Subsídios: Adultos
TEXTO ÁUREO
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22)
VERDADE PRÁTICA
A eficácia da adoração neste período da Nova Aliança está no fato de ela estar fundamentada no sangue de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Hb 9.2
Os utensílios do culto na Antiga Aliança
Terça — Hb 9.4
O culto, os oficiantes e a liturgia na Antiga Aliança
Quarta — Hb 9.14
Uma redenção eterna pelo sangue do Cordeiro
Quinta — Hb 9.14,15
Uma consciência limpa pelo sangue de Cristo
Sexta — Hb 9.15,22
Uma herança eterna pelo sangue de Jesus
Sábado — Hb 9.28
Uma promessa gloriosa pelo sacrifício do Filho de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 9.1-5,14,15,22-28.
1 — Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um santuário terrestre.
2 — Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.
3 — Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,
4 — que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto;
5 — e sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
14 — quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
15 — E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
22 — E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
23 — De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes.
24 — Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;
25 — nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
26 — Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27 — E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo,
28 — assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
HINOS SUGERIDOS
41, 124 e 412 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que a adoração na Nova Aliança está fundamentada no sangue de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar como era o culto e seus elementos na Antiga Aliança;
II. Mostrar a eficácia do culto na Nova Aliança;
III. Explicar a singularidade do culto da Nova Aliança.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A adoração e o louvor a Deus não é algo visto somente na Nova Aliança, já no Antigo Testamento o desejo de Deus era que os israelitas o adorassem e tivessem um relacionamento mais profundo com Ele. Por isso, o Criador ordenou que Moisés construísse uma tenda móvel de adoração, o Tabernáculo, que acompanharia o povo durante a longa travessia pelo deserto. Este seria o único lugar onde o povo poderia encontrar-se com Ele e adorá-lo. Cada detalhe, cada peça, o desenho, ou seja, tudo no Tabernáculo tinha um significado, simbolizando uma realidade espiritual.Na carta aos Hebreus o autor detalha alguns principais utensílios do Tabernáculo a fim de mostrar o sentido da adoração e do serviço sagrado na Antiga Aliança, comparando com a obra de Cristo no Tabernáculo eterno da Nova Aliança.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃOAo falar do tabernáculo como o local de culto na Antiga Aliança, o autor sagrado detalha alguns dos seus principais utensílios. Ele mostra que tem em mente o culto quando usa a palavra grega latreia. Essa palavra é usada em outros trechos (Hb 9.1,6,9,14) com o sentido de adoração ou serviço sagrado. É perceptível que a doutrina do sacerdócio de Cristo domina boa parte da epístola e muita coisa que foi dita sobre o assunto é enfatizado novamente aqui. A intenção é contrastar a antiga adoração prestada pelo sistema sacerdotal da Antiga Aliança e o serviço prestado por Cristo no tabernáculo eterno da Nova Aliança.
PONTO CENTRAL
A adoração na Nova Aliança está fundamentada na obra de Cristo no Calvário.
I. O CULTO E SEUS ELEMENTOS NA ANTIGA ALIANÇA
1. O culto e seus utensílios. O autor demonstra profundo conhecimento sobre o culto na Antiga Aliança quando fala do tabernáculo e dos seus utensílios. Ele tem em mente as duas principais divisões do antigo santuário: o santo lugar e o santo dos santos. Na descrição que ele faz do primeiro compartimento, o santo lugar, estavam o candelabro e a mesa dos pães da proposição. No segundo compartimento, o santo dos santos, que era separado do primeiro por uma cortina, o autor cita a arca da aliança e o incensário de ouro.2. O culto: seus oficiantes e liturgia. Há toda uma simbologia nesses utensílios do antigo culto como demonstra a tipologia bíblica. O candelabro representaria o testemunho do povo de Deus; a mesa dos pães da proposição, a comunhão com Deus; o altar do incenso, a oração e a Arca do Concerto a presença de Deus. Todavia, o autor não se detém nos detalhes dessa tipologia. A sua intenção é mostrar o culto como um todo, conforme ele era prestado no antigo tabernáculo e, dessa forma, contrastar com o tabernáculo celeste no qual Cristo oficiava como sumo sacerdote. No santo lugar, os sacerdotes entravam diariamente para prestar culto, enquanto somente uma vez no ano o sumo sacerdote adentrava no santo dos santos para oficiar. O serviço sagrado prestado por eles era apenas uma sombra e não resolvia o problema da culpa. Por intermédio do sacrifício de si mesmo, Cristo entrou no santo dos santos celestial para resolver de uma vez por todas o problema do pecado.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O culto na Antiga Aliança tinha os seus utensílios, seus oficiantes e sua liturgia ordenados por Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“De alguma maneira o texto em Hebreus 9.1-10.18 é o âmago do argumento do autor. Por meio de um número considerável de detalhes, ele contrasta o serviço sacerdotal terreno, a Antiga Aliança, com o novo ministério sacerdotal de Cristo (o celestial) da Nova Aliança, a fim de completar seu argumento de que a antiga foi simplesmente um presságio e uma preparação para a nova, e que a nova cumpre, ultrapassa e substitui a antiga. Consequentemente, seus leitores não podem retornar à Antiga Aliança sem que sofram resultados desastrosos (cf. 10.19-31).Em Hebreus 9.1, o autor apresenta dois importantes assuntos relacionados ao ministério sacerdotal sob o ‘primeiro’ concerto: (1) as ‘ordenanças de culto divino’, e (2) o ‘santuário terrestre’ (ou ‘tabernáculo’, Hb 9.2a), que ele discute em ordem inversa em 9.2-5 e 9.6-10. O tabernáculo é chamado de ‘terrestre’ (kosmikon) porque foi feito por mãos humanas (cf. 8.2; 9.11,24) e denota a esfera de sua atividade, em contraste com a esfera celestial não feita por mãos humanas, onde Jesus Cristo agora ministra (cf. 8.5,6; 9.11,12).
O autor destaca que o tabernáculo do Antigo Testamento (quando construído por Moisés no deserto) era dividido em dois compartimentos (ou salas); ‘Santuário’ (9.2) e ‘Santo dos Santos’ (9.3). Estas duas salas do tabernáculo são distinguidas pelos termos ‘primeiro’ e ‘segundo’. Cada uma delas continha uma mobília que tinha um significado simbólico, conforme as instruções dadas por Deus, e o véu que separava as duas salas tinham um profundo significado” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.1587,1588).
II. A EFICÁCIA DO CULTO NA NOVA ALIANÇA
1. Uma redenção eterna. A diferença entre o culto da Antiga e o da Nova Aliança pode ser vista no contraste entre ambas alianças quanto à eficácia do sacrifício efetuado no contexto de cada uma. Sobre a eficácia da redenção operada por Cristo, o autor diz ir muito além da do antigo culto (Hb 9.12). No texto de Hebreus nove, a palavra “redenção” traduz o termo grego lytrôsis, que significa “resgate” com o sentido de “libertação mediante o pagamento de um preço”. Enquanto o culto levítico, com seus muitos rituais, produzia apenas pureza cerimonial, o sacrifício de Cristo operou a redenção eterna.2. Uma consciência limpa. Já vimos que os sacrifícios na Antiga Aliança possuíam um aspecto meramente externo, isto é, cerimonial. Eles não conseguiam tratar com a parte interna do homem. Na verdade, esses muitos sacrifícios apenas “cobriam” os pecados em vez de removê-los. Por outro lado, o sacrifício de Cristo trata com o problema do pecado em sua raiz. Ele não apenas “cobre” a transgressão, mas a remove (Hb 9.14). Nenhum sacrifício no antigo culto era capaz de tratar com o problema da consciência. Todavia, o sangue de Cristo purifica e limpa a consciência tornando-a apta para a adoração a Deus.
3. Uma herança eterna. O efeito imediato da purificação interior efetuada pelo sangue de Cristo é visto nas palavras do autor em Hebreus 9.15, quando ele afirma que “os chamados recebam a promessa da herança eterna”. A palavra “herança” traduz o termo grego kleronomia, com o sentido de algo que alguém por direito possui. Em o Novo Testamento, é usado em relação às coisas terrenas (Lc 12.13) e celestiais, no sentido de que Cristo nos chamou “para uma herança incorruptível” (1Pe 1.4). Por isso, a nossa herança é celestial, espiritual e eterna.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A eficácia do culto na Nova Aliança se dá mediante a redenção operada por Cristo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“As ordenanças do Antigo Testamento quanto à adoração levítica envolviam coisas como ‘manjares, e bebidas, e várias oblações’ (Hb 9.10). Estas providências externas e temporárias foram válidas somente ‘até ao tempo da correção’. Cristo cumpre o que é antecipado e prenunciado na Antiga Aliança. Sua vinda foi, deste modo, uma emenda ou reforma completa da estrutura religiosa de Israel. A Antiga Aliança deveria agora dar lugar à nova; a sombra deveria dar lugar à essência; a cópia exterior e terrena deveria dar lugar à realidade interior e celestial” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1591).
CONHEÇA MAIS
Nova Aliança“Esta é uma providência de Deus pela qual Ele estabeleceu um novo relacionamento de responsabilidade entre Si mesmo e o seu povo (Jr 31.31-34). A expressão nova aliança também é um sinônimo do NT e, portanto, refere-se aos 27 livros do NT, ou à própria Nova Aliança [...].
A escolha ou a designação da aliança. Quando mencionada pela primeira vez, esta aliança foi chamada de ‘nova’ (Jr 31.31), porque foi estabelecida em oposição à aliança primária ou a mais antiga de Israel, a saber, a aliança da lei Mosaica. Este mesmo contraste também é feito em Hebreus 8.6-13”. Leia mais em Dicionário Wycliffe, CPAD, pp.66,68.
III. A SINGULARIDADE DO CULTO DA NOVA ALIANÇA
2. Um sacrifício superior. O serviço prestado pelos sacerdotes no antigo culto é contrastado com aquele realizado por Cristo na Nova Aliança. Cristo, ao contrário dos sacerdotes, não necessitou repetir o seu sacrifício nem tampouco fazê-lo por meio de sangue alheio (Hb 9.25). O culto no Antigo Concerto era imperfeito porque seus sacerdotes eram imperfeitos da mesma forma que o eram os seus sacrifícios. O verdadeiro culto, em tudo superior, só foi possível porque o Cordeiro de Deus se deu em nosso lugar.
3. Uma promessa gloriosa. O autor encerra a sua exposição sobre o culto na Antiga e Nova Aliança com uma promessa: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28). O autor de Hebreus resume bem a mensagem do texto sobre a obra de Cristo, quando diz que o nosso Senhor “se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). Agora, comparece por nós no céu (Hb 9.24), mas um dia aparecerá para levar-nos ao seu lar (Hb 9.28). Esses “três tempos da salvação” tem como base a sua obra consumada na Cruz do Calvário.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O culto na Nova Aliança é singular, pois apresenta um sacrifício superior.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar a conexão entre o Antigo Concerto e o Novo Concerto Messiânico e a singularidade do culto da Nova Aliança.
CONCLUSÃO
O autor conseguiu seu objetivo ao contrastar a adoração na Antiga e na Nova Aliança. A adoração antiga era terrena, imperfeita, transitória, incompleta. Por outro lado, a adoração no Novo Pacto se firma em princípios celestiais, eternos e perfeitos. Não há, pois, como adorar a Deus de uma forma agradável tomando por base os rudimentos desta dimensão terrena. Nossa adoração é superior porque o nosso Senhor encontra-se entronizado acima dos anjos.
PARA REFLETIR
A respeito de Contrastes na Adoração da Antiga e Nova Aliança, responda:Quais as duas divisões do antigo santuário que o autor de Hebreus tem em mente?
Ele tem em mente as duas principais divisões do antigo santuário: o santo lugar e o santo dos santos.
Enquanto o culto levítico produzia apenas uma pureza cerimonial, o que opera o sacrifício de Cristo?
O sacrifício de Cristo operou uma redenção eterna.
Segundo o autor de Hebreus, qual é a nossa herança?
Nossa herança é celestial, espiritual e eterna.
O culto na Antiga Aliança era a sombra do quê?
O culto na Antiga Aliança, com seu santuário terrestre, era apenas uma sombra do qual o santuário celeste é a realidade.
O autor de Hebreus encerra a sua exposição com qual promessa?
O autor encerra a sua exposição sobre o culto na Antiga e Nova Aliança com uma promessa: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Contrastes na adoração da Antiga e Nova Aliança
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
Texto Bíblico: Hebreus 9.1-5,14,15,22-28
2. I. O Culto e seus elementos na Antiga Aliança
• 1. O culto e seus utensílios.
• 2. O culto: seus oficiantes e liturgia.
3. II. A eficácia do culto na Nova Aliança
• 1. Uma redenção eterna.
• 2. Uma consciência limpa.
• 3. Uma herança eterna.
4. III. A singularidade do culto da Nova Aliança
• 1. O santuário celeste.
• 2. Um sacrifício superior.
• 3. Uma promessa gloriosa.
5. Conclusão
O tema da presente lição, de fato, é de grande conteúdo. Entretanto, o problema para alguns, talvez para a maioria que se sente desconfortável, não está na quantidade de elementos ou na descrição do culto judaico do Antigo Testamento, mas na aparente dificuldade de compreender o texto de Levítico, o livro que descreve toda função sacerdotal e os elementos do culto levítico.
“O texto do Pentateuco parece ser de difícil compreensão, impenetrável, muito fechado”, reclamam alguns. Diante disso, gostaria de relacionar algumas dicas para facilitar a sua leitura do livro de Levítico.
1. Para a lição desta semana, a leitura do livro de Levítico é fundamental. É o livro que trata da institucionalização do sacerdócio no Antigo Testamento. Portanto, se você ainda não leu o livro, não deixe de fazê-lo.
2. Leia Levítico numa Bíblia mais contemporânea, isto é, numa linguagem mais corrente. Refiro-me às seguintes versões: Almeida Século XXI, NVI (Nova Versão Internacional).
3. Por que recomendo o item dois? Porque, na maioria das vezes, a dificuldade que as pessoas reclamam com o livro do Levítico, na verdade, é oriunda da versão que se usa para ler o livro do que com o texto propriamente escrito. Explico-me no item quatro.
4. Por exemplo, sabemos que a ARC (Almeida Revista Corrigida) ou a ARA (Almeida Revista Atualizada), versões belíssimas da Bíblia, são versadas na Língua Portuguesa mais antiga, isto é, muitos termos caíram em desuso.
5. Mas atenção: recomendamos o uso da versão contemporânea apenas para o estudo pessoal. Entretanto, no culto público ou na exposição da aula na Escola Dominical, use a ARC (Almeida Revista Corrigida), a versão oficialmente usada por nossa denominação.