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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Jovens Lição 8 - A Obra Salvífica do Senhor Jesus Cristo
terça-feira, 15 de maio de 2018
Pré-aula Jovens Lição 08 - A vida cristã e a estima pela liderança
Jovens Lição 08: A vida cristã e a estima pela liderança
Revista: Jovens
Professoras e professores, observem estas orientações:
1 – Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Dirijam-se aos alunos, chamando-os pelo nome, para tanto é importante uma lista nominal para que vocês possam memorizar.
- Perguntem como passaram a semana.
- Escutem atentamente o que eles falam.
- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
2 - Este momento não é uma mera formalidade, mas uma necessidade. Ao escutá-los, vocês estão criando vínculo com os alunos, eles entendem que vocês também se importam com eles.
Outro fator importante para estabelecer vínculos com os alunos é através das redes sociais, adicionem os alunos e mantenham comunicação com eles.
3 - Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email ou pelas redes sociais,deixando uma mensagem “in box” dizendo que sentiu falta dele(a) na EBD).
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
4 – Escolham um momento da aula, para mencionar os nomes dos alunos aniversariantes, parabenizando-os, dando-lhes um abraço, oferecendo um versículo.
5 – Fazendo o que foi exposto acima, somando-se a um professor motivado, associando a uma boa preparação de aula, com participação dos alunos, vocês terão bons resultados! Experimentem!
6 – Agora, vocês iniciam o estudo da lição. Vejam estas sugestões:
- Apresentem o título da lição: A vida cristã e a estima pela liderança.
- Depois, utilizem a dinâmica “Liderança x Cooperadores”.
- Agora, trabalhem o conteúdo da lição.
Ao trabalhar o conteúdo da lição, vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.
- Para concluir, apliquem a dinâmica
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Liderança x Cooperadores
Objetivo: Refletir sobre a importância da liderança e os cooperadores.
Material:
01 bexiga para cada aluno
Local de realização: Adequado para o uso de bexigas, não é bom que seja dentro do templo, pois vai chamar a atenção de outras classes.
Procedimento:
- Distribuam 01 bexiga para cada aluno e peçam para que encham e deem um nó para o ar não escapar.
- Solicitem para que fiquem em círculo e joguem as bexigas para cima.
- Em seguida, comecem a retirar alguns alunos do círculo, mas suas bexigas permanecerão.
- Retirem mais pessoas e deixem as bolas para que as que permaneceram tentem controlar todas as bolas.
- Continuem retirando até deixar uma pessoa.
- Não se preocupem quando os alunos começarem a reclamar, incentive-os a continuar lutando para dominar todas as bolas, até que eles percebam que não conseguem e parem.
- Façam uma reflexão sobre a atividade, apontando para a importância da cooperação de todos, enfatizando que o líder necessita de outros para poder trabalhar de forma exitosa.
Paulo, o líder, precisou de dois cooperadores, Timóteo e Epafrodito, preparados e capacitados para o serviço. Sigamos pois este exemplo(Fp 2. 19 e 25).
Moisés também precisou de colaboradores que tinham propósitos comuns, vejam:
“E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs” (Ex17. 11 e 12).
Ideia original desconhecida.
Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.
terça-feira, 8 de maio de 2018
Pré-aula Lição 07: Nossa esperança na vinda do Senhor
jovens Lição 07: Nossa esperança na vinda do Senhor
Revista: Jovens
2º Trimestre de 2018
Introdução
I - OS TRÊS OBJETIVOS DOS ESCLARECIMENTOS ESCATOLÓGICOS
II - VERDADES RELACIONADAS À VINDA DO SENHORIII - OS JOVENS DE HOJE PRECISAM PENSAR SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS?
I - OS TRÊS OBJETIVOS DOS ESCLARECIMENTOS ESCATOLÓGICOS
II - VERDADES RELACIONADAS À VINDA DO SENHORIII - OS JOVENS DE HOJE PRECISAM PENSAR SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS?
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da necessidade do debate escatológico na igreja hoje;
Apresentar três verdades a respeito da vinda do Senhor em 1 Tessalonicenses;
Demonstrar a relevância da discussão escatológica entre o público jovem.
Refletir a respeito da necessidade do debate escatológico na igreja hoje;
Apresentar três verdades a respeito da vinda do Senhor em 1 Tessalonicenses;
Demonstrar a relevância da discussão escatológica entre o público jovem.
Palavra-chave: Escatologia.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“Paulo é um escritor muito atento ao seu tempo; não é à toa que, quando esteve entre os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, o apóstolo utilizou de toda sua retórica, certamente advinda de sua formação educacional num contexto romano. Agora, escrevendo aos tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser encarada de forma complexa, pois, em virtude da presença do forte politeísmo existente ali naquela cidade e com muito mais atenção à questão do orfismo e do culto a Dioniso, Paulo precisa esclarecer bem os tessalonicenses sobre problemas escatológicos.
Reflitamos, então, sobre a abordagem acerca das coisas futuras presente em 1 Tessalonicenses, tomando como pano de fundo a informação de que, por influência de sua tradição cultural, aqueles irmãos já possuíam crenças sobre ressurreição, vida post mortem, num conceito de parusia, etc., todas atreladas à veneração das divindades ali reverenciadas.
Sendo a cidade de destaque na região da Macedônia — considerada por alguns como a “segunda Roma”1 —, Tessalônica abrigava uma infinidade de tradições e práticas cúlticas. Havia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana; na verdade, instalou-se naquela cidade um conjunto de ações religiosas sincréticas, chegando ao ponto de construir-se naquela cidade um templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios 2.
As divindades reverenciadas majoritariamente em Tessalônica até antes do primeiro século da era cristã eram Apolo, Atena e Hércules. Todavia, já no contexto da escrita da carta, as religiões mistéricas, assim como o culto a Dioniso, Asclépio e Deméter, ganharam grande espaço no seio daquela comunidade. Como nos afirma Ramos:
O mundo religioso de Tessalônica “compilava” religiões estrangeiras juntamente com os cultos locais. As evidências históricas que nos chegam falam-nos da adoração ou veneração de muitos dos deuses do panteão grego, tais como: Zeus, Apolo, Atena, Héracles, Afrodite, Deméter, Perséfone, Poseidon, Pan (Fauno) e Hades, entre outros. Várias divindades gozavam, em Tessalônica, de uma proeminência especial, destacando-se, neste sentido, Cabirus [...], Dionísio e os deuses Egípcios, aos quais também nos referiremos. (RAMOS, 2014, p.32)
Ao tomarmos conhecimento desse aspecto histórico da comunidade em Tessalônica, podemos refletir no enorme desafio missionário que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade. Se o anúncio das Boas-Novas não houvesse sido feito debaixo da orientação e graça divinas, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética dos tessalonicenses.
É por isso que a conversão daqueles irmãos constitui-se como um enorme milagre em si mesmo. Em primeiro lugar, porque o anúncio do amor sacrificial de Jesus, que, literalmente, se entregou pela humanidade, foi capaz de tocar os corações entenebrecidos dos tessalonicenses a ponto de estes acreditarem na mensagem salvífica.
É necessário lembrar que havia todo um repertório de histórias fantásticas associadas aos deuses que eram cultuados ali. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus de Nazaré, aquela população poderia identificá-la apenas como mais uma narrativa mítica dentre várias contadas e recontadas naquela cidade. O poder da Palavra, todavia, fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos.
A proximidade temporal, de menos de 30 anos, corroborou para o estabelecimento do cristianismo entre os tessalonicenses. A verdade do evangelho ante a ficcionalidade dos mitos greco-romanos constituiu-se como o alicerce para edificar uma igreja viva e dinâmica naquela região culturalmente politeísta.
Outro enorme desafio enfrentado por Paulo para concretizar o discipulado dos tessalonicenses era a naturalidade com que estes entendiam o sincretismo religioso. Uma vez sendo o discurso dos missionários cristãos apresentado àquela comunidade, corria-se o risco de que o mesmo fosse apenas assimilado e associado às outras práticas religiosas já vigentes.
Entre os cultos e exercícios espirituais praticados em Tessalônica, havia vários conceitos que poderiam muito bem ser equiparados ao do recém-chegado cristianismo. Coube a Paulo e a sua equipe, no pouco tempo que lhe foi possível ficar ali, defender a necessidade de um exclusivismo cúltico para Jesus. Diferentemente dos deuses do paganismo egípcio-greco-romano que os tessalonicenses estavam acostumados, a adoração a Jesus Cristo exigia separação e consagração total.
Diante de um choque de realidade tão grande, a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado era muito grande. Contudo, o efeito foi muito eficaz na vida de uma parcela considerável de pessoas de Tessalônica. Houve uma significativa adesão, e, como o próprio apóstolo testemunha, os tessalonicenses converteram-se dos ídolos a Deus (ver 1 Ts 1.9).
A variabilidade cúltica impunha-se a Paulo como um enorme desafio a ser superado, uma vez que a religiosidade, como se sabe, transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associando-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo.
Dessa forma, não bastava anunciar Cristo como salvador das almas — o orfismo muito difundido em Tessalônica já fazia isso. Era necessário demonstrar que Jesus mudava o modo de viver das pessoas. Daí, tantas orientações práticas que se podem encontrar no curso de todas as duas epístolas.
Feitas as devidas contextualizações histórico-sociais, as palavras apostólicas sobre as últimas coisas ganham maior significância. É claro que o texto paulino tem muito a falar-nos hoje; todavia, ao buscarmos a compreensão pormenorizada da situação dos tessalonicenses, alguns detalhes da fala de Paulo ganham mais clareza.
Não é pelo auxílio de nenhuma divindade helênica que esperamos, mas, sim, pelo socorro bem presente de Cristo. A ressurreição de nosso Senhor não foi um ato misericordioso de um deus que se envolveu em escândalos conjugais, mas a prova material da vitória sobre a morte. A chegada triunfal de Jesus, o Senhor, superará em glória e majestade a parusia do mais destacado governante humano. Não haverá alegria tal como no encontro, isto é, naapantesis, da Igreja com seu único e verdadeiro Rei. Ali, eternamente no Reino celeste, haverá uma verdadeira paz que não passará.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
- Para concluir, apliquem a dinâmica “Arrumando a mala”.
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Arrumando a Mala
Objetivo: Refletir sobre a necessidade de estar preparado para a Vinda de Jesus.
Material:
02 cartolinas
02 pincéis atômicos.
Procedimento:
- Escolham dois alunos e falem: Vocês ganharam uma passagem aérea para Paris e o voo será daqui a uma hora.
- Digam: Vocês tem 01 minuto para “arrumar a mala”.
- Mostrem a mala, que será representada pelo quadro ou a cartolina.
- Solicitem para que eles escrevam os nomes dos objetos que irão levar.
- Cronometrem o tempo não deixem passar nenhum segundo e em seguida peçam para que parem de escrever.
- Várias situações podem acontecer:
1 - Pelo pouco tempo, os 02 alunos não conseguirem arrumar a mala.
2 - Mesmo tendo pouco tempo, os alunos conseguirem arrumar a mala, colocando objetos de mais necessidade.
3 - Os alunos recusarem arrumar a mala, porque considera difícil arrumá-la em pouco tempo.
Observação: Qualquer que seja o resultado, há lições a serem extraídas quanto ao tema da Vinda de Jesus.
- Falem: Vamos estudar sobre a Vinda de Jesus e este resultado pode nos remeter a preparação do crente para o arrebatamento que será num abrir e fechar de olhos.
Vejamos:
Para a situação 01: Não se prepararam para o Arrebatamento, negligenciou suas ações no tempo para a preparação.
Para a situação 02: Prepararam-se no tempo certo para o Arrebatamento, observou o tempo e as ações.
Para a situação 03: Recusaram-se o momento de preparação para o Arrebatamento, mesmo tendo sido avisado para se organizarem.
- Falem: O importante é que todos estejam preparados para o encontro com Jesus no Arrebatamento.
- Para finalizar, falem: O estudo sobre a vinda de Jesus é o tema da lição de hoje.
- Então, comecem o estudo da lição.
Ideia original desconhecida.
Esta versão por Sulamita Macedo.
fonte:http://atitudedeaprendiz.blogspot.com.br/
terça-feira, 1 de maio de 2018
Pré-aula Jovens Lição 06 - Vivendo amorosa e honestamente
Jovens Lição 06: Vivendo amorosa e honestamente
Revista: Jovens
2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - QUANTO AO AMOR FRATERNAL
II - VIVENDO POR FÉ, TRABALHANDO COM HONRA
III - SOBRE O CRISTÃO E SEUS NEGÓCIOS
CONCLUSÃO
I - QUANTO AO AMOR FRATERNAL
II - VIVENDO POR FÉ, TRABALHANDO COM HONRA
III - SOBRE O CRISTÃO E SEUS NEGÓCIOS
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da necessidade do amor em nossas vidas;
Apresentar o trabalho como uma necessidade para cada cristão;
Demonstrar o padrão bíblico com relação ao nosso comportamento social.
Apresentar o trabalho como uma necessidade para cada cristão;
Demonstrar o padrão bíblico com relação ao nosso comportamento social.
Palavras-chave: Amor e honestidade.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“Na lição de número 6, discutiremos a respeito da vivência do amor de Deus na comunidade em Tessalônica e, também, sobre a exortação paulina com relação à necessidade de desenvolvimento de uma vida honesta e simples. Essas duas temáticas são muito caras a Paulo na escrita desta epístola e extremamente atuais se levarmos em consideração os princípios que orientam a sociedade contemporânea. Busquemos, nas instruções de Paulo a Tessalônica, fundamentos que nos possam ajudar a experimentar o verdadeiro amor de Deus em meio a uma geração ímpia e corrupta.
O Amor como Alicerce da Comunidade Tessalonicense
Não existe outra maneira de experienciar o amor senão por meio de uma relação íntima e profunda com Deus. Ele é a fonte primária do amor; por isso, toda vivência comunitária de amor também passa por uma ação direta do Criador.
No texto em 1 Tessalonicense 4.9, ao tratar sobre a excelência da fraternidade dos tessalonicenses entre si e, também, destes para com todas as comunidades no entorno daquela cidade, Paulo esclarece que não há qualquer necessidade de orientação externa, uma vez que o testemunho de Timóteo e das igrejas circunvizinhas apontava para a maturidade do amor daqueles novos irmãos.
Há um detalhe bastante importante nesse mesmo versículo: no início da frase, Paulo elogia o “amor fraternal” dos tessalonicenses — termo este compreendido morfologicamente como um substantivo. Já no final da sentença, ao falar sobre a prática dessa amabilidade que se destacava naquela igreja, o apóstolo não utiliza um verbo derivado de φιλαδελφία para definir a relação de amor entre aqueles irmãos, mas, antes, o verbo ἀγαπάω. A vida em fraternidade testemunhada em Tessalônica era fruto direto do amor pleno que emana exclusivamente de Deus para os homens e da humanidade redimida para aqueles que ainda estão em obscuridade.
O amor, como demonstra o apóstolo nesse texto, é a mais intuitiva das virtudes cristãs; em outras palavras, se a compreensão daquilo que seja domínio próprio, perdão ou mesmo paciência é algo que demanda um conjunto de conhecimentos prévios, a experiência do amor, no entanto, é algo absolutamente natural para aquele que vivenciou a graça da salvação em Cristo.
Não é possível aprender a amar em um curso de cinco passos, muito menos por meio de um best-seller de autoajuda. O entendimento do amor advém da obra da salvação presente em cada um daqueles alcançados pelo evangelho de Cristo. Ao invés de um investimento pessoal ou coletivo numa compreensão exclusivamente teorética do amor, precisamos vivenciar uma existência cotidiana do amor sob a orientação do Pai.
Uma humanidade afastada de Deus e atravessada pela tragédia do pecado estruturalmente assimilado é incapaz de crer no amor. Por isso, o que muito se observa na sociedade atual são ações de autopromoção, práticas de desencargo de consciência e, até mesmo, constrangimento moral. Contudo, nada disso é a verdadeira manifestação do amor, a qual é mediada exclusivamente pela operação do Espírito Santo no coração daqueles que reconhecem Jesus Cristo como o Senhor.
Ora, percebamos a aparente contradição: Os tessalonicenses eram perseguidos, novos conversos e uma comunidade sem um pastor; todavia, eles eram abundantes no amor uns para com os outros e também para com aqueles que não eram de seu círculo comunitário. De fato, não há qualquer absurdo aqui; na verdade, foi o amor que vinculou cada um daqueles irmãos à causa de Cristo. Sem a conectividade produzida pelo amor que vem de Deus, aquela jovem igreja certamente não se manteria una em meio a tantas oposições e perseguições.
Esse parece ser o melhor caminho para a prosperidade de qualquer comunidade local hoje. Em um tempo de crise institucional-religiosa como o nosso, líderes e igrejas estão, de maneira desesperada, em busca de fórmulas mágicas para a superação de seus dilemas particulares. Fundamentar todas as suas ações no alicerce do amor, assim como fizeram os cristãos tessalonicenses, é, sem dúvida, a melhor atitude a ser adotada por cada um de nós.
O Caráter Contagiante do Amor
O amor é, com muita naturalidade, a instância existencial mais desacreditada pela sociedade contemporânea; é claro, porém, que tal rejeição possui uma justificativa lógica. Vivemos num modelo social anticomunitário; somos um amontoado de pessoas, mas cada um está preso as suas ambições e desejos individualistas.
A cibercultura, componente inegável de nosso mundo atual, tem contribuído, direta e paradoxalmente, para o afastamento das pessoas. Deve-se entender como uma incongruência esse nexo causal entre cibercultura e atomização dos indivíduos, pois o discurso que se propagandeia associado aos mecanismos de comunicação em massa atrelados à Internet é o de que eles foram criados para facilitar a comunicação e interação interpessoal.
Entretanto, não é essa a constatação empírica que percebemos na realidade. A Internet — e, de maneira mais específica, as redes sociais — torna-se cada vez mais num ambiente de isolamento dos indivíduos e seus discursos. Ora, num esforço para dar a cada indivíduo a tão prometida visibilidade universal — objeto de desejo incessante da maioria das pessoas hoje — a Internet fez com que todos pudessem falar o que quisessem, o quanto desejassem e da maneira como melhor acreditassem.
Em tempos de culto à imagem de si mesmo, cada um agora tem sua própria tela de projeção pessoal (Youtube), por meio da qual pode criar as histórias de si e para si o quanto quiser. Numa sociedade onde as grandes obras da literatura mundial estão sendo relegadas ao esquecimento, qualquer indivíduo pode escrever um livro contando sua história particular (Facebook), a qual, sob seu controle, sempre enaltece seu personagem principal. Em última análise, as pessoas nem se comunicam mais; elas apenas, de modo animalesco, emitem seus grunhidos (Twitter) umas às outras.
Como consequência dessa ilusória liberdade de dizer e de ser visto, temos um culto ao monólogo, onde as pessoas falam sozinhas sobre o que acham, desejando que outros indivíduos concordem com elas, compartilhem, curtam, façam views de suas opiniões, sendo que, na maioria dos casos, a fala do outro, o ponto de vista do outro e até mesmo os argumentos do outro são sufocados pela preocupação mesquinha de cada indivíduo consigo mesmo.
Todos querem ser vistos e ouvidos, mas quem deseja acolher e compreender o outro? Pouquíssimas pessoas. Instalou-se, assim, um culto ao individualismo. O suposto amor que se encerra em si é, na verdade, narcisismo ou, até mesmo, idolatria. Essa é a maior sofisticação da operação do erro na contemporaneidade: “Por que preciso da imagem de outro ser se posso cultuar a minha?”, “Por que devo ajoelhar-me diante do altar de outro personagem se posso prostrar-me diante de mim mesmo?”, “A quem oferecer glórias se a vanglória a mim direcionada satisfaz meu ego?”.
É por isso que o amor não tem espaço nessa sociedade, pois, enquanto categoria constitutiva do ser divino, o amor implica doação. Ora, não se doa nada a si mesmo; para algo ser oferecido, é necessária a existência de um alguém a quem se dedique aquilo que se está a oferecer.
O amor não cabe em si mesmo; não pode conter-se num único ser. Por isso, o universo foi criado em amor, como que pelo transbordamento de Deus no cosmos. A constatação de que se vive em amor é alcançada a partir do momento em que se compreende que não se deve viver apenas em si ou para si, pois se precisa, de modo concreto, do outro.
Os surpreendentes acontecimentos em Tessalônica só podem ser explicados mediante o amor contagiante que aqueles novos irmãos experimentaram. A pequena semente que foi espalhada por Paulo converteu-se numa frondosa árvore cujos frutos não apenas o apóstolo colhia, mas também a própria comunidade de novos cristãos e, de maneira surpreendente, toda a região ao redor.
Qualquer tentativa de conter esse amor que constantemente aumenta acarretaria na crise da própria experiência cristã. Um cristão medíocre é identificado por sua carência de amor. Quem vive em comunhão íntima com o Pai pode enfrentar a escassez com relação às coisas supérfluas da vida, mas nunca será privado da dádiva do amor.
Por isso, a oração de Paulo, antes mesmo de concentrar-se em qualquer clamor por segurança física ou prosperidade material daqueles irmãos, era pelo crescimento em amor de cada tessalonicense. E o quanto é possível crescer em amor? Infinitamente. Por muito amar seu filho, uma mulher foi capaz de abrir mão de seu direito de maternidade para não testemunhar a morte de seu filho (1 Rs 3.26); por amor à vida de sua filha, um príncipe da sinagoga prostrou-se em público diante de Jesus, rogando pela vida de sua filha (Mc 5.22,23); exclusivamente por amor, Jesus fez tudo o que era necessário para garantir-nos o acesso à salvação.
E o que significa crescer em amor? Significa transcender padrões humanos de relacionamento e aproximar-se continuamente do exemplo vivo do caráter de Deus, que é Cristo. Significa estender abraços de misericórdia e perdão àqueles que, por necessitarem, estão amargurados de espírito. Assim como os tessalonicenses, cresçamos em amor; que haja entre nós mais líderes que orem continuamente por uma experiência comunitária de amor.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
- Para concluir, apliquem a dinâmica “A Marca do Discípulo”.
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: A Marca do Discípulo
Objetivo: Refletir sobre o amor – a marca do discípulo de Jesus.
Material:
01 coração pequeno para cada aluno
Procedimento:
- Falem: “Conta-se que certo homem estava participando de um concurso do Coração Mais Bonito. Seu coração era lindo, sem nenhuma ruga, sem qualquer estrago. Até que apareceu um homem idoso e apresentou seu coração, afirmando que era o mais bonito, pois nele havia marcas. Vários tipos de comentários surgiram e perguntaram: “Como seu coração é o mais bonito, com tantas marcas?” O homem idoso então explicou que era por isso mesmo que seu coração era lindo. Aquelas marcas representavam sua vivência, sua experiência, suas atitudes em amar as pessoas. Finalmente, todos concordaram que o coração mais lindo era aquele com marcas de amor em ação”(autoria desconhecida).
- Falem: Fomos alcançados pelo amor de Deus.
Leiam João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
- Agora distribuam um coração pequeno para cada aluno, representando o amor pelo qual fomos alcançados.
- Também afirmem que é pelo amor que somos reconhecidos como discípulos de Jesus.
Leiam João 13.34 e 35:
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
- Agora, reflitam com os alunos, olhando para o coração que temos nas mãos:
Que marcas deste amor podemos compartilhar com os outros?
Nós, como integrantes da Igreja, o que estamos fazendo para que as pessoas sejam alcançadas pelo amor de Deus?
Estamos praticando na verdade o amor, cotidianamente, nas ações com o próximo?
- Peçam para que os alunos troquem os corações entre si, promovendo um momento de congratulação, de “troca de amor”, representando as verdadeiras ações amorosas que devem existir entre as pessoas.
Por Sulamita Macedo.
fonte: http://atitudedeaprendiz.blogspot.com.br/
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Capa da Revista Jovens 3º Trimestre de 2018
Capa da Próxima Lição dos Jovens
Revista Jovens 3º Trimestre de 2018
TEMA: "Milagres de Jesus - A Fé Realizando o Impossível"
COMENTARISTA: Pr. César Moisés Carvalho é Ministro do Evangelho, pedagogo, pós graduado em Teologia pela PUC-RJ e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD.
SUMÁRIO:
Lição 1 - O QUE É MILAGRE
Lição 2 - O PROPÓSITO DOS MILAGRES NO MINISTÉRIO DE JESUS
Lição 3 - O MILAGRE NAS BODAS DE CANÁ
Lição 4 - CURANDO O FILHO DE UM OFICIAL
Lição 5 - A CURA DO PARALÍTICO DE BETESDA
Lição 6 - O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
Lição 7 - O MILAGRE DE ANDAR POR SOBRE O MAR
Lição 8 - A CURA DO CEGO DE NASCENÇA
Lição 9 - O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Lição 10 - A CURA DO PARALÍTICO DE CAFARNAUM
Lição 11 - A CURA DO HOMEM QUE TINHA UMA DAS MÃOS MIRRADA
Lição 12 - A CURA DA MULHER QUE TINHA UM FLUXO DE SANGUE
Lição 13 - O MILAGRE DA MULHER GREGA E SIRO-FENÍCIA
Lição 14 - DEUS CONTINUA REALIZANDO MILAGRES
Lição 1 - O QUE É MILAGRE
Lição 2 - O PROPÓSITO DOS MILAGRES NO MINISTÉRIO DE JESUS
Lição 3 - O MILAGRE NAS BODAS DE CANÁ
Lição 4 - CURANDO O FILHO DE UM OFICIAL
Lição 5 - A CURA DO PARALÍTICO DE BETESDA
Lição 6 - O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
Lição 7 - O MILAGRE DE ANDAR POR SOBRE O MAR
Lição 8 - A CURA DO CEGO DE NASCENÇA
Lição 9 - O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Lição 10 - A CURA DO PARALÍTICO DE CAFARNAUM
Lição 11 - A CURA DO HOMEM QUE TINHA UMA DAS MÃOS MIRRADA
Lição 12 - A CURA DA MULHER QUE TINHA UM FLUXO DE SANGUE
Lição 13 - O MILAGRE DA MULHER GREGA E SIRO-FENÍCIA
Lição 14 - DEUS CONTINUA REALIZANDO MILAGRES
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Pré-aula Jovens Lição 5 - Vivendo uma vida santa
Jovens Lição 05: Vivendo uma vida santa
Revista: Jovens
2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - VIDA SANTA QUE AGRADA A DEUS
II - O IMPERATIVO DA PUREZA SEXUAL
lII - A SANTIFICAÇÃO EM TODA MANEIRA DE VIVER
CONCLUSÃO
I - VIDA SANTA QUE AGRADA A DEUS
II - O IMPERATIVO DA PUREZA SEXUAL
lII - A SANTIFICAÇÃO EM TODA MANEIRA DE VIVER
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Caracterizar o tipo de comportamento que agrada a Deus;
Refletir a respeito do imperativo bíblico acerca da pureza sexual;
Compreender que a santidade deve abranger todas as áreas de nossa vida.
Caracterizar o tipo de comportamento que agrada a Deus;
Refletir a respeito do imperativo bíblico acerca da pureza sexual;
Compreender que a santidade deve abranger todas as áreas de nossa vida.
Palavra-chave: Santidade.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“No capítulo 4 de 1 Tessalonicenses, vemos o início do esforço de Paulo para responder algumas demandas doutrinárias e procedimentais daquela comunidade. Neste momento específico da carta, temos uma profunda reflexão sobre a necessidade de uma vida santa. O contexto politeísta do mundo antigo no qual aquela igreja estabeleceu-se exigia muito mais do que uma simples “troca” de deuses, ou seja, a conversão ao cristianismo implicava uma série de mudanças comportamentais na vida pública e privada.
Ser cristão em Tessalônica acarretava não apenas mudanças litúrgicas, mas também o abandono de todo um repertório sociocultural que tinha a religiosidade como pano de fundo, e, nesse caso, com grande destaque, o orfismo — principal religião mistérica do mundo helênico.
Reflitamos, então, sobre as orientações acerca da vida privada — centradas, aqui, na questão da sexualidade —, assim como naquelas destinadas à vida pública — pautadas na exigência de uma vida proba, desvencilhada das corrupções e abusos aos mais fracos; práticas tão comuns naquele contexto histórico.
I- O Cristão e a Cultura
Existe um modelo de procedimento social a ser adotado por um cristão? O modelo de vida proposto por Paulo aos tessalonicenses para uma comunidade há 2 mil anos ainda tem caráter aplicável na sociedade atual? Ao discutirmos questões relativas à vida em sociedade dos cristãos, devemos pautar-nos em regras ou princípios, atitudes ou conceitos?
Ora, as respostas a essas questões envolvem uma série de comprometimentos conceituais, os quais, por se organizarem como uma cadeia argumentativa, não podem ser assumidos sem levar em consideração aqueles que estão conectados a eles.
Talvez, a questão central em toda essa discussão seja compreender a relação entre cristianismo e cultura, mais especificamente sobre a necessidade de apresentação dos princípios norteadores da cultura cristã e a aplicabilidade dos mesmos à realidade comunitária de cada igreja local.
Se assumirmos o caráter estrutural dessa questão, a necessidade de resposta a algumas das seguintes questões impõe-se: o que é cultura? Existe uma cultura cristã ou apenas pressupostos cristãos que, aplicados a qualquer cultura, ressignificam as práticas culturais vigentes de qualquer sociedade? Diante do multiculturalismo contemporâneo, a defesa de pressupostos supraculturais ainda faz sentido?
Partamos da definição de cultura como tudo aquilo que é realizado pelo homem e não está condicionado pelo biológico. De tal concepção, deriva-se uma inevitável conclusão: apenas o homem produz cultura, uma vez que todos os demais seres vivos estão subordinados as suas determinações genético-biológicas, restritos, assim, aos seus instintos animalescos, a uma determinada região geográfica e modo de vida, por exemplo; o homem, por sua vez, é criador de seus costumes, produtor de seu modo de vida e colonizador de todo o planeta.
Para que se esclareça mais ainda tal definição de cultura, lembremo-nos de que o homem é o único ser capaz de transformar a natureza, enquanto os demais seres apenas se apropriam da mesma do modo como esta lhes é apresentada. Criamos objetos para superar nossas limitações biológicas. Com o avanço da tecnologia, somos capazes de, inclusive, por meio de substâncias que produzimos ou transformações que realizamos em nós mesmos, alterar condicionamentos naturais — pensemos em cirurgias para implantes de córneas, utilização de próteses para substituição ou melhoramento de membros ou órgãos, etc. Sobre essa concepção de cultura como elemento constitutivo e construtivo do homem, afirma-nos Laraia:
O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquiridos pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas não são, pois, o produto da ação isolada de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma comunidade. (LARAIA, 2008, p.48)
Pode-se, no entanto, restringir o conceito de cultura ao conjunto de práticas significantes produzidas por uma determinada coletividade. De acordo com essa definição stricto sensu de cultura, podemos entender que cada comunidade, em períodos de tempo específicos, produziu uma série de conhecimentos, artes, costumes e rituais — em suma, cultura — que só pode ser entendido a partir de uma vivência interna à própria comunidade. Desse modo, um simples observador externo será incapaz de compreender determinadas práticas culturais; no máximo, será capaz de avaliá-las somente a partir de seu prisma cultural particular, deformando, assim, o significado de certo conjunto de ações próprio de uma sociedade.
A pergunta que persiste é: como definir uma cultura cristã? Falando em termos sociológicos, seria mais exato falar sobre a cultura da comunidade cristã em Tessalônica. Ou seja, as práticas culturais da Igreja em Tessalônica provavelmente serão distintas daquelas vivenciadas na comunidade cristã em Corinto, por exemplo, apesar de ambas serem coletividades que se guiam religiosamente de acordo com a orientação cristã.
É por isso que Paulo não criticará, especificamente, a alimentação onívora ou vegetariana dos grupos em conflito na Igreja de Roma, mas, antes, exortará que, acima das questões gastronômicas — e é simplesmente neste nível que elas são definidas pelo apóstolo —, estejam o amor ao próximo e a misericórdia para com os mais frágeis na fé. A discussão que se concentra na questão da liberdade e tolerância materializa-se por meio de uma celeuma cultural (Rm 14) . Acerca de uma abordagem bíblico-teológica sobre a cultura, defende Schwambach:
Se lermos o AT e o NT, vamos ver que a realidade do pecado corrompeu os seres humanos e tudo o que eles pensam, falam, fazem, constroem, inventam etc. Isso significa que toda a produção cultural da humanidade está afetada pela realidade do mal, da queda, do pecado. O exercício de qualquer profissão, o ensino em todos os níveis, toda a ciência, toda a tecnologia, toda política, toda a arte, mas também todos os tipos de pensamento humano — toda a elaboração filosófica, ideológica, cultural e até mesmo religiosa... Nenhuma dessas realidades ficou sem ser atingida pela trágica realidade da queda. (SCHWAMBACH, 2011, p.32,33)
Segundo esses critérios, parece ser mais coerente falar de princípios supraculturais com relação ao cristianismo. A defesa daquilo que seria o conceito de “cultura cristã” — abstraída de toda materialidade e intersubjetividade social — implicaria na aceitação de que tal produção cultural é fruto da ação humana que, ao longo dos séculos, por tradição, foi transmitida às gerações seguintes. Sem dúvida alguma, o cristianismo e seus pressupostos culturais são muito mais que uma elaboração humana, limitada ao gênio de uma determinada comunidade e seus membros.
Outro argumento que nos auxiliará a rejeitar a ideia de uma “cultura cristã” entendida como elemento produzido pontualmente em certo ponto da história é o de que a produção cultural é algo extremamente dinâmico, movido pelas transformações políticas, econômicas e sociais, atualizando-se continuamente conforme as interações internas e externas de cada povo. Ora, se as verdades cristãs que seguimos são eternas, logo estas não podem ser um produto exclusivo da dinâmica social de uma comunidade.
Infelizmente, o que se percebe é que, ao longo dos séculos, práticas culturais pertencentes a comunidades específicas foram impostas a outras coletividades humanas sob o pretexto de serem parte de um conceito abstrato de “cultura cristã”. Esse tipo de processo de violência simbólica é que se denomina de etnocentrismo — a defesa da imposição de aspectos culturais de um povo sobre outro de modo coercitivo e cruel.
É necessário, entretanto, reconhecermos que algumas práticas culturais adotadas por certos povos colidem frontalmente com os princípios cristãos, de tal forma que o papel da evangelização cristã nessas comunidades será o de promover não apenas redenção individual, mas também a transformação coletiva; não apenas salvação pessoal, mas também a restauração sociocultural.
Sobre essa delicada questão, os elaboradores do relatório sobre a questão da cultura do movimento de Lausanne afirmam:
A conversão não deve “desculturalizar” o convertido. Na verdade, como temos visto, sua lealdade agora pertence ao Senhor Jesus, e todas as coisas do seu contexto cultural devem submeter-se ao escrutínio do Senhor. Isso se aplica a toda a cultura, não somente às culturas hindu, budista, islâmica ou animista, mas também à cultura cada vez mais materialista do Ocidente. A crítica pode produzir uma colisão, à medida que elementos da cultura forem submetidos ao juízo de Cristo e tiverem de ser rejeitados. Nesse ponto, como reação, o convertido pode tentar adotar a cultura do evangelista em lugar da sua. Deve-se resistir firme, mas carinhosamente a essa tentativa. Dever-se-ia estimular o convertido para que visse suas relações com o passado como uma combinação de ruptura e continuidade. Por mais que os novos convertidos sintam que precisam renunciar por amor de Cristo, ainda são as mesmas pessoas, com a mesma herança e a mesma família. “A conversão não desfaz; ela refaz.” É sempre trágico, embora seja às vezes inevitável, quando a conversão da pessoa a Cristo é interpretada por outros como traição às suas origens culturais. Se possível, a despeito do conflito com sua cultura, os novos convertidos deveriam procurar identificar-se com as alegrias, esperanças, dores e lutas de sua cultura própria. (LUZBETAK, 1985, p.34)
Percebe-se, assim, que a busca incessante de cada comunidade cristã local deve ser alinhar suas tradições e costumes ao crivo dos pressupostos da cruz, os quais são eternos, supraculturais e constitutivamente promotores da bondade e da justiça. Somente uma abordagem nesse nível poderá ajudar-nos a fugir do falso dilema do relativismo cultural de um mundo multiculturalista.
As múltiplas culturas podem e devem coexistir pacificamente entre si. O que é inaceitável é o fato de que atos de violência — seja esta simbólica ou física — sejam defendidos como tradições culturais respeitáveis. Tudo aquilo que subjuga o outro sem conceder-lhe qualquer oportunidade de escolha diferente, expropriando-lhe a humanidade e condicionando sua existência à reificação deve ser totalmente rejeitado e combatido.
Paulo, os Tessalonicenses e o Padrão de Vida Cristão
Uma vez tendo sido realizado tal esclarecimento sobre o papel da cultura e sua relação com o cristianismo, ficam mais claras as orientações paulinas à comunidade tessalonicense. A preocupação de Paulo repousava na necessidade de esclarecer àqueles novos cristãos que alguns elementos de suas práticas culturais não eram próprios de execução para alguém que experimentou um novo nascimento, uma vez que tais atitudes estavam inteiramente ligadas a práticas idolátricas.
Um dos possíveis exemplos a serem apresentados sobre essa relação das práticas socialmente regulares entre os tessalonicenses, porém reprováveis segundo o padrão do cristianismo, é àquele que remete ao uso do vinho nas celebrações antigas. Segundo Almeida (2014, p.27): “As orgias em torno do vinho na Ásia Menor e na Palestina — os tabernáculos, solenidades dos cananeus, eram, originalmente, orgias ao estilo dos bacanais — foram marcadas por estados idênticos de êxtase aos das orgias em torno da cerveja na Trácia e na Frígia.”
Rituais celebrativos do culto dionisíaco — os quais possuíam um calendário anual de, pelo menos, três grandes festejos públicos anualmente — estavam intrinsecamente associados a práticas sexuais. Cultos centrados no conceito de fertilidade da terra que estavam interligados ao uso do corpo como oferenda às divindades, por meio de danças, orgias e possessões, era algo muito comum naquele contexto histórico.
Dessa maneira, o que temos na fala de Paulo no início do capítulo 4 de 1 Tessalonicenses é a determinação de um sintoma que caracterizava a sociedade em Tessalônica: a violência. Em virtude da forte tradição do dionisismo que se desenvolveu naquela comunidade, os indivíduos não conseguiam perceber que a objetivação de seres humanos — especialmente de mulheres, com relação à sexualidade — é um dos mais degradantes atos de subjugação. Por isso, o que Paulo faz nesse momento de seu ministério é denunciar elementos de injustiça e dominação que operavam em Tessalônica sob o pretexto de piedade religiosa.
Como se pode perceber, a exortação paulina à santidade na sua epístola aos tessalonicenses, quando devidamente contextualizada, ganha outras conotações que vão além de um mero ascetismo cristão. As preocupações de Paulo com aquela jovem comunidade estavam diretamente ligadas à urgente necessidade de cada indivíduo perceber a completa incompatibilidade que havia entre o culto a Cristo Jesus e às celebrações, por exemplo, a Dioniso-Osíris.
A problemática da prostituição — para além de todo o debate estabelecido por Paulo em outros textos — está relacionada em Tessalônica à questão das possessões dionisíacas durante os bacanais . A devassidão sexual, sendo prática condenável em si mesma segundo a ótica cristã, estava diretamente associada às potestades que envolviam os cultos dionisíacos. Alertar a cada um possuir seu vaso em santificação e honra (1 Ts 4.4) envolve diretamente a necessidade de manter o corpo em separação exclusiva para Deus.
Perceba, no entanto, que a dedicação religiosa do corpo a Jesus Cristo no culto cristão significa algo completamente diferente daquilo que a possessão dionisíaca produz. Enquanto Dioniso bestializa seus adoradores — conduzindo-os ao completo descontrole, aos seus instintos mais baixos e à perda da consciência de si —, a consagração do corpo ao Senhor Deus implica domínio próprio, adoração consciente e profundo autoconhecimento — produzido pelo entendimento da fragilidade constitutiva de tudo aquilo que é humano.
A santidade de Deus em nossas vidas conduz-nos, muitas vezes, a um padrão de sociabilidade que, de várias maneiras, transcende as convenções sociais convenientemente aceitas, porém moral e espiritualmente reprováveis. Assumir-se cristão em Tessalônica implicava em enfrentar a fúria dos seguidores de César, Baco, Osíris e de tantos outros seres e deuses que dominavam a cena política e religiosa daquela cidade.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
- Depois, apliquem a dinâmica “Em cima do muro?”
- Agora, trabalhem o conteúdo da lição.
Ao trabalhar o conteúdo da lição, vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Em cima do muro?
Objetivo: Refletir sobre a necessidade de um posicionamento quanto à santificação.
Material:
01 caixa
01 chocolate ou bala para cada aluno
Versículo digitado: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”(1 Pedro 1:15).
01 grampeador
Procedimento:
Antes da aula:
Prendam o versículo no chocolate utilizando o grampeador
Coloquem dentro da caixa
Na aula:
- Apresentem uma caixa, não falem o que tem dentro.
- Façam um certo suspense e depois perguntem se alguém tem coragem de colocar a mão dentro caixa.
Façam uma contagem, escrevendo a quantidade dos:
Que vão colocar a mão dentro da caixa
Que não vão colocar a mão dentro da caixa
Que estão indecisos
É interessante que haja estes 03 tipos de pessoas.
- Depois, peçam para que os alunos que decidiram colocar a mão dentro da caixa, para que com cuidado ponham a mão dentro dela.
Isto deve acontecer com todos os alunos que responderam afirmativamente. Orientem para que não falem sobre o que pegaram.
Neste momento, pode acontecer de algum aluno desistir. Tente convencê-lo, mas se houver resistência, não insista.
- Falem: Nesta atividade, vocês tiveram 03 posicionamentos. Dessa mesma forma, as pessoas possuem 03 ações diferentes quanto a santificação. Uns escolhem uma vida de santidade, outros não querem e outros ficam indecisos, cambaleantes. Mas, Deus requer de nós um posicionamento quanto a uma vida de santidade.
- Para concluir, abram a caixa e entreguem para eles um chocolate, com um versículo fixado com grampeador: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”(1 Pedro 1:15).
Por Sulamita Macedo.
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