quinta-feira, 26 de abril de 2018

Capa da Revista Adultos 3º Trimestre de 2018

Capa da Próxima Lição  Adultos

Revista Adultos 3º Trimestre de 2018
TEMA: Adoração, Santidade e Serviço - Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico.
COMENTARISTA: Pr. Claudionor de Andrade, escritor, conferencista e Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD.
SUMÁRIO:
Lição 1 - Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor
Lição 2 - A Beleza e a Glória do Culto Levítico
Lição 3 - Os Ministros do Culto Levítico
Lição 4 - A Função Social dos Sacerdotes
Lição 5 - Santidade ao Senhor
Lição 6 - A Doutrina do Culto Levítico
Lição 7 - Fogo Estranho Diante de Deus
Lição 8 - A Sobriedade na Obra de Deus
Lição 9 - Jesus, o Holocausto Perfeito
Lição 10 - Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz
Lição 11 - A Lâmpada Arderá Continuamente
Lição 12 - Os Pães da Proposição
Lição 13 - As Orações dos Santos no Altar de Ouro
Lição 14 - Entre a Páscoa e o Pentecostes

Capa da Revista Jovens 3º Trimestre de 2018

Capa da Próxima Lição dos Jovens

Revista Jovens 3º Trimestre de 2018

TEMA: "Milagres de Jesus - A Fé Realizando o Impossível"
COMENTARISTA: Pr. César Moisés Carvalho é Ministro do Evangelho, pedagogo, pós graduado em Teologia pela PUC-RJ e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD.
SUMÁRIO:
Lição 1 - O QUE É MILAGRE
Lição 2 - O PROPÓSITO DOS MILAGRES NO MINISTÉRIO DE JESUS
Lição 3 - O MILAGRE NAS BODAS DE CANÁ
Lição 4 - CURANDO O FILHO DE UM OFICIAL
Lição 5 - A CURA DO PARALÍTICO DE BETESDA
Lição 6 - O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
Lição 7 - O MILAGRE DE ANDAR POR SOBRE O MAR
Lição 8 - A CURA DO CEGO DE NASCENÇA
Lição 9 - O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Lição 10 - A CURA DO PARALÍTICO DE CAFARNAUM
Lição 11 - A CURA DO HOMEM QUE TINHA UMA DAS MÃOS MIRRADA
Lição 12 - A CURA DA MULHER QUE TINHA UM FLUXO DE SANGUE
Lição 13 - O MILAGRE DA MULHER GREGA E SIRO-FENÍCIA
Lição 14 - DEUS CONTINUA REALIZANDO MILAGRES

Subsídio: Adultos Lição:05 Ética cristã, pena de morte e eutanásia

Subsídio: Adultos

TEXTO ÁUREO
“O SENHOR é o que tira a vido e a dá; faz descer à sepultura e faz tomar a subir dela” (1Sm 2.6).

VERDADE PRÁTICA
A pena de morte e a eutanásia violam a soberania divina. A vida foi dada por Deus e, portanto, pertence a Ele.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 9.5,6
O homicida não fica impune diante de Deus

Terça — 2Sm 12.13
Deus livra a Davi da morte

Quarta — Cl 1.16,17
Deus é o Criador e o sustentador de todas as coisas

Quinta — Jó 2.9,10
Jó rejeita a eutanásia e decide passar pelo sofrimento

Sexta — 2Pe 1.3
A vida humana é uma dádiva divina

Sábado — Dt 32.39
Deus está no controle da vida humana

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 13.3-5; 1 Samuel 2.6,7; João 8.3-5,7,10,11.

Romanos 13
3 — Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 — Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 — Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

1 Samuel 2
6 — O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.
7 — O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.

João 8
3 — E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
4 — E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando,
5 — e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
7 — E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10 — E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 — E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.
HINOS SUGERIDOS
7, 111 e 310 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Estabelecer a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Mostrar a perspectiva bíblica acerca da pena de morte;
II. Expor o conceito e as implicações éticas da eutanásia;
III. Conscientizar sobre o aspecto sacro da vida.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O assunto que vamos estudar nesta lição mexe com as emoções das pessoas. Perguntas como estas dão a dimensão do drama do tema: “Não seria justo que uma pessoa que mata, também morra?”, “Como não pensar em pôr fim ao sofrimento intenso da pessoa que amamos?”. Essas questões tocam a nossa alma e precisamos reconhecer que, por envolver o sentimento de justiça ou o de apego ao ente querido, torna-se um problema da Ética Cristã.

Por isso, professor (a), busque se informar bem acerca do caráter técnico do assunto. Temos bons livros que aprofundam muito a reflexão bíblica acerca dessas questões difíceis. Que o Senhor ilumine o teu ministério!

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A vida humana é o ponto de partida para os demais direitos da pessoa. Se o direito à vida não estiver assegurado torna-se impossível a existência dos outros valores. No entanto, em contradição a este pressuposto, temas relacionados à punição com pena de morte e o direito à eutanásia são frequentemente discutidos e aceitos na sociedade atual. Nesta lição estudaremos a presença da pena capital em ambos os testamentos bíblicos, a prática da eutanásia e suas implicações éticas na vida do ser humano.
PONTO CENTRAL
A vida humana é sagrada.

I. A PENA DE MORTE NAS ESCRITURAS

O Antigo Testamento prescreve a pena de morte. O Novo Testamento reconhece a existência da pena capital, mas não normatiza o assunto.

1. No Antigo Testamento. No pacto com Noé e na Lei de Moisés a pena de morte aparece como punição retributiva: “sangue por sangue e vida por vida” (Gn 9.6; Êx 21.23). Um dos propósitos era punir com a morte o culpado por assassinato premeditado (Êx 21.12). Essa prescrição não contraria o sexto mandamento, pois o verbo hebraico rātsah presente na expressão “Não matarás” (Êx 20.13), significa “não assassinarás”, isto é, proíbe efetivamente o homicídio doloso ou qualificado. Então, ao indivíduo era proibido matar, e, quando alguém matava, a lei exigia que o Estado fizesse justiça. Para o devido processo legal ao menos duas testemunhas eram requeridas para a efetivação do processo (Dt 17.6). Assim, a morte do homicida era vista como justiça contra a impunidade. Porém, havia exceções. Quando Davi adulterou e premeditou a morte de Urias, a pena não foi aplicada ao monarca (2Sm 11.3,4,15; 12.13). Neste caso. Deus tratou pessoalmente do pecado do Rei (2Sm 12.10-12).

2. No Novo Testamento. Aos Romanos, Paulo constata a legalidade da pena de morte e a legitimidade do Estado em usar a espada como punição ao transgressor (Rm 13.4). No entanto, o apóstolo não normatiza a aplicação da pena, não ordena e nem proíbe, apenas reconhece a existência da lei como dispositivo punitivo. O evangelista João registrou o caso da mulher apanhada em adultério (Jo 8.4). Os escribas e fariseus exigiram o parecer de Jesus sobre a aplicação da pena de morte para a adúltera (Jo 8.5). Entretanto, os acusadores comportaram-se de modo parcial trouxeram somente a mulher para ser julgada, enquanto a lei exigia a presença das testemunhas e também do adúltero (Nm 35.30; Lv 20.10). Cristo se recusou a participar deste juízo temerário e ilegítimo. Absolveu a mulher da punição, a perdoou e a exortou a deixar o pecado (Jo 8.11).

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
As Escrituras Sagradas prescrevem a pena capital, mas não a normatiza. Jesus Cristo deve ser o ponto reparador desse assunto.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Infelizmente, está na moda tomarem o exemplo do perdão de Jesus para justificar uma pessoa que vive na prática do pecado. Não por acaso, é comum em nome do “amor” defenderem, por exemplo, uma pessoa na prática da prostituição. Anunciar o Evangelho de amor sem o apelo ao arrependimento de pecado não é apresentar o Evangelho inteiro. Nesse sentido, a Bíblia de Estudo Pentecostal contribui muito sobre o tema: “NEM EU TE CONDENO. A atitude de Jesus para com essa mulher revela seu propósito redentor para a humanidade (3.16). Ele não a condena como pessoa indigna do perdão, mas a trata com bondade, clemência e paciência, para levá-la ao arrependimento. Há salvação para ela, uma vez que renuncie ao adultério e volte para seu próprio marido (Lc 7. 47). (1) Seria, no entanto, mais do que blasfêmia dizer que estas palavras de Cristo mostram que Ele considera trivial o pecado de adultério e a indescritível mágoa e miséria que ele provoca para os pais e seus filhos. (2) O que Cristo ofereceu a essa mulher foi a salvação e o livramento da sua vida de pecado (v.11). A condenação e a ira de Jesus seriam a porção futura, caso ela recusasse a arrepender-se e ingressar no reino de Deus (Rm 2.1-10)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1588).

II. EUTANÁSIA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES
1. O conceito de eutanásia. Etimologicamente a palavra “eutanásia” tem origem em dois termos gregos: eu com o significado de “boa” ou “fácil” e, thánatos, que significa “morte”. A junção destes dois termos resulta na expressão “boa morte”, também conhecida como “morte misericordiosa”. O vocábulo foi inicialmente usado pelo filósofo inglês Francis Bacon (1561-1627). No sentido técnico, a “eutanásia” significa antecipar ou acelerar a morte de pacientes em estágio terminal ou que estejam padecendo de dores intensas em consequência de alguma doença incurável. É o ato de matar o doente para não prolongar o grave quadro de seu sofrimento e de seus familiares. As formas usadas podem ser classificadas em eutanásia passiva ou ativa. A primeira consiste em desligar as máquinas e aparelhos que mantém o paciente vivo e a segunda requer a aplicação de qualquer droga que possa acelerar o processo de morte.

2. As implicações da eutanásia. A prática da eutanásia tem implicações de ordem legal, moral e ética. Nos aspectos legais, a Constituição Brasileira assegura a “inviolabilidade do direito à vida” (Art. 5°). Assim, a “eutanásia” é tipificada como crime no Código Penal Brasileiro (Art. 122). No entanto, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei n° 236/12 (Novo Código Penal) onde o juiz poderá deixar de aplicar punição para quem cometer a eutanásia seja ela passiva ou ativa. Nas questões de ordem moral nos deparamos com a violação do sexto mandamento “Não matarás” (Êx 20.13), e, quando a “eutanásia” é consentida pelo paciente, surge o problema do pecado de suicídio. Pergunta-se ainda: a quem mais interessa a eutanásia? Ao paciente ou ao seu Plano de Saúde? As motivações parecem ser mais económicas que humanitárias. As indagações éticas podem ser assim resumidas: É lícito exterminar pessoas doentes? Quem tem poder para decidir sobre a morte?

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Eutanásia é a antecipação da morte de pacientes em estágio terminal. Sua prática tem implicações de ordem legal, moral e ética.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Mostremos, pois, que Deus tem um firme compromisso com a pessoa humana, desde a concepção à morte natural. Nesses tempos difíceis e trabalhosos, que jamais nos refugiemos no politicamente correto. Antes, explicitemos a nossa posição como sal da terra e luz do mundo. Todos haverão de saber que somos contra o aborto e a eutanásia, pois a vida é sagrada aos olhos de Deus.

Se a Bíblia em algum momento fala de uma morte boa e desejável, certamente não é a eutanásia. A única morte desejável e boa que encontramos na Palavra de Deus é o morrer na esperança cristã, conforme realça o apóstolo Paulo: ‘Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro’ (Fp 1.21)” (ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2017, p.59).

CONHEÇA MAIS
O conceito de morte
“Morte. Os dicionários definem a morte como a cessação definitiva da vida. O fim da existência humana, porém, não cabe numa definição tão simplista. No campo da ética, somos constrangidos a lidar com uma questão intrigante e perturbadora: Será que a pessoa encerra-se apenas quando seus sinais vitais já não são percebidos? A questão é complexa. Os dilemas éticos daí decorrentes obrigam-nos a constatar a falência encefálica de um enfermo antes mesmo da cardíaca”. Para conhecer mais leia As Novas fronteiras da Ética Cristã, CPAD, p.105.

III. A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS
1. A fonte originária da vida. A Bíblia ensina que Deus trouxe o universo à existência (Gn 1.1) e que Ele próprio sustenta todas as coisas (Hb 1.3). Deus não criou somente a matéria, mas criou também toda a espécie de seres vivos, bem como o ser humano (Gn 1.21-27; Cl 1.16). A humanidade, como obra prima, é uma criação especial e distinta. Deus a criou sua imagem e semelhança (Gn 1.27), característica não dada a outra criatura. A vida humana passou a existir por causa da vontade do Altíssimo, bem como permanece agora: “todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17). O Criador tem o controle soberano de toda a vida (Dt 32.39; Lc 12.7), e esta tem origem Nele: “pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Portanto, o Deus vivo é a fonte originária da vida e só Ele tem autoridade exclusiva para concedê-la ou tirá-la (1Sm 2.6).

2. O caráter sagrado da vida. A vida humana é sagrada porque a sua origem é divina. Por conseguinte, existe a proibição de alguém tirar intencionalmente a vida de outro ser humano (Êx 20.13). A dignidade da vida humana deve ser protegida e preservada antes e depois do nascimento, desde o momento da concepção até o seu último instante de vida (Sl 139.13-16; 116.15). A vida deve ser respeitada e valorizada como dádiva divina (2Pe 1.3). No caso de alguma enfermidade, o paciente tem o direito de receber tratamento adequado tanto na busca da cura como no alívio de suas dores. Procedimentos dolorosos e ineficazes podem ser evitados a fim de resguardar a dignidade humana, porém, exterminar a vida é uma afronta ao Príncipe da Vida (At 3.15). Se a vida é sagrada por ocasião da concepção, logo, não poderá deixar de sê-la em seu derradeiro dia. Buscar a morte como alívio para o sofrimento é decisão condenada nas Escrituras. Jó, por exemplo, embora sofrendo dores terríveis, reconheceu o caráter sagrado da vida e não aceitou a sugestão de sua esposa em amaldiçoar a Deus e morrer (Jó 2.9). Por fim, o patriarca enalteceu a soberania divina sobre a existência humana (Jó 42.2).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A fonte originária da vido é Deus, e por isso, ela é sagrada.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A vida humana é sagrada porque sua fonte originária é Deus. Essa perspectiva deve ser encarada pelo crente, não somente no início da vida e no final dela, mas nela toda, pois “não podemos nos conformar com uma ética que se chama cristã e que se preocupa simplesmente em construir pessoas abstêmias e castas, ou que lute e defenda a vida apenas em seu início (contra o aborto) ou no fim (contra a eutanásia). Precisamos de uma ética que se preocupe com a vida em sua integralidade, durante toda a existência da pessoa. Somente uma ‘ética do cuidado’, lembrando-nos de que o ‘cuidado que Cristo tem para com toda a humanidade é, agora, o cuidado que a pessoa cristã tem para com todo ser humano e com toda a criação’, que valoriza a vida acima das coisas, é digna de nossa observação e prática, posto que esta é uma Ética de Cristo, que nos transforma em ‘Cristo para os outros’, para o próximo e, sobretudo, ao necessitado” (CARVALHO, César Moisés. Uma Pedagogia para a Educação Cristã: Noções Básicas da Ciência do Educação a Pessoas não Especializados. RJ: CPAD, 2015, p.84).

CONCLUSÃO
A vida humana, sua sacralidade e dignidade, têm origem em Deus. Atentar contra esse dom divino é colocar-se contra a soberania de Deus, o autor da vida. O poder absoluto sobre a vida e a morte pertence a Deus. A atual ideologia que propaga o direito do homem em exterminar a própria vida, ou a do outro, viola o propósito divino (Jo 10.10).

PARA REFLETIR

A respeito do tema “Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia”, responda:

Para o efetivo processo legal da pena de morte no Antigo Testamento, o que era necessário?
Para o devido processo legal ao menos duas testemunhas eram requeridas para a efetivação do processo (Dt 17.6).

O que Paulo constatou, segundo a Epístola aos Romanos?
Aos Romanos, Paulo constata a legalidade da pena de morte e a legitimidade do Estado em usar a espada como punição ao transgressor (Rm 13.4).

Quais implicações a eutanásia tem?
A prática da eutanásia tem implicações de ordem legal, moral e ética.

O que a Bíblia ensina em relação à fonte originária da vida?
A Bíblia ensina que Deus trouxe o universo à existência (Gn 1.1) e que Ele próprio sustenta todas as coisas (Hb 1.3).

Segundo a lição, por que a vida humana é sagrada?
A vida humana é sagrada porque a sua origem é divina.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Ética Cristã, pena de morte e eutanásia
Vivemos um momento de extremos em nosso país. Uns defendem a pena de morte. Outros são contra. O Brasil é um país que não tem uma tradição de pena capital institucionalizada. Por isso, ninguém sabe o que poderia acontecer caso um dia essa modalidade de punição fosse estabelecida em nosso arcabouço legal. Porém, é importante afirmar que em nosso país, conforme a Constituição Federal, a proibição da pena capital consta como cláusula pétrea, isto é, um princípio que jamais pode ser removido do texto constitucional, salvo quando a sociedade resolver elaborar outro documento constitucional; só então, a proibição poderá ser removida.

Ainda assim, não são poucas as pessoas que dedicam energia quanto à militância da causa. O motivo muitas vezes é a sensação de injustiça e de impunidade. Por isso, como ensinadores da Palavra de Deus, o nosso desafio é conceber a ideia de como o seguidor de Cristo deve se posicionar em relação ao assunto: o crente pode ser a favor da pena de morte? É possível conciliar o ensino de Jesus com a prática da eutanásia?

Caro professor, prezada professora, esses dois assuntos são bem sérios. O comentarista da lição trouxe uma explicação bem equilibrada sobre eles. Nesse espaço, priorizamos o da pena capital. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que as Escrituras Sagradas não normatizam o assunto. Embora tenhamos o desenvolvimento da pena capital no Antigo Testamento, bem como as exceções disponíveis no documento antigo, temos o problema da aplicação de uma lei de um estado teocrático para os nossos dias. Em segundo lugar, embora o apóstolo Paulo reconheça a pena capital como medida legítima do estado romano para punir os fora da lei, ele não normatiza a prática em o Novo Testamento. Ainda temos o exemplo de Jesus Cristo, que perdoou a mulher adúltera, ao fim do sofrimento dEle na cruz, o Mestre rogava: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Se há um assunto que é normatizado ao longo das Escrituras, e chancelado pelo nosso Senhor, é o de promover o perdão.


O perdão está no âmago da mensagem cristã (Mt 5.38-48; 18.21-35). O perdão dos nossos pecados nos trouxe a salvação. Por isso, não podemos perder de vista essa maravilhosa verdade acerca do perdão. Entretanto, não nos insurgimos contra a legitimidade de o Estado implementar esse estágio de punição, mas pontuamos que não é coerente ao crente ser um militante dele.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Pré-aula Lição 05: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

Aula Ministrada Pelo Canal da IADPE

Pré-aula Lição 05: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

Aula Ministrada Pelo Pr.Caramuru 

Pré-aula Lição 05: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

Aula Ministrada Pelo Ev.Fabio segantin 

Pré-aula Lição 05: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

Aula Ministrada pelo Dc.Rosileudo

Pré-aula Lição 05: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

Ev.Marcio Mainerdes 

Adultos Lição 05: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia

Revista: Adultos 

2º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
A vida humana é sagrada.
ESBOÇO GERAL DA LIÇÃO
Introdução
I - A Pena de Morte nas Escrituras
II - Eutanásia: Conceitos e Implicações
III - A Vida Humana pertence a Deus
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Estabelecer a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar a perspectiva bíblica acerca da pena de morte;
II. Expor o conceito e as implicações éticas da eutanásia;
III. Conscientizar sobre o aspecto sacro da vida.

SOBRE A EUTANÁSIA
Claudionor de Andrade
No campo da bioética, há duas perguntas de vital importância. A primeira diz respeito à legalização do aborto: "Quando começa a pessoa humana?" A segunda concerne à descriminalização da eutanásia: "Quando termina essa mesma pessoa?"
[...] Os dicionários definem a morte como cessação definitiva da vida. O fim da existência humana, porém, não cabe numa definição tão simplista. No campo da ética, somos constrangidos a lidar com uma questão intrigante e perturbadora: Será que a pessoa encerra-se apenas quando seus sinais vitais já não são percebidos?

A questão é complexa. Os dilemas éticos daí decorrentes obrigam-nos a constatar a falência encefálica de um enfermo antes mesmo da cardíaca. E isso nem sempre é fácil, pois é possível que, num corpo que mecanicamente vive, já não exista a pessoa que o possuía.

[...] Sem alma, o nosso corpo nada é. Ele não tem movimento, nem expressão. Hoje, porém, as novas tecnologias são capazes de prolongar os batimentos cardíacos mesmo em um corpo sem alma. Mas, como saber o instante preciso em que a alma deixa o corpo? Ainda não foi criado um protocolo capaz de constatar o momento exato do desenlace entre os componentes material e espiritual do ser humano. Todavia, o enfermo terminal não deve ser levianamente descartado e o crônico não poder ser ignorado. Neste ínterim, o médico é constrangido a tomar decisões num terreno em que a fronteira entre a vida e a morte é imperceptível. Por isso, oro para que os profissionais de saúde não desperdicem vida alguma. Oro também, para que muitas vidas sejam salvas através do transplante de órgãos, porque isso também é praticar o amor cristão.

(Texto extraído da obra "As Novas Fronteiras da Ética Cristã", editora CPAD)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da Revista de Lições Bíblicas Adultos

- Para iniciar o estudo do tema, apliquem a dinâmica “Eutanásia”.
- Ao trabalhar o conteúdo da lição, vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.
Neste momento de exposição do conteúdo, vocês podem utilizar o Método do Debate. O tema é propício para esta metodologia. Leiam o texto pedagógico "Em discussão: O Método do Debate nas aulas da EBD" (postado abaixo).
Tenham uma excelente e produtiva aula!

Atenção! Professores da classe dos novos convertidos:
Vocês encontram sugestões para a revista Discipulando do 1o. ao 4o. ciclo, no marcador "Discipulando", deste blog.
Para a revista 1 e 2 do Discipulado, vocês encontram no marcador "Subsídio Pedagógico Discipulado 1" e "Subsídio Pedagógico Discipulado 2", do currículo antigo. Façam bom proveito!

Dinâmica: Eutanásia
Objetivo: Introduzir o estudo sobre Eutanásia.
Material:
01 pequeno texto para cada aluno(vejam no procedimento)
01 celular ou outro objeto com pilha
Procedimento:
- Entreguem para cada aluno a seguinte situação por escrito:
A bateria do seu celular está descarregada. Então, quando você coloca o celular para carregar, falta energia. E agora? O que eu vou fazer sem celular, sem internet? Ligar a TV não pode, pega o notebook da irmã, que a bateria não funciona mais, mas havia a possibilidade de ligar direto na tomada. Mas, sem energia? Você está sem conexão virtual com o mundo, com as pessoas. Você decide sair de casa e pede para alguém da casa levá-lo para o shopping, mas o controle do portão não funciona.  E agora, como você se sente diante desta situação?
- Orientem para que eles leiam e reflitam sobre esta situação.
- Observem atentamente qual a reação deles e o que eles vão falar sobre isto.
Certamente vão falar que se sentem muito incomodados diante de todos estes problemas devido a falta de energia, principalmente pelo fato de não terem acesso a internet, a conexão com o mundo, com as pessoas.
- Depois, falem: Algo que não era de seu domínio, a falta de energia, pode causar vários transtornos para você, impossibilitando o contato com as pessoas e até dificuldade para sair de casa.
E quando alguém decide por cortar a “energia” de alguém, isto é, o fio da vida, consentindo com a Eutanásia, desconectando-o do mundo e do convívio com seus familiares?
- Em seguida, façam a seguinte demonstração:
Apresentem um celular ligado ou outro objeto que tenha pilha, depois vocês retiram a bateria do celular ou as pilhas do outro objeto.
Falem: É como este objeto que sem a força da energia contida na bateria não funciona, assim é vida de pessoas que estão doentes e que podem ter a vida interrompida intencionalmente.
Aqui foi demonstrado de forma simples o que pode causar a falta de bateria de um objeto e quando isto se relaciona com a vida de uma pessoa?
O doente tem sua “energia cortada, interrompida” pela decisão de alguém, que consente na morte provocada, desligando os aparelhos e por consequência do mundo e das pessoas.
- Perguntem: Isto é justo?
Aguardem o posicionamento dos alunos.
- Em seguida, iniciem o estudo sobre o tema, que certamente devem ser abordados os diferentes posicionamentos sobre a Eutanásia, enfatizando os princípios bíblicos que envolvem o assunto.
Por Sulamita Macedo.


Texto Pedagógico


Em discussão: O Método do Debate nas aulas da EBD

            O Método do Debate ou Discussão em grupo, no aspecto pedagógico, consiste em lançar uma pergunta ou uma proposição polêmica ou instigadora para que os alunos se posicionem contra ou a favor.
             A utilização do debate requer a formulação de um questionamento bem elaborado pelo professor, que provoque nos alunos a participação, fazendo com que eles exponham suas ideias, seus posicionamentos.
            Pode ser usado na introdução de uma aula, para dar início ao estudo de um tema, com o objetivo de analisar vários pontos de vista sobre a situação proposta, partindo das ideias diferentes do grupo, obtendo assim uma aprendizagem cruzada entre os participantes.
            No momento das falas dos alunos, é interessante uma observação atenta, por parte do professor, ao que está sendo debatido, como também manter controle sobre a discussão, pois podem ocorrer alguns excessos verbais e de atitudes, devido a ânimos mais acirrados por parte de alguns alunos, que perdem o equilíbrio e o bom senso no momento de se colocar diante de uma fala contrária a sua.
            Então, é recomendável fazer um alerta para os alunos, antes do início do debate, para que haja respeito ao outro que tem um posicionamento oposto ao seu, lembrando-lhes que o debate não é uma briga, nem um ringue de competição de conhecimento nem de pontos de vista contrários, mas, sobretudo, um momento de estudo sobre um tema, partindo inicialmente das ideias dos alunos. Lembre-lhes da mansidão e temor apontados no versículo de I Pe 3.15: “... estai preparados para responder com mansidão e temor...”.
            É comum num debate que alguns alunos se sobressaiam mais que outros, por ter conhecimento sobre o tema, por ter mais facilidade para expor suas ideias. Então, é importante que o professor estimule os demais alunos a se posicionarem, não deixando que fiquem apenas assistindo, para que não haja um debate entre 02 ou 03 alunos, monopolizando a discussão.
            Existe outra forma de debate conhecida como Discussão em Painel, que consiste em 02 pessoas diante de um grupo se posicionarem, um contra e outro a favor, sobre um tema, enquanto os demais apenas assistem. Depois do debate, poderá ou não haver a discussão com o grupo maior, com intervenção de um líder ou professor. Os debatedores neste caso devem ser comunicados a tempo de se prepararem com antecedência, como também o mediador da discussão deve estar qualificado e ser conhecedor dos pontos de vista diferentes sobre o tema.
            Numa aula de EBD, após o debate, o professor deve expor o que a Palavra de Deus apresenta sobre o problema em discussão. Dessa forma, diante dos argumentos bíblicos, é possível trabalhar de forma equilibrada qual a posição mais acertada diante do tema discutido pelos alunos.
            Alguns cuidados devem ser observados: nem toda lição pode ser utilizado o debate, pois é requerido um assunto no qual haja polêmica. Quando houver um tema que provoque a discussão, elabore uma proposição ou uma pergunta que facilite o entendimento e estimule o debate. Não confunda o método do Debate com o de Perguntas e Respostas.
            O Método do Debate pode ser agregado à aula expositiva, possibilitando a participação do aluno de forma efetiva. Então, que tal utilizá-lo? Para isto, observe as orientações expostas.
Por Sulamita  Macedo.

Pré-aula Jovens Lição 5 - Vivendo uma vida santa

Jovens Lição 05: Vivendo uma vida santa

Revista: Jovens 

2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - VIDA SANTA QUE AGRADA A DEUS
II - O IMPERATIVO DA PUREZA SEXUAL
lII - A SANTIFICAÇÃO EM TODA MANEIRA DE VIVER
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Caracterizar o tipo de comportamento que agrada a Deus;
Refletir a respeito do imperativo bíblico acerca da pureza sexual;
Compreender que a santidade deve abranger todas as áreas de nossa vida.
Palavra-chave: Santidade.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“No capítulo 4 de 1 Tessalonicenses, vemos o início do esforço de Paulo para responder algumas demandas doutrinárias e procedimentais daquela comunidade. Neste momento específico da carta, temos uma profunda reflexão sobre a necessidade de uma vida santa. O contexto politeísta do mundo antigo no qual aquela igreja estabeleceu-se exigia muito mais do que uma simples “troca” de deuses, ou seja, a conversão ao cristianismo implicava uma série de mudanças comportamentais na vida pública e privada.
Ser cristão em Tessalônica acarretava não apenas mudanças litúrgicas, mas também o abandono de todo um repertório sociocultural que tinha a religiosidade como pano de fundo, e, nesse caso, com grande destaque, o orfismo — principal religião mistérica do mundo helênico.
Reflitamos, então, sobre as orientações acerca da vida privada — centradas, aqui, na questão da sexualidade —, assim como naquelas destinadas à vida pública — pautadas na exigência de uma vida proba, desvencilhada das corrupções e abusos aos mais fracos; práticas tão comuns naquele contexto histórico.

I- O Cristão e a Cultura
Existe um modelo de procedimento social a ser adotado por um cristão? O modelo de vida proposto por Paulo aos tessalonicenses para uma comunidade há 2 mil anos ainda tem caráter aplicável na sociedade atual? Ao discutirmos questões relativas à vida em sociedade dos cristãos, devemos pautar-nos em regras ou princípios, atitudes ou conceitos?
Ora, as respostas a essas questões envolvem uma série de comprometimentos conceituais, os quais, por se organizarem como uma cadeia argumentativa, não podem ser assumidos sem levar em consideração aqueles que estão conectados a eles.
Talvez, a questão central em toda essa discussão seja compreender a relação entre cristianismo e cultura, mais especificamente sobre a necessidade de apresentação dos princípios norteadores da cultura cristã e a aplicabilidade dos mesmos à realidade comunitária de cada igreja local.
Se assumirmos o caráter estrutural dessa questão, a necessidade de resposta a algumas das seguintes questões impõe-se: o que é cultura? Existe uma cultura cristã ou apenas pressupostos cristãos que, aplicados a qualquer cultura, ressignificam as práticas culturais vigentes de qualquer sociedade? Diante do multiculturalismo contemporâneo, a defesa de pressupostos supraculturais ainda faz sentido?
Partamos da definição de cultura como tudo aquilo que é realizado pelo homem e não está condicionado pelo biológico. De tal concepção, deriva-se uma inevitável conclusão: apenas o homem produz cultura, uma vez que todos os demais seres vivos estão subordinados as suas determinações genético-biológicas, restritos, assim, aos seus instintos animalescos, a uma determinada região geográfica e modo de vida, por exemplo; o homem, por sua vez, é criador de seus costumes, produtor de seu modo de vida e colonizador de todo o planeta.
Para que se esclareça mais ainda tal definição de cultura, lembremo-nos de que o homem é o único ser capaz de transformar a natureza, enquanto os demais seres apenas se apropriam da mesma do modo como esta lhes é apresentada. Criamos objetos para superar nossas limitações biológicas. Com o avanço da tecnologia, somos capazes de, inclusive, por meio de substâncias que produzimos ou transformações que realizamos em nós mesmos, alterar condicionamentos naturais — pensemos em cirurgias para implantes de córneas, utilização de próteses para substituição ou melhoramento de membros ou órgãos, etc. Sobre essa concepção de cultura como elemento constitutivo e construtivo do homem, afirma-nos Laraia:
O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquiridos pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas não são, pois, o produto da ação isolada de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma comunidade. (LARAIA, 2008, p.48)
Pode-se, no entanto, restringir o conceito de cultura ao conjunto de práticas significantes produzidas por uma determinada coletividade. De acordo com essa definição stricto sensu de cultura, podemos entender que cada comunidade, em períodos de tempo específicos, produziu uma série de conhecimentos, artes, costumes e rituais — em suma, cultura — que só pode ser entendido a partir de uma vivência interna à própria comunidade. Desse modo, um simples observador externo será incapaz de compreender determinadas práticas culturais; no máximo, será capaz de avaliá-las somente a partir de seu prisma cultural particular, deformando, assim, o significado de certo conjunto de ações próprio de uma sociedade.
A pergunta que persiste é: como definir uma cultura cristã? Falando em termos sociológicos, seria mais exato falar sobre a cultura da comunidade cristã em Tessalônica. Ou seja, as práticas culturais da Igreja em Tessalônica provavelmente serão distintas daquelas vivenciadas na comunidade cristã em Corinto, por exemplo, apesar de ambas serem coletividades que se guiam religiosamente de acordo com a orientação cristã.
É por isso que Paulo não criticará, especificamente, a alimentação onívora ou vegetariana dos grupos em conflito na Igreja de Roma, mas, antes, exortará que, acima das questões gastronômicas — e é simplesmente neste nível que elas são definidas pelo apóstolo —, estejam o amor ao próximo e a misericórdia para com os mais frágeis na fé. A discussão que se concentra na questão da liberdade e tolerância materializa-se por meio de uma celeuma cultural (Rm 14) . Acerca de uma abordagem bíblico-teológica sobre a cultura, defende Schwambach:
Se lermos o AT e o NT, vamos ver que a realidade do pecado corrompeu os seres humanos e tudo o que eles pensam, falam, fazem, constroem, inventam etc. Isso significa que toda a produção cultural da humanidade está afetada pela realidade do mal, da queda, do pecado. O exercício de qualquer profissão, o ensino em todos os níveis, toda a ciência, toda a tecnologia, toda política, toda a arte, mas também todos os tipos de pensamento humano — toda a elaboração filosófica, ideológica, cultural e até mesmo religiosa... Nenhuma dessas realidades ficou sem ser atingida pela trágica realidade da queda. (SCHWAMBACH, 2011, p.32,33)
Segundo esses critérios, parece ser mais coerente falar de princípios supraculturais com relação ao cristianismo. A defesa daquilo que seria o conceito de “cultura cristã” — abstraída de toda materialidade e intersubjetividade social — implicaria na aceitação de que tal produção cultural é fruto da ação humana que, ao longo dos séculos, por tradição, foi transmitida às gerações seguintes. Sem dúvida alguma, o cristianismo e seus pressupostos culturais são muito mais que uma elaboração humana, limitada ao gênio de uma determinada comunidade e seus membros.
Outro argumento que nos auxiliará a rejeitar a ideia de uma “cultura cristã” entendida como elemento produzido pontualmente em certo ponto da história é o de que a produção cultural é algo extremamente dinâmico, movido pelas transformações políticas, econômicas e sociais, atualizando-se continuamente conforme as interações internas e externas de cada povo. Ora, se as verdades cristãs que seguimos são eternas, logo estas não podem ser um produto exclusivo da dinâmica social de uma comunidade.
Infelizmente, o que se percebe é que, ao longo dos séculos, práticas culturais pertencentes a comunidades específicas foram impostas a outras coletividades humanas sob o pretexto de serem parte de um conceito abstrato de “cultura cristã”. Esse tipo de processo de violência simbólica é que se denomina de etnocentrismo — a defesa da imposição de aspectos culturais de um povo sobre outro de modo coercitivo e cruel.
É necessário, entretanto, reconhecermos que algumas práticas culturais adotadas por certos povos colidem frontalmente com os princípios cristãos, de tal forma que o papel da evangelização cristã nessas comunidades será o de promover não apenas redenção individual, mas também a transformação coletiva; não apenas salvação pessoal, mas também a restauração sociocultural.
Sobre essa delicada questão, os elaboradores do relatório sobre a questão da cultura do movimento de Lausanne afirmam: 
A conversão não deve “desculturalizar” o convertido. Na verdade, como temos visto, sua lealdade agora pertence ao Senhor Jesus, e todas as coisas do seu contexto cultural devem submeter-se ao escrutínio do Senhor. Isso se aplica a toda a cultura, não somente às culturas hindu, budista, islâmica ou animista, mas também à cultura cada vez mais materialista do Ocidente. A crítica pode produzir uma colisão, à medida que elementos da cultura forem submetidos ao juízo de Cristo e tiverem de ser rejeitados. Nesse ponto, como reação, o convertido pode tentar adotar a cultura do evangelista em lugar da sua. Deve-se resistir firme, mas carinhosamente a essa tentativa. Dever-se-ia estimular o convertido para que visse suas relações com o passado como uma combinação de ruptura e continuidade. Por mais que os novos convertidos sintam que precisam renunciar por amor de Cristo, ainda são as mesmas pessoas, com a mesma herança e a mesma família. “A conversão não desfaz; ela refaz.” É sempre trágico, embora seja às vezes inevitável, quando a conversão da pessoa a Cristo é interpretada por outros como traição às suas origens culturais. Se possível, a despeito do conflito com sua cultura, os novos convertidos deveriam procurar identificar-se com as alegrias, esperanças, dores e lutas de sua cultura própria. (LUZBETAK, 1985, p.34)
Percebe-se, assim, que a busca incessante de cada comunidade cristã local deve ser alinhar suas tradições e costumes ao crivo dos pressupostos da cruz, os quais são eternos, supraculturais e constitutivamente promotores da bondade e da justiça. Somente uma abordagem nesse nível poderá ajudar-nos a fugir do falso dilema do relativismo cultural de um mundo multiculturalista.
As múltiplas culturas podem e devem coexistir pacificamente entre si. O que é inaceitável é o fato de que atos de violência — seja esta simbólica ou física — sejam defendidos como tradições culturais respeitáveis. Tudo aquilo que subjuga o outro sem conceder-lhe qualquer oportunidade de escolha diferente, expropriando-lhe a humanidade e condicionando sua existência à reificação deve ser totalmente rejeitado e combatido.
Paulo, os Tessalonicenses e o Padrão de Vida Cristão
Uma vez tendo sido realizado tal esclarecimento sobre o papel da cultura e sua relação com o cristianismo, ficam mais claras as orientações paulinas à comunidade tessalonicense. A preocupação de Paulo repousava na necessidade de esclarecer àqueles novos cristãos que alguns elementos de suas práticas culturais não eram próprios de execução para alguém que experimentou um novo nascimento, uma vez que tais atitudes estavam inteiramente ligadas a práticas idolátricas.
Um dos possíveis exemplos a serem apresentados sobre essa relação das práticas socialmente regulares entre os tessalonicenses, porém reprováveis segundo o padrão do cristianismo, é àquele que remete ao uso do vinho nas celebrações antigas. Segundo Almeida (2014, p.27): “As orgias em torno do vinho na Ásia Menor e na Palestina — os tabernáculos, solenidades dos cananeus, eram, originalmente, orgias ao estilo dos bacanais — foram marcadas por estados idênticos de êxtase aos das orgias em torno da cerveja na Trácia e na Frígia.”
Rituais celebrativos do culto dionisíaco  — os quais possuíam um calendário anual de, pelo menos, três grandes festejos públicos anualmente — estavam intrinsecamente associados a práticas sexuais. Cultos centrados no conceito de fertilidade da terra que estavam interligados ao uso do corpo como oferenda às divindades, por meio de danças, orgias e possessões, era algo muito comum naquele contexto histórico.
Dessa maneira, o que temos na fala de Paulo no início do capítulo 4 de 1 Tessalonicenses é a determinação de um sintoma que caracterizava a sociedade em Tessalônica: a violência. Em virtude da forte tradição do dionisismo que se desenvolveu naquela comunidade, os indivíduos não conseguiam perceber que a objetivação de seres humanos — especialmente de mulheres, com relação à sexualidade — é um dos mais degradantes atos de subjugação. Por isso, o que Paulo faz nesse momento de seu ministério é denunciar elementos de injustiça e dominação que operavam em Tessalônica sob o pretexto de piedade religiosa.
Como se pode perceber, a exortação paulina à santidade na sua epístola aos tessalonicenses, quando devidamente contextualizada, ganha outras conotações que vão além de um mero ascetismo cristão. As preocupações de Paulo com aquela jovem comunidade estavam diretamente ligadas à urgente necessidade de cada indivíduo perceber a completa incompatibilidade que havia entre o culto a Cristo Jesus e às celebrações, por exemplo, a Dioniso-Osíris.
A problemática da prostituição — para além de todo o debate estabelecido por Paulo em outros textos — está relacionada em Tessalônica à questão das possessões dionisíacas durante os bacanais . A devassidão sexual, sendo prática condenável em si mesma segundo a ótica cristã, estava diretamente associada às potestades que envolviam os cultos dionisíacos. Alertar a cada um possuir seu vaso em santificação e honra (1 Ts 4.4) envolve diretamente a necessidade de manter o corpo em separação exclusiva para Deus.
Perceba, no entanto, que a dedicação religiosa do corpo a Jesus Cristo no culto cristão significa algo completamente diferente daquilo que a possessão dionisíaca produz. Enquanto Dioniso bestializa seus adoradores — conduzindo-os ao completo descontrole, aos seus instintos mais baixos e à perda da consciência de si —, a consagração do corpo ao Senhor Deus implica domínio próprio, adoração consciente e profundo autoconhecimento — produzido pelo entendimento da fragilidade constitutiva de tudo aquilo que é humano.
A santidade de Deus em nossas vidas conduz-nos, muitas vezes, a um padrão de sociabilidade que, de várias maneiras, transcende as convenções sociais convenientemente aceitas, porém moral e espiritualmente reprováveis. Assumir-se cristão em Tessalônica implicava em enfrentar a fúria dos seguidores de César, Baco, Osíris e de tantos outros seres e deuses que dominavam a cena política e religiosa daquela cidade.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

- Depois, apliquem a dinâmica “Em cima do muro?”
- Agora, trabalhem o conteúdo da lição.
Ao trabalhar o conteúdo da lição, vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.
Tenham uma excelente e produtiva aula!

Dinâmica: Em cima do muro?
Objetivo: Refletir sobre a necessidade de um posicionamento quanto à santificação.

Material:
01 caixa
01 chocolate ou bala para cada aluno
Versículo digitado: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”(1 Pedro 1:15).
01 grampeador
Procedimento:
Antes da aula:
Prendam o versículo no chocolate utilizando o grampeador
Coloquem dentro da caixa
Na aula:
- Apresentem uma caixa, não falem o que tem dentro.
- Façam um certo suspense e depois perguntem se alguém tem coragem de colocar a mão dentro caixa.
Façam uma contagem, escrevendo a quantidade dos:
Que vão colocar a mão dentro da caixa
Que não vão colocar a mão dentro da caixa
Que estão indecisos
É interessante que haja estes 03 tipos de pessoas.
- Depois, peçam para que os alunos que decidiram colocar a mão dentro da caixa, para que com cuidado ponham a mão dentro dela.
Isto deve acontecer com todos os alunos que responderam afirmativamente. Orientem para que não falem sobre o que pegaram.
Neste momento, pode acontecer de algum aluno desistir. Tente convencê-lo, mas se houver resistência, não insista.
- Falem: Nesta atividade, vocês tiveram 03 posicionamentos. Dessa mesma forma, as pessoas possuem 03 ações diferentes quanto a santificação. Uns escolhem uma vida de santidade, outros não querem e outros ficam indecisos, cambaleantes. Mas, Deus requer de nós um posicionamento quanto a uma vida de santidade.
- Para concluir, abram a caixa e entreguem para eles um chocolate, com um versículo fixado com grampeador: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”(1 Pedro 1:15).
Por Sulamita Macedo.

Pré-aula Juvenis Lição 05: Aborto, a Morte de Inocentes

Juvenis Lição 05: Aborto, a Morte de Inocentes

Revista: Juvenis 15 e 17 anos
2º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O ABORTO
2. TIPOS DE ABORTO
3. O QUE DIZEM OS DESENSORES?
4. POR QUE A IGREJA É CONTRA?

OBJETIVOS
Compreender porque somos contra o aborto;
Conhecer alguns tipos de aborto;
Reafirmar nossa posição em favor da vida.

Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos tratar em sala de um assunto muito sério: aborto! Para tal, sua revista já disponibilizou roteiro para uma abordagem clara e objetiva, as explicações necessárias, sugestões de interações no decorrer da aula e subsídios que lhe darão ainda mais suporte.

 Evidentemente, estes recursos não impedem que você amplie sua pesquisa e criatividade ao lecionar. Com foco nesses objetivos estabelecidos, você pode enriquecer ainda mais a sua aula, levando matérias atualizadas sobre os dados de mulheres mortas em clínicas de aborto clandestinas no Brasil, projetos de lei que visam a sua descriminalização, etc.

Todo este conteúdo teórico é muito importante, sobretudo, para que os juvenis tenham bases sólidas para argumentarem sobre sua posição, especialmente ao entrarem em uma universidade, onde essa temática é ainda mais abordada, seja em classe ou nos corredores fora dela.

Contudo, também sugerimos propor um aprofundamento emocional sobre o assunto. Afinal, estamos falando da vida humana, tanto da mãe, quanto do bebê. Assim, os números, índices, ganham forma e causam um impacto ainda maior e tão importante a serem considerados ao se conversar sobre “aborto”.

Portanto, sugerimos que você procure entre os seus conhecidos (podem ser membros da própria igreja) testemunhos de pessoas que souberam que seriam abortadas, seja devido à recomendação médica por suspeita de grave problema de saúde, risco de morte da mãe, situação financeira ou psicológica problemática, estupro ou tantas outras possibilidades. Combine que ela esteja presente no dia da aula para contarem suas histórias aos juvenis e dizerem o quanto são gratas a Deus por não terem sido abortadas.

 Você também pode contar a história resumida de algumas personalidades famosas que certamente todos os seus alunos conhecem e seriam abortadas por suas mães; pessoas brilhantes, que colaboram com a humanidade, cada qual em sua área. Muitas inclusive tronaram-se colaboradoras de diversas instituições de ajuda humanitária, até mesmo algumas pró-vida e contra o aborto. Afinal, do que adianta se posicionar contra o ato e não ajudar em nada para proporcionar uma vida digna à criança sobrevivente?!

 Neste site você encontra alguns exemplos de celebridades que vivenciaram essa experiência, mas graças a Deus suas mães optaram por mantê-las, lhes permitindo a dádiva da vida: https://www.feedclub.com.br/famosos-que-quase-foram-abortados/9/

 Finalize a aula questionando aos seus juvenis o que podemos fazer, enquanto representantes de Cristo nessa terra, não apenas para impedir abortos clandestinos que causam tantas mortes e seqüelas de mães e crianças no nosso país, mas também ajudá-los a ter uma vida digna.

 Ore com sua classe por essas famílias desesperadas que hoje pensam no aborto como uma possibilidade, por outras que já o praticaram e adoecem em culpa e remorso por tal ato (que possam encontrar em Cristo o arrependimento e perdão para vida eterna) e ainda pelas que não o fizeram e passam necessidades para criar filhos deficientes ou em extrema pobreza.

 Que a Igreja do Senhor possa ser luz, de fato e de verdade, não apenas em palavras, discurso e leis, mas também em ação, semeando o genuíno amor de Cristo nessas vidas e sociedade, na prática, como o próprio Jesus fazia.

       O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD


- Para iniciar o estudo do tema, utilizem a dinâmica “A Vida por um fio”.
- Depois, apresentem o conteúdo da lição, acrescentando o que diz o Código Penal e a Constituição Brasileira e os projetos de lei a favor do aborto que estão no Congresso Nacional.
Tenham uma excelente e produtiva aula!

Dinâmica: A Vida por um fio
Objetivo: Iniciar o estudo sobre o aborto.
Material:
01 tesoura
01 novela de linha ou cordão
Procedimento:
- Organizem a turma em círculo. O condutor da dinâmica deve ficar dentro do círculo.
- Depois, apresentem as seguintes orientações:
Com este novelo de linha ou cordão não vamos forma uma teia, mas um círculo, onde cada pessoa tem o cordão enrolado no dedo indicador da mão esquerda e direita.
O primeiro aluno enrola o cordão no dedo indicador da mão esquerda.
Depois, ele passa o novelo de cordão para o colega da direita, que enrolará o cordão no dedo indicador da mão direita do colega da esquerda e em seguida no seu e continua com o mesmo procedimento, até que todos estejam com 02 dedos enrolados com o cordão.
Deve haver um espaço de cordão entre uma mão e outra de mais ou menos 40 cm.
- Depois, falem: Este cordão representa o fio da vida.
- Com uma tesoura na mão, o condutor da dinâmica deve cortar o fio da vida de alguns alunos. Para tanto, corte o cordão entre as duas mãos do aluno.
- Falem: Aqui, simbolicamente cortamos o fio da vida de vários colegas. Mas, uma mulher grávida decide por cortar o fio da vida de um ser indefeso e inocente, provocando um aborto, exterminando uma vida, que somente Deus pode tirá-la.
Por Sulamita Macedo