quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Lição 9, A Vinda de Jesus em Glória

AUXÍLIO AO ALUNO EBD


A volta de Cristo será um evento grandioso e visto internacionalmente por aqueles que estiverem vivos no final da grande tribulação.

Se em sua primeira vinda Ele manifestou-se como um homem comum, sofrendo todas as implicações físicas dessa condição desde o seu nascimento, no segundo advento Ele aparecerá na sua real condição divina, com grande poder e glória, no comando formado por miríades e miríades de anjos.

No momento de maior tensão política e espiritual da grande tribulação, quando os exércitos reunidos pelo anticristo e seus aliados estiverem prestes a atacar Israel, o Senhor Jesus aparecerá nos céus com os seus anjos, arrebatará a Igreja (Mateus 24-29-31) e, a continuação, derrotará os exércitos do anticristo e instaurará o reino mundial de paz, denominado na Bíblia como Milênio (Apocalipse 20:1-6).

O anticristo será derrotado definitivamente na batalha do Armagedom ou Megido pelos exércitos celestiais de Cristo em sua segunda vinda (Zacarias 14:1-21). O destino final do anticristo e do falso profeta será o lago de fogo (Apocalipse 19:11-21).

Na parábola da figueira, contida em Mateus 24:32-33 e proferida no final do sermão profético, Jesus nos revela em que momento ocorreria a sua vinda gloriosa e qual deveria ser a expectativa dos discípulos em relação a ela.

Após narrar todos os acontecimentos principais dos últimos tempos, Jesus declara: "...Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo às portas". 

A que se referia Jesus quando mencionou "todas estas coisas"? Estava referindo-se à série de acontecimentos preditos por Ele próprio, momentos antes, no sermão profético.

Entre esses acontecimentos, o Senhor descreveu a grande tribulação, que antecederia a sua volta triunfal. Consequentemente, ao determinar que os seus discípulos veriam todas aquelas coisas, inclusive a grande tribulação, e que a sua volta gloriosa estaria próxima ao clímax daqueles eventos, o próprio Mestre relacionou a esperança de seus discípulos pela sua volta à segunda vinda Dele em glória e não a um momento anterior e oculto.

Ao ler as profecias bíblicas e ao estudar a história da Igreja primitiva, fica a clara noção de que nossos irmãos primitivos esperavam uma futura vinda de Jesus sem subdivisões ou etapas.

Sustentar que a segunda vinda do Salvador está subdividida em duas etapas separadas por alguns anos, como defende os modelos pré-tribulacionista (7 anos) e midi-tribulacionista (3 anos e 6 meses) é, entre outras suposições, deduzir que os irmãos em Corinto, Tessalônica, Roma, Filipos, Jerusalém, etc, sabiam perfeitamente que havia essa "subdivisão" implícita nos escritos de Paulo e dos outros apóstolos, já que os termos usados para o que os modelos pré e midi-tribulacionista denominam de "vinda para a Igreja" e "vinda para Israel", são os mesmos!!!

Ou seja, para que o argumento pré e midi-tribulacionista faça sentido no que concerne à "sub-divisão" da vinda de Jesus, os irmãos primitivos deviam estar cientes de algo que não é ensinado textualmente no Novo Testamento e que não consta em nenhum escrito de líderes cristãos até o século XIX... 


UMA VINDA VISÍVEL


Nenhum texto bíblico nos permite afirmar que Jesus virá ocultamente antes da sua vinda em glória logo após a grande tribulação.

Como abordamos no item VIGILÂNCIA EM MEIO À CRISE, a menção à vinda de Jesus como um ladrão, procura descrever um fato que será inesperado pela maior parte da população mundial e repentino.

Os vocábulos gregos utilizados para descrever a vinda de Cristo, até mesmo aqueles inseridos nos versículos citados corriqueiramente pelos que sustentam o pré-tribulacionismo, são palavras que denotam sempre visibilidade e poder.

Isso ocorre tanto com apocalipsys (revelação), epiphaneia (aparecimento) e parousia (vinda). Essas são as palavras usadas no Novo Testamento para descrever a segunda vinda de Jesus e nenhuma delas sugere uma vinda oculta. Pelo contrário, todas descrevem um acontecimento visível para todos.

Os textos que relatam mais detalhadamente a vinda de Cristo no seu momento inicial, ou seja, no momento em que aparecer no céu o sinal visível a nível mundial, sempre o descrevem acompanhado de anjos e exércitos celestiais e não mencionam a Igreja ou Noiva.

Isso deixa claro que Jesus não aparecerá nos céus com uma Igreja arrebatada anos antes e sim aparecerá nos céus com anjos, grande glória e poder para arrebatar a sua Igreja e derrotar o sistema maligno. Isso fica bastante claro em passagens como Mateus 25: 31-32:

"E quando o Filho do homem vier na sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele; e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas". 

Outro texto que narra o mesmo instante está em Apocalipse 19:14: "E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro". Em II Tessalonicenses 1:7-8 o apóstolo Paulo não deixa dúvidas a respeito da ordem dos acontecimentos finais. Vejamos:

"E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo".

Essa revelação dada a Paulo nos mostra claramente a ordem dos eventos e o momento em que acontecerão. Em primeiro lugar, Paulo não esperava um arrebatamento pré-tribulacional, pois o mesmo já estava sendo atribulado e aguardava, junto com a Igreja primitiva, o alívio definitivo para suas tribulações.

Quando aconteceria esse alívio? O próprio apóstolo nos responde: "...quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo..."

Até mesmo para um leitor menos atento, fica claro que Paulo está referindo-se à vinda de Jesus como Rei e Senhor para derrotar o anticristo e seu sistema. Se é neste momento que Paulo esperava alívio, obviamente esse alívio da tribulação para a Igreja no final dos tempos virá por ocasião da volta de Jesus em glória e não numa volta oculta anterior à tribulação!

Essa é a maravilhosa promessa que a Igreja deve esperar: a volta do Mestre, para arrebatar aqueles que são novas criaturas e mudar completamente o rumo do mundo.

Até o presente momento, o mundo inteiro jaz no maligno (I João 5:19). Nós aguardamos a volta de Cristo para mudar essa situação de uma vez por todas.


O MILÊNIO


Em relação à duração do Milênio, alguns afirmam não tratar-se de um período literal de mil anos, levando em consideração o caráter simbólico de muitas afirmações apocalípticas e também a relação divina com o tempo e o espaço, muito diferente da nossa.

O que podemos determinar, baseados numa interpretação literal da profecia referente ao Milênio, é que certamente haverá um período de paz e harmonia, logo após a volta de Jesus.

Neste momento os servos fiéis ao Altíssimo em todos os tempos receberão seus galardões (Apocalipse 20:4) e serão chamados para reinar juntamente com Cristo. 

Acreditamos que, após a derrota das forças malignas do anticristo, as condições naturais do planeta serão mudadas milagrosamente. Em primeiro lugar, o peso espiritual maligno que assola a Terra, ou seja, as potestades do ar, serão expulsas.

Toda contaminação atmosférica causada pelos eventos catastróficos da tribulação, todo desequilíbrio climático, enfim, tudo o que devastou a Terra e a natureza durante a história do homem decaído será restaurado. 

Os textos bíblicos que mencionam esse período milenar, deixam transparecer que ele terá condições semelhantes às condições existentes no Éden (Isaias 11:1-16).

A própria condição física do homem será privilegiada por essas mudanças, talvez levando os homens a viverem num período de tempo muito maior que o atual, aproximando-se à condição etária dos homens anti-diluvianos, o que talvez explique o termo "Milênio", já que os seres humanos conseguiriam viver aproximadamente esse tempo ou mais. Nesse caso, o Milênio abrangeria somente uma ou duas gerações humanas.

Esse contexto de perfeição existirá devido a dois fatores principais: a) presença física e espiritual do próprio Cristo na Terra, governando o planeta com amor e justiça e b) a saída de cena da trindade maligna, formada pelo anticristo, o falso profeta e Satanás. 

O anticristo e o falso profeta, após a derrota no Armagedom, serão lançados no lago de fogo. Satanás será preso durante esse período e solto no final do Milênio.

Muitos podem se perguntar a razão disso. Por que não lançar definitivamente Satanás no lago de fogo eterno, como acontece com o anticristo e o falso profeta e livrar o ser humano de uma vez por todas desse mal? Por que ainda soltá-lo?

Acreditamos que essa permissão divina esteja inserida em seu plano eterno no sentido de provar definitivamente a fidelidade da humanidade, dentro de um contexto de perfeição.

Ou seja, colocar o ser humano num meio de perfeição, sob um governo que terá a direção do próprio Cristo, numa sociedade perfeita e condições de vida excepcionais.

Não haverá desculpas nem pretextos para quem, no final do Milênio, cair na sedição satânica, que ajuntará muitas pessoas que preferiram as promessas enganosas do diabo ao reino de paz do Eterno (Apocalipse 20:7-9), mesmo vivendo nele e desfrutando de suas bênçãos.

Será a prova de fidelidade derradeira para muitos. Os rebeldes, liderados pelo próprio Satanás, subirão contra Jerusalém, centro do governo de Jesus, e serão definitivamente derrotados (Apocalipse 20:10).

Após esse fato definitivo virá uma ressurreição em massa e o juízo final (Apocalipse 20:11), para os que foram infiéis ao Pai durante toda a história humana e escolheram conscientemente seguir a rebelião começada por Satanás nos primórdios dos tempos.

Os condenados serão jogados junto com ele e seus anjos no lago fogo para todo sempre. Os salvos não participarão dessa última ressurreição em massa, pois mil anos antes já tinham participado da primeira ressurreição, ocorrida durante a volta de Jesus em glória para instaurar o Milênio (Apocalipse 20:4-6).

Após o juízo final, a promessa de novos céus e nova Terra será realizada. Um universo já totalmente livre de toda a raiz do mal e habitado por aqueles que amam verdadeiramente ao Pai. Aqueles que foram provados de todas as maneiras e aprovados.

Nesse momento, a nova Jerusalém descerá dos céus com destino à Terra, já completamente transformada e adquirindo o seu estado definitivo, e servirá como cidade central para o governo divino na nova Terra para toda a eternidade.

A nova Jerusalém, de acordo com os dados apocalípticos, é uma cidade de forma quadrangular, construída com elementos celestes e além de nossa imaginação, com dimensões continentais e possuindo muros de 69,12 metros (Apocalipse 21:16-17). Nela, o próprio Criador fará morada entre os homens.

Esse é o nosso chamado. Para isso fomos escolhidos. Para ter comunhão com o Pai eternamente, seja na Terra, nos céus, no universo e até além dos lugares onde a nossa imaginação limitada não consegue ultrapassar

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