Também vamos nos lembrar que o vapor não tinha capacidade de fazer plantas crescerem. Dessa forma, está claro que teve de haver chuva antes do Dilúvio. Pura questão de interpretação de texto].

1. Um novo pacto com a humanidade. Visando acalmar-lhes o espírito, promete-lhes o Senhor: o mundo não voltará a ser destruído por uma nova inundação. Sem essa promessa, a descendência de Noé teria desperdiçado seus esforços na construção de arcas, torres e barragens.
Em sua misericórdia, o Senhor promete: “E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra” (Gn 9.11).[Comentário:O substantivo pacto significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “ajuste”, “convenção” ou “contrato”. Estes tres substantivos são também usados para definir o significado do substantivo aliança. Diferentes versões da Bíblia em português usam os substantivos pacto, aliança, acordo e concerto para traduzir o substantivo hebraico berith que aparece cerca de 290 vezes no Antigo Testamento. Para todos esses sinônimos a ideia básica que encontramos é a união entre duas partes, um pacto ou acordo bilateral.No verso 11, o Senhor diz: “Estabeleço uma aliança”,  aquilo que precisamos tem que vir do céu.A Aliança Noética foi uma aliança incondicional entre Deus e Noé (especificamente) e Deus e a humanidade (em geral). Depois do dilúvio, Deus prometeu à humanidade que nunca mais destruiria toda a vida na Terra com um dilúvio (ver Gênesis capítulo 9). Deus deu o arco-íris como sinal da aliança, a promessa de que toda a terra nunca mais teria um dilúvio e um lembrete de que Deus pode e vai julgar o pecado (2 Pedro 2:5).].
2. O sinal do pacto noético. A fim de que a humanidade se lembrasse da misericórdia de Deus, após cada chuva, o Senhor torna-lhes bem visível o seu pacto: “O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens” (Gn 9.13,14).
O arco de Deus, seria um fenômeno tão novo como a chuva regular. Vendo-o a cada chuvarada, os descendentes de Noé poderiam repousar nos cuidados divinos.[Comentário:“Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações.” (9:12). Esta aliança permanecerá em vigor até a época em que nosso Senhor retornar à terra para purificá-la com fogo (II Pe. 3:10). Toda aliança tem um sinal que a acompanha. O sinal da aliança Abraâmica é a circuncisão (Gn 17.15-27); o da Mosaica é a observância do Sábado (Êx 20.8-11; 31.12-17). O “sinal” do arco-íris é bastante apropriado. Ele consiste nos reflexos dos raios de sol nas partículas de água das nuvens. A mesma água que destruiu a terra forma o arco-íris. O arco-íris também aparece no final de uma tempestade. Assim, este sinal assegura ao homem que a tempestade da ira de Deus (no dilúvio) terminou.].
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Deus, por sua infinita misericórdia, estabeleceu um novo pacto com o homem. Este pacto teve como símbolo um arco nos céus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Peça que os alunos leiam Gênesis 9.9-17. Depois explique que estes versículos “falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza, pelo qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres viventes com um dilúvio (vv.11,15). O arco-íris foi o sinal de Deus e o memorial perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais Ele destruir todos os habitantes da terra com um dilúvio. O arco-íris deve nos lembrar da misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua palavra” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.45).

III. O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO
Uma nova civilização estava prestes a recomeçar. Mas, para que alcançasse plenamente os seus objetivos, era imperioso que ela se formasse sob o império das leis. Por esse motivo, Deus institui o governo humano.
1. O governo humano. Teologicamente, o governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio, através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta, como também a administração da justiça (Rm 13.1). Essa instituição, sem a qual a civilização humana seria inviável, pode ser sumariada nesta única sentença divina: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” (Gn 9.6).
O Senhor Jesus, ao ratificar esse princípio, foi enfático ao realçar o lado benevolente e amoroso que deveria reger o governo humano: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).[Comentário:Antes do Dilúvio já havia sobre a terra um sistema de governo -sugiro ao leitor diferenciar a dispensação do governo humano, que surgiu com Noé e foi até o chamado de Abraão, do governo civil exercido pelo Estado, que é o abrangido pelo texto áureo; notemos que Adão foi constituído governador do Éden, a ele cabia administrar, lavrar e guardar o jardim, logo depois, vemos surgir as primeiras cidades e povoados, e também de alguma forma existiam regras de conduta em relação a Deus, para que pudesse ser possível diferenciar os justos como Abel, Enoque e Noé dos injustos como Caim, Lameque e etc. Porém, somente após o Dilúvio é que encontramos Deus se pronunciando de forma direta sobre o relacionamento entre os homens. Deus agora deu a Noé determinadas leis para governar a raça por elas, e o homem passou a ser responsável pelo seu próprio governo - lembremos de Hamurabi e seu código (1.700 a.C.). Algumas dessas leis formaram a base das leis humanas em todas as eras desde então. Elas são necessárias para punir criminosos, sejam indivíduos ou nações (Rm 13.1-6; 1 Pe 2.13,14); consequentemente, a aplicação das leis é necessária bem como a guerra quando uma nação torna-se criminosa (Is 11.4-9; 65.20-25; Dn 2.21; 4.17-25; 5.21; 7.1-25; 8.20-25; 9.24-27;11.2-45; Zc 14; AP 19.11-21). Teologicamente falando, “Governo Humano” é a terceira dispensação e teve a duração de 427 anos. Iniciou-se logo após o dilúvio e estendeu-se até o chamado de Abraão quando ele tinha 75 anos de idade (Gn 8.15-16; 18-19; 9.18-19; 11.10-32; 12.1-3). Por conseguinte, não devemos confundir a terceira dispensação com o governo civil pelo Estado, este possui suas bases naquele, mas não é a continuidade daquela dispensação.].
2. O aperfeiçoamento do governo humano. Israel teve em vários períodos de sua história, alguns governos que chegaram a ser perfeitos. Haja vista o reinado de Ezequias (2Cr 29.1,2). Aliás, esses homens procuraram cumprir a Lei de Moisés, porque sabiam que nenhum reino poderá ser construído anarquicamente.
Dessa forma, Noé e seus descendentes, sob as novas regras baixadas pelo Senhor, puderam dar continuidade a história humana, apesar das lacunas deixadas pelo Dilúvio.[Comentário:Os governos humanos fazem parte de um governo moral de Deus e são necessários para a preservação da sociedade humana na terra (Rm13.1-2 Rm 13:5-7 I Pe 2:13-14).Os descendentes de Noé cresceram sobre a terra. Todas as civilizações e impérios que já existiram, partiram do “multiplicai-vos” ordenado por Deus a Noé e seus filhos. Ao longo da história, a humanidade já testemunhou ótimos governos, que agiram conforme o padrão moral ordenado por Deus, como também já foi testemunhado governos tiranos, corruptos e totalmente manchados pelo pecado e agindo com influências malignas.].
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O princípio do governo humano se deu a partir de Noé e seus descendentes.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“A Instituição do Governo Humano
No século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho. Mesmo rejeitando o Caminho, não havia refreio contra o pecado. O primeiro homicida, Caim, foi protegido contra um vingador (Gn 4.15). Sucessivos homicidas (Lameque, por exemplo) exigiram semelhante proteção (Gn 4.23,24). Durante séculos os homens haviam abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e vício. Após o dilúvio, o caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permaneceria aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeitá-lo. Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios. A ordem divina foi esta: ‘Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu’ (Gn 9.6). A pena capital é a função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções de governo foram também conferidas. O governo humano, assim construído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionada pelo próprio Deus como um meio de deter os desobedientes (Rm 13.1-7; 1Tm 1.8-10). A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de Deus ao homem após o dilúvio.
Em comparação com a aliança adâmica, notamos que há: 1) maior domínio sobre o reino animal; 2) uma dieta mais ampla; 3) a promessa de Deus que não mais destruirá toda a carne; 4) e maior repressão sobre os ímpios, incluindo a prerrogativa da pena capital, que seria ao mesmo tempo uma ilustração do governo divino” (OLSON, Lawrence N. O Plano Divino Através dos Séculos:As dispensações que Deus estabeleceu para Israel, a Igreja e para o mundo. 26ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.69-71).
CONCLUSÃO
O governo humano é uma instituição divina. Foi deixado pelo Senhor, objetivando levar a civilização a cumprir os seus objetivos, até que o seu Reino seja instaurado entre nós através de Jesus Cristo, seu Filho.
Enquanto isso, todos somos exortados a obedecer aos mandatários e governantes, desde que estes não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as legislações humanas. Por isso, eis o nosso texto áureo: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).[Comentário:Deus, o Senhor supremo e Rei de todo o mundo, para a sua própria glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis, a ele sujeitos, e para este fim os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores. Os magistrados civis não podem tomar sobre si a administração da Palavra e dos Sacramentos ou o poder das chaves do Reino de Deus (Confissão de Westminster, capítulo XXIII. 1,3). Pelo fato de o governo civil existir para o bem de toda a sociedade, Deus lhe confere o “poder da espada”, o uso legal da força para aplicar as leis justas (Rm 13.4). Os crentes devem reconhecer isso como parte da ordem de Deus. Porém, se o governo civil proíbe aquilo que Deus exige ou exige aquilo que Deus proíbe, os crentes não devem submeter-se, e alguma forma de desobediência civil se torna inevitável (At 4.18-31;5.17-29). Temos, ainda, a responsabilidade de exigir que os governos civis cumpram o seu devido papel. Devemos orar pelos governantes, obedecer-lhes e estar atentos com relação a eles (1Tm 2.1-4; 1Pe 2.13-14), lembrando-os de que Deus os estabeleceu para governar, proteger e manter a ordem.]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,


PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:

Após o Dilúvio, como seria o relacionamento do ser humano com a natureza?
Se até aquele momento, o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A dieta humana foi alterada com o Dilúvio?
Se antes do Dilúvio, todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, doravante teriam de complementá-la com nutrientes animais, pois a terra já não era tão fértil como antes. Eis a razão por que Deus autoriza-os a enriquecer suas refeições com carne.
Qual a simbologia do arco de Deus?
Era um sinal do pacto de Deus de jamais destruir a humanidade novamente pelo dilúvio.
O que é o governo humano?
Teologicamente, o governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio, através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta, como também a administração da justiça (Rm 13.1).
Até que ponto devemos obedecer o governo humano?
Desde que estes não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as legislações humanas.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O início do Governo Humano
“A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos” — frase atribuída a Winston Churchill. Dizem alguns filósofos que a história da humanidade pode se resumir na luta pelo poder. Ou como disse Karl Marx: “A história de toda a sociedade até aos nossos dias nada mais é do que a história da luta de classes”. Se Churchil e Marx estão certos, esta não é a discussão que desejamos levantar aqui — é bom lembrar que Churchil e Marx são cosmovisões completamente distintas uma da outra, conservadorismo x socialismo.
Entretanto, desde Noé e sua descendência, quando se começou a estabelecer um governo humano, até os dias contemporâneos, muita coisa aconteceu. Reinos se levantaram e reinos foram abatidos. Imperadores chegaram ao poder e imperadores foram retirados do poder. Os governos deixaram de ser uma pessoa para ser uma Carta Magna, com o advento das constituições federais. O Estado não é mais o indivíduo, como disse Luis XV da França (“O Estado sou eu”).
Tudo isso faz parte do plano de Deus para o governo humano. Nosso Senhor disse: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado” (Jo 19.11a). Nosso Senhor deixa claro que todo poder que existe no mundo foi estabelecido por Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).
A ideia bíblica de que a autoridade foi ordenada por Deus para garantir a ordem e o bom funcionamento para a sociedade é apresentada nas Escrituras desde a família de Noé, quando do novo começo da humanidade, passando pela história de toda civilização humana.
Essa é uma boa oportunidade para refletirmos sobre os governos atuais que flertam com a ditadura, com a falta de interesse de desenvolver a educação da nação e a prioridade de proteger o cidadão com estratégias de segurança pública. São questões atuais e necessárias para serem refletidas. Ainda em Romanos, o apóstolo Paulo diz: “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela” (13.3). Neste texto, está implícito que o governo, segundo a perspectiva de Deus e das Escrituras, é para fazer o bem, proteger as pessoas de bem e fazer justiça a quem for vítima de um algoz que praticar o mal.
Todo poder estabelecido no mundo provém de Deus e prestará contas a Ele!