Lição 13: O sacrifício que agrada a Deus
29 de setembro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Eu te oferecerei voluntariamente
sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.6).
VERDADE PRÁTICA
Ajudando os nossos irmãos,
contribuímos para a obra de Deus, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura ação de
graças.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.14-23.
14 - Todavia, fizestes bem em tomar
parte na minha aflição.
15 - E bem sabeis também vós, ó
filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma
igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.
16 - Porque também, uma e outra vez,
me mandastes o necessário a Tessalônica.
17 - Não que procure dádivas, mas
procuro o fruto que aumente a vossa conta.
18 - Mas bastante tenho recebido e
tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa
parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e
aprazível a Deus.
19 - O meu Deus, segundo as suas
riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
20 - Ora, a nosso Deus e Pai seja dada
a glória para todo o sempre. Amém.
21 - Saudai a todos os santos em
Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.
22 - Todos os santos vos saúdam, mas
principalmente os que são da casa de César.
23 - A graça de nosso Senhor Jesus
Cristo seja com vós todos. Amém!
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
•
Compreender como foi a participação
da igreja de Filipos nas tribulações de Paulo;
•
Explicar o ato de reminiscência
entre Paulo e os filipenses, e
•
Analisar a oblação e a generosidade
dos filipenses.
PALAVRA-CHAVE
Oblação: [Do lat. oblatione.]; 1. Ação pela qual se oferece qualquer coisa a Deus
ou aos santos; 2.Oferenda feita a Deus ou aos santos; oblata; 3.Oferecimento a
Deus do pão e do vinho, feito pelo sacerdote; 4.Qualquer oferta ou
oferecimento. Nesta lição: Oferta sacrifical comestível; na lição é a oferta
que os filipenses entregaram ao apóstolo Paulo.
COMENTÁRIO
introdução
[Comentário: Caro leitor, pela misericórdia divina, chegamos ao final de mais um
abençoado trimestre. Por treze semanas, com certeza fomos edificados, exortados
e consolados através do estudo da missiva paulina aos Filipenses. Vemos em
Paulo um exemplo de alguém que entregou-se totalmente ao serviço do Mestre, que
colocou sua chamada e ministério sempre em primeiro lugar. Somente com total
entrega, pode enfrentar as dificuldades e sacrifícios para que o Evangelho
fosse difundido pelo mundo da época. Até mesmo o cárcere serviu-lhe como
propulsor para alcançar vidas que, de outra forma, não seriam alcançadas com as
boas novas. Mesmo estando no cárcere, ele pregou, ensinou e fez muitos
discípulos. Sem dúvida alguma, a vida de Paulo foi repleta de sacrifícios e
sofrimentos, todavia ele legou para uma infinidade de crentes através dos
séculos até nós a termos uma vida cristã coerente e feliz. Sejamos seus
imitadores!] Além
de apresentar assuntos de ordem doutrinária, a Epístola aos Filipenses destaca
a gratidão e a alegria do apóstolo Paulo. Nela, temos uma das mais belas
expressões de amor, confiança e contentamento de toda a Bíblia. Na última lição
deste trimestre, veremos Paulo apresentando a assistência que recebera dos
filipenses como oferta de amor e sacrifício agradável a Deus. O apóstolo
descreve o quanto o seu coração se aqueceu com a demonstração de amor e carinho
dos filipenses. No final da epístola, ele revela a sua total confiança na
suficiência de Cristo, pois esta lhe concedeu força para desenvolver o seu
ardoroso ministério. [Comentário: Na última lição deste trimestre, destacaremos
o motivo principal pelo qual Paulo escreveu esta carta aos filipenses:
GRATIDÃO. Neste trimestre entramos em contato com uma igreja que sabia
adequadamente o significado da palavra sacrifício ou oblação. A Igreja
Filipense encarnou exatamente o que Paulo escreveu para os crentes romanos: “Rogo-vos,
pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1). Os filipenses
encarnaram isso até a última consequência. Mente, coração e corpo estavam em
plena sintonia para fazer o bem, pois quem faz o bem em Deus, ama, e “quem
ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). Aqui, não há sacrifício maior que
amar. Deus não o rejeita. Que a igreja de Filipos nos ensine o verdadeiro
significado de humildade, serviço e amor. Tenhamos todos uma excelente e abençoada
aula!]
I.
A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
1. Os filipenses tomam
parte nas aflições do apóstolo. Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o
agir de Deus para fortalecer o seu coração. A expressão “tomar parte” (v.14)
sugere a ideia de “partilhar com, ou coparticipar de”. A igreja de Filipos
estava participando das aflições e tribulações com o apóstolo. Ela sentia as
agruras de sua prisão. Por outro lado, o apóstolo sentia-se abençoado por Deus pelo
fato de ser lembrado com tamanho amor e ternura pela comunidade cristã
filipense. [Comentário: aflições, thlipsis; Strong 2347: Pressão, opressão, estresse,
angustia, tribulação, adversidade, aflição, espremer, esmagar, apertar,
sofrimento. Imagine colocar sua mão em uma pilha de coisas soltas e comprimi-los
manualmente. Isso é thlipsis, colocar muita pressão no que está livre e
liberto. Thlipsis é como pressionar espiritualmente a bancada. A palavra
é usada para o esmagamento de uvas ou azeitonas em uma prensa. Mesmo na
perseguição, Paulo goza de uma paz alegre na certeza da vitória de Cristo (Jo
16.33). A versão de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada emprega o
termo ‘associando-vos’ para ‘tomar parte’, termo que torna ainda
mais clara a participação da Igreja Filipense no ministério de Paulo, como ele
mesmo afirma no capítulo 1.7. Os filipenses são participantes da graça com
Paulo pelo apoio ao seu ministério, Paulo e os filipenses estão unidos pelo
compromisso comum com o evangelho (confira 1.5)].
2. O exemplo da igreja
após o Pentecostes. A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de
Jerusalém nos dias de Pentecostes (At 2.45-47). Com o seu exemplo, os
filipenses nos ensinam que “tomar parte”, ou “associar-se”, nas tribulações de
nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco. Ou seja: devemos nos amar
uns aos outros, pois assim também Cristo nos amou.
[Comentário: Quando um crente ou a Igreja contribui com o
sustento missionário, está participando ativamente das lutas e aflições de
irmãos que entregaram suas vidas para levar as boas novas do Evangelho àqueles
que, como nós, não tinham qualquer esperança (Hb 10.33). O crente “já passou
da morte para a vida” (1Jo 3.14), portanto, vive em comunhão com seus
irmãos, sem qualquer animosidade, como evidencia dessa nova vida em Cristo -
aquele não ama seu irmão, “permanece na morte” (1Jo 3.14). Associar-se
com os irmãos quando estes enfrentam thlipsis, é o exemplo que a Igreja
filipense nos legou! Se não o fazemos, isso evidencia que ainda não nascemos de
novo!].
3. O padrão de amor para
a Igreja.
O amor dos filipenses para com o apóstolo Paulo mostra-nos que esse deve ser o
padrão de nosso cotidiano: a generosidade no repartir constitui-se em
“sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13.16). [Comentário: Sacrifícios de palavras devem ser acompanhados
por atos de amor fraternal (Tg 1.27). Em Fp 4.18 Paulo identifica estes atos
materiais “como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível”,
isso produz frutos a nosso favor e é um agradável e aceitável sacrifício a
Deus. A pressão do sofrimento pode afastar de nossas mentes as
responsabilidades fundamentais do amor.].
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
A igreja de Filipos vivia a mesma
dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes.
II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1. Paulo relembra o apoio dos
filipenses. O versículo 15 destaca a generosidade dos crentes
filipenses em relação a Paulo. Mesmo sendo uma igreja iniciante e pobre, assim
que tomou conhecimento das necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de
Filipos o apoiou integralmente (v.16). Com isso, os filipenses tornaram-se
cooperadores do apóstolo na expansão do Reino de Deus até aos confins da terra.
É por isso que Paulo não podia esquecer do amor que lhe demonstraram os crentes
daquela igreja. [Comentário: O apóstolo mantém o tom de gratidão pelo
carinho dispensado dos crentes de Filipos ao longo de toda a Epístola. Era uma
recíproca permanente. Paulo tinha as suas necessidades materiais supridas pelos
filipenses, enquanto estes achavam-se espiritualmente sanados pelo apóstolo dos
gentios. Uma relação como esta é o que Deus requer para sua igreja. Um
relacionamento baseado no amor, sem interesse egoísta, mas pelo fato de
estarmos ligados com o outro irmão pelo amor do Pai. A igreja filipense era uma
igreja missionária, que supria as necessidades de Paulo durante suas viagens
(1.4,5; 4.15-17). Sustentar os missionários no seu trabalho em prol do
evangelho, é obra dignificante e aceita por Deus, “como cheiro de suavidade
e sacrifício agradável e aprazível” a Ele (v. 18). Por isso, aquilo que
damos para o sustento do missionário fiel, é considerado oferta apresentada a
Deus. Tudo que é feito a um dos irmãos, por pequeno que seja, é feito como ao
próprio Senhor (Mt 25.40). Essa igreja foi a única que se associou a Paulo
desde o início para sustentá-lo (4.15). Enquanto Paulo esteve em Tessalônica,
eles enviaram sustento para ele duas vezes (4.16). Enquanto Paulo esteve em
Corinto, a igreja de Filipos o socorreu financeiramente (2Co 11.8,9). Quando
Paulo foi para Jerusalém depois da sua terceira viagem missionária, aquela
igreja levantou ofertas generosas e sacrificais para atender os pobres da
Judéia (2Co 8.1-5). Quando Paulo esteve preso em Roma, a igreja de Filipos
enviou a ele Epafrodito com donativos e para lhe prestar assistência na prisão
(4.18)].
2. O necessário para viver.
O versículo 16 revela-nos outro grande fato. Enquanto o apóstolo estava em
Tessalônica, a igreja em Filipos continuava a enviar-lhe “o necessário” à sua
subsistência. No ato de “dar e receber”, os filipenses participavam do
ministério de Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as
urgências do Reino de Deus. Por outro lado, Paulo não se deixava cair na
tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente
na Obra Missionária. O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro
e a religião (1Tm 6.10,11). Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência
mais nítida quanto às demandas do Reino. Fujamos, pois, das armadilhas das
riquezas deste mundo, pois, como disse o sábio Salomão, “quem ama o dinheiro,
jamais dele se farta” (Ec 5.10). [Comentário: Os obreiros do Senhor devem aprender com
Paulo uma verdade pastoral: Todo ministro de Deus deve ser transparente,
comedido e consciente quanto à economia do Reino. Assim como o Deus da graça
chamou os fiéis da terra para serem irrepreensíveis, Ele igualmente comissionou
homens para administrar o seu rebanho com lisura, amor e muita boa vontade (1Pe
5.2,3). Essas qualidades pastorais são indispensáveis na experiência
ministerial dos líderes cristãos nos dias de hoje. A figura do pastor inspira
cuidado, proteção, disciplina e orientação. Jesus retratou seu próprio cuidado
pela Igreja (Jo 10.1-18) e o gracioso interesse de Deus pelos pecadores (Lc
15.3-7) como ações de pastoreio. Os apóstolos designaram sobre as igrejas
locais tutores designados de presbíteros) At 14.23; Tt 1.5), que deviam cuidar
do povo como os pastores cuidam das ovelhas (At 20.28-31; 1Pe 5.1-4),
conduzindo-os mediante seu exemplo (1Pe 5.3) longe de tudo o que é nocivo para
tudo o que é bom].
3. “Não procuro dádivas”.
Para o apóstolo, a oferta que lhe enviara a igreja em Filipos tinha um caráter
espiritual, pois ele não andava a procura de “dádivas” (v.17). Quem vive do
ministério deve aprender este princípio áureo: o ministro de Deus não pode e
não deve permitir que o dinheiro o escravize. No final de tudo, o autêntico
despenseiro de Cristo deve falar com verdade: “Não procuro dádivas”! Sua real
motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo. Assim agia Paulo. Ele
dava oportunidade aos filipenses, a fim de que exercessem a generosidade,
tornando-os seus cooperadores na expansão do Reino de Deus (v.17 cf. Hb 13.16).
[Comentário: Em virtude de seu papel, Paulo trata os
presbíteros também como “pastores” (Ef 4.11). O Pastor que serve fielmente será
recompensado (Hb 13.17; 1Pe 5.4; 1Tm 4.7,8). Hoje, cruzamos uma tormenta na
ética pastoral, fica evidente a falta de lideranças fortes, éticas, coerentes e
que sejam réplicas do modelo de liderança pastoral de Paulo. Oremos para que o
Eterno conceda à sua Igreja homens compromissados, com um caráter cristão
maduro e estável e uma bem ordenada vida pessoal (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9) e que
realmente entendam o cuidado amoroso de Deus Pai pelos seus filhos, que somente
Ele pode suprir todas as nossas necessidades (materiais e espirituais), à
medida que as apresentarmos diante dEle. O suprimento das nossas necessidades
vem "por Cristo Jesus". Somente em união com Cristo e na comunhão com
Ele é que podemos experimentar o provimento da parte de Deus (Gn 28.15; 50.20;
Êx 33.14; Dt 2.7; 32.7-14; 33.27; Js 1.9; 1 Sm 7.12; 1 Rs 17.6,16; 2 Cr 20.17;
Sl 18.35; 23; 121; Is 25.4; 32.2; 40.11; 41.10; 43.1,2; 46.3,4; Jl 2.21-27; Ml
3.10; Mt 6.25-34; 14.20; 23.37; Lc 6.38; 12.7; 22.35; Jo 10.27,28; 17.11; Rm
8.28,31-39; 2 Tm 1.12; 4.18; 1 Pe 5.7)].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Paulo não caiu na tentação do dinheiro.
As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária.
III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1. A oblação no Antigo Testamento.
A palavra “oblação” está relacionada à linguagem proveniente do sistema
sacrifical levítico. O termo remete-nos a estas expressões: “cheiro de suavidade”
e “sacrifício agradável e aprazível” (v.18). E estas, por sua vez, estão
relacionadas às “ofertas de consagração” a Deus identificadas como
“holocaustos” (Lv 1.3-17), “oferta de manjares” (Lv 2; 6.14-23), oferta de
libação e oferta pacífica (Nm 15.1-10). Portanto, quando falamos de oblação,
referimo-nos a uma oferta sacrifical comestível — azeite, flor de farinha etc.
Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos
sacerdotes (Lv 2.1-3). [Comentário: Em relação à origem dos sacrifícios, existem
duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas
reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu
sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus
descendentes em resposta a uma revelação de Deus. É possível que o primeiro ato
sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles
para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim,
que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido,
expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos
das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu
coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn
4.3,4). [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável
a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato
de Abel ter trazido o que tinha de melhor (‘primogênitos’ e ‘sua gordura’)
enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos — Ed.] Em
Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os
patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos
homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças’. Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e
tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o
altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8;
13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também
ofereceram verdadeiros sacrifícios. Um grande avanço na organização e na
diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um
estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final,
visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723)].
2. A oblação e a generosidade dos
filipenses. Paulo encara como verdadeira oblação a assistência
que lhe ofereciam os filipenses. Tais ofertas eram-lhe como um “cheiro suave,
como sacrifício agradável a Deus” (v.18). Assim, tendo em vista a generosidade
praticada pelos filipenses, Paulo declara com plena convicção: “O meu Deus,
segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por
Cristo Jesus” (v.19). A expressão “o meu Deus” aponta para aquEle que haveria
de suprir não somente as suas necessidades, como também as dos filipenses e
também as nossas. Aleluia! [Comentário: Como sacerdotes de Deus (Ap 1.6), os crentes
oferecem sacrifício de louvor e serviço dedicado aos outros. O fruto dos lábios
aponta para o fato de que, como o fruto de Deus traz a vida, o Espírito Santo
criará uma nova e viva adoração a Deus, vinda de nossos lábios e de todo o
nosso ser].
3. Doxologia.
Os versículos 20 a 23 trazem a saudação final do apóstolo à igreja em Filipos.
E, como podemos observar, Paulo não poderia concluir a sua carta de forma mais
adequada: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!”
(v.23). Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é Cristo, e que nós,
seus seguidores, temos de nos lembrar e viver por sua graça, pois “Deus estava
em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados”
(2Co 5.19). [Comentário: “Ora, a nosso Deus e Pai seja dada a glória
para todo o sempre. Amém” (4.20) - Este hino de louvor é uma amostra da
adoração dos santos. Os santos não são pessoas para serem adorados, são pessoas
que adoram. Culto define os redimidos, e Paulo começou a parte final de
Filipenses com uma doxologia. Duas palavras gregas, doxa (glória) e logos
(palavra) traduzidas como doxologia, uma palavra sobre a glória, uma explosão
de louvor e adoração que honra e atribui glória a Deus. Doxologias nas
Escrituras são respostas ajustadas à verdade doutrinária. Este fluído da
alegria exuberante de Paulo sobre as verdades magníficas que foram inspiradas
por Deus e expostas nesta carta. A verdadeira adoração flui da verdade divina!
Paulo identificou o objeto de sua doxologia primeiro como nosso Deus, o único
Deus vivo e verdadeiro (Jo 5.44;17.3; Rm 16.27; 1Tm 1.17; Jd 25). É o ato
habitual de adorar a Deus que define os crentes, pois eles “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a
Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne”
(Fp 3.3). Não devemos esquecer jamais que o objeto da redenção era fazer
verdadeiros adoradores (Jo 4. 23; Ap 5.9; 7.9,10)].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O ministro de Deus não pode e não deve
permitir que o dinheiro o escravize, pois sua real motivação tem de ser o
benefício da igreja de Cristo.
CONCLUSÃO
Após
estudarmos esta tão rica epístola, o nosso desejo é que você ame cada vez mais
o Senhor Jesus, e dedique-se a ser uma “oblação de amor” a Ele. O Senhor é o
meio providenciado pelo Pai, a fim de reconciliar o mundo com Deus. Exalte o
Eterno, pois você foi reconciliado com Ele em Cristo Jesus. A exemplo da igreja
em Filipos, não esqueça: “a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10). [Comentário: Assim, chegamos ao fim da Epístola do apóstolo
Paulo aos Filipenses. É importante recordar que o tema geral deste trimestre
objetivou aprendermos a humildade de Jesus como exemplo para a igreja
contemporânea. Em cada lição víamos a humildade do Meigo Nazareno
desdobrando-se na comunidade cristã antiga. A nota dominante em toda a carta é a alegria triunfante. Paulo, embora
privado de sua liberdade, estava muito feliz, e incentivava e ainda incentiva
seus leitores para sempre se regozijarem em Cristo. A alegria apresentada em
Filipenses envolve uma ardente expectativa da iminente volta de Cristo. Ao
longo da carta, Paulo demonstra a importância dos relacionamentos que deve
haver entre os irmãos, trazendo a visão dos efeitos que esta união vital dos
membros traz à Igreja. Ao fim da epistola, Paulo diz: “Tudo posso naquele
que me fortalece” (4.13). Não é uma declaração de pensamento positivo. O
que Paulo estava dizendo é que foi capacitado por Deus para passar por qualquer
situação, fosse de abundância ou escassez, de humilhação ou honra, de fartura
ou fome. Certamente, o obreiro de Deus precisa estar pronto para tudo isso e
não apenas alegrando-se com as riquezas ou abundância. Assim é a Carta aos
Filipenses, uma carta ética e prática em sua ênfase e centrada em Jesus. Para
Paulo, Cristo era mais do que um exemplo, Ele era a sua própria vida!].
NaquEle que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de
Deus" (Ef 2.8),
Graça
e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco
de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine,
prompte et sincere
Meu
coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)
Campina
Grande-PB
Setembro
de 2013.
EXERCÍCIOS
1. Como o apóstolo Paulo via a participação dos filipenses em suas
tribulações?
R. Paulo via a participação dos filipenses em
suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o seu coração.
2. O que sugere a expressão “tomar parte”?
R. A expressão “tomar parte” (v.14) sugere a
ideia de “partilhar com, ou coparticipar de”.
3. Qual o conselho do sábio Salomão em relação ao dinheiro?
R. “Quem ama o dinheiro, jamais dele se
farta” (Ec 5.10).
4. O que são ofertas de oblação?
R. Oferta sacrifical comestível — azeite, flor
de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao
consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3).
5. Como Paulo conclui a Carta aos Filipenses?
R. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
com vós todos. Amém!” (v.23).
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1239;
-. Filipenses - Epístolas Paulinas - E.P. myer pearlman - http://pt.scribd.com/doc/146430796/E-P-Myer-Pearlman
-. ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
-. PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
-. Stobaeus, Florilegium 5.43.
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1239;
-. Filipenses - Epístolas Paulinas - E.P. myer pearlman - http://pt.scribd.com/doc/146430796/E-P-Myer-Pearlman
-. ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
-. PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
-. Stobaeus, Florilegium 5.43.
Autorizo
a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito,
tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria,
igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando
e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site,
impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa
0 comentários:
Postar um comentário