Revista: Jovens
1º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - A TENTAÇÃO DOS HEBREUS NO DESERTOII - A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃOIII - A TENTAÇÃO DO USO INDEVIDO DO PODER CONCLUSÃO
Palavra-chave: Tentação.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
A Tentação do Sustento Material no “Deserto” (Mt 4.1-4)
a) A relação de Mateus 4.1-4 com a caminhada dos hebreus no deserto
Existe uma relação direta entre a narrativa de Mateus 4.1-11 e a narrativa da travessia dos hebreus pelo deserto, em especial três capítulos de Deuteronômio (Dt 6—8). O quadro comparativo abaixo ajuda a entender essa intertextualidade:
Quadro Comparativo
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Mateus 4.1-11 | Deuteronômio 6 —8 |
“Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mt 4.1) | Deus conduz o povo ao deserto e o submete à prova (Dt 8.2-32). |
“e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.” (Mt 4.2) | “Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do concerto que o SENHOR fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi e água não bebi.” (Dt 9.9) |
“Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4.4) | “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.” (Dt 8.3) |
“e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.” (Mt 4.6) | “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.” (Sl 91.11-12) |
“Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” (Mt 4.7) | “Não tentareis o SENHOR, vosso Deus, como o tentastes em Massá.” (Dt 6.16) |
“Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles.” (Mt 4.8) | “Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jericó; e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã.” (Dt 34.1) |
“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.” (Mt 4.10) | “SENHOR, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.” (Dt 6.13) |
O quadro demonstra que o texto de Mateus 4.1-11 está diretamente relacionado com Deuteronômio, que narra a história dos hebreus enquanto estavam no deserto, com destino à Terra Prometida. A única exceção é o Salmo 91.11, 12 que é utilizado pelo Diabo para contra argumentar com Jesus, quando se inicia a segunda tentação. Conhecer a história do povo hebreu no deserto e principalmente o texto de Deuteronômio foi fundamental para as respostas de Jesus ao Adversário. Ele reage a cada prova citando a Palavra de Deus e extraindo o princípio de cada passagem mencionada. Como aprendizado dessa prática de Jesus, Richards (2014, p. 19) comenta que “somos lembrados de que o poder libertador da Palavra de Deus não é liberado simplesmente pelo nosso conhecimento dela, mas somente quando a aplicamos”. Portanto, não é possível estudar a tentação de Jesus em Mateus sem considerar esses textos.
b) A tentação de Israel no deserto por 40 anos
A tentação de Jesus assemelha-se ao Haggadah judaico. Ele é um dos dois tipos de midraxe (deve ser usado em uma situação histórica particular e em seu contexto natural): halakhah e haggadah. Enquanto o halakhah é uma explicação da Lei, o haggadah é uma literatura talmúdica que não lida com a Lei, mas ainda faz parte da tradição judaica. Haggadah significa recitar, narrar ou recontar e é um dos mais importantes textos da tradição judaica. No início da Páscoa, judeus de todos os cantos da terra se reúnem para lê-lo ao redor da mesa. Ele contém a narrativa tradicional do Êxodo do Egito. Uma celebração da passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade, passando necessariamente pelo deserto. O objetivo dos dois tipos de midraxe é a aplicação prática do texto ao presente dos seus leitores.
Quando os hebreus saíram da escravidão do Egito, onde abundava a injustiça, e caminhavam com a incumbência de criarem uma sociedade justa, tiveram que passar pelo deserto e residir nele por 40 anos. Deserto é lugar de fome, porém também é lugar de aliança, purificação e encontro com Deus (Êx 19.1ss). Segundo Barros (1999, p. 33), “a tentação do pão, do maná é a da garantia do sustento material”. No Egito, apesar da escravidão, a alimentação e necessidades básicas eram garantidas. Na caminhada pelo deserto, apesar da parcial liberdade, as condições não eram favoráveis e em várias oportunidades o povo teve que demonstrar sua confiança na dependência da ação divina. Muitos dentre o povo, nestas condições, colocaram em dúvida a proteção e o cuidado de Deus, tentando-o. Por isso, a maioria das pessoas que saíram do Egito não entrou na Terra Prometida. No momento da necessidade, duvidaram e murmuravam contra Deus (Êx 16.3-8), por isso ficaram pelo caminho.
c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias
O Filho de Deus ser tentado não é uma coisa fácil de assimilar. Todavia, Mateus narra que Jesus foi levado para ser tentado logo depois de seu batismo, ou seja, quando recebe a revelação e autoridade dada por Deus de sua filiação divina e uma “autorização” para iniciar sua missão. Não parece ser desproposital essa sequência, pois as tentações de Jesus estão diretamente relacionadas com a maneira como Ele cumprira a sua missão como Resgatador da humanidade. Dessa forma, a narrativa da tentação aborda sobre o que o cristão deve estar atento em relação ao que pode impedir (injustiça e desigualdade) o Reino da justiça e o cumprimento da missão solidária. Jesus para ser o Salvador da humanidade precisava ser submetido às mesmas condições que a criatura a ser libertada (Hb 2.1,18; 4.15; 5.7-9). No entanto, é importante ressaltar que o fato de ser submetido à tentação não implica necessariamente ter cometido pecado. Nem toda tentação conduz ao pecado, isso depende de quem é submetido à tentação.
Jesus foi desafiado como Filho de Deus a fazer uso de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades de natureza humana 1. Como ser humano ele estava sujeito à fome e à dor, como qualquer outra criatura humana. Jesus rebate a tentação utilizando a própria Palavra de Deus: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3). Richards (2014, p. 19) vê nessa resposta de Jesus afirmação de sua natureza humana, “sem apelar para a prerrogativa independente da divindade que Ele tinha voluntariamente deixado de lado na encarnação”. Todas as pessoas passam por tentações. Somente as pessoas que não precisam fazer opções não são tentadas. Mas, quem está isento de tomar decisões? Portanto, se for oferecida alternativa para suprir suas necessidades matérias, porém com exigências de que você viole os princípios bíblicos e sua missão como cristão, não abra mão de sua comunhão com Deus e a garantia as promessas dEle sua vida. Enquanto o povo hebreu murmura contra Deus por causa da fome (Êx 16.3-8), Jesus segue resignado para cumprir sua missão. Lembre-se das palavras de Jesus e escolha fazer a vontade de Deus, independente do custo!
*Este subsídio foi adaptado de NEVES, Natalino das. Seu Reino Não Terá Fim: Vida e obra de Jesus segundo o Evangelho de Mateus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 45-49.
Professoras e professores, observem estas orientações:
1 – Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Dirijam-se aos alunos, chamando-os pelo nome, para tanto é importante uma lista nominal para que vocês possam memorizar.
- Perguntem como passaram a semana.
- Escutem atentamente o que eles falam.
- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
2 - Este momento não é uma mera formalidade, mas uma necessidade. Ao escutá-los, vocês estão criando vínculo com os alunos, eles entendem que vocês também se importam com eles.
Outro fator importante para estabelecer vínculos com os alunos é através das redes sociais, adicionem os alunos e mantenham comunicação com eles.
3 - Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email ou pelas redes sociais,deixando uma mensagem “in box” dizendo que sentiu falta dele(a) na EBD).
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
4 – Escolham um momento da aula, para mencionar os nomes dos alunos aniversariantes, parabenizando-os, dando-lhes um abraço, oferecendo um versículo.
5 – Fazendo o que foi exposto acima, somando-se a um professor motivado, associando a uma boa preparação de aula, com participação dos alunos, vocês terão bons resultados! Experimentem!
6 – Agora, vocês iniciam o estudo da lição. Vejam estas sugestões:
- Apresentem o título da lição, escrevendo no quadro ou cartolina: A tentação de Jesus.
- Trabalhem com os alunos sobre as 03 áreas nas quais Jesus foi tentado. Para isto, coloquem no quadro, estas expressões:
Necessidade física
Necessidade Emocional
Necessidade Psicológica
Depois, leiam o texto bíblico que faz referência ao tema em estudo – Mt 4. 1 ao 11, e, à medida que a leitura for realizada, vocês apontam qual o tipo de área a que se refere a tentação.
- Falem que eles(os alunos) também são tentados nestas áreas. Então, contextualizem o tema com a vida do jovem, com o mundo cheio de atrativos, mas enfatizem que é possível resistir as tentações.
- Utilizem a dinâmica “Tesouro Escondido”.
- Ao trabalhar o conteúdo da lição, vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem mais significativa.
- Para concluir aula, leiam o texto “A Corrida dos Sapinhos” e depois reflitam sobre a lição que o texto nos traz: ficar “surdo” aos apelos mundanos que nos levam a tentação.
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Tesouro Escondido
Objetivo: Incentivar a leitura bíblica e a observância da Palavra de Deus, como parâmetro para resistir às tentações.
Material:
01 Bíblia pequena
01 caixa em forma de coração.
Observação: A Bíblia deve caber dentro da caixa em forma de coração
Procedimento:
1 - Antes da aula:
Coloquem a Bíblia dentro da caixa, deixando a tampa bem fechada, se necessário usem durex. Realizem esta ação ainda em casa, para que os alunos não vejam o conteúdo.
2 - Durante a aula:
- Falem que dentro da caixa há um objeto e vamos ver quem descobre?
- Passem a caixa para cada aluno, para que descubram o que há dentro; orientem que podem balançar a caixa, mas não podem abri-la.
- Se alguém descobrir, abram a caixa, mostrem a Bíblia e leiam Salmo 119:11: “Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”.
Peçam para que os alunos repitam este versículo.
- Se não descobrirem o conteúdo da caixa, façam o mesmo procedimento do item anterior.
- Para concluir, falem sobre a importância da leitura bíblica e da obediência a Palavra de Deus, para resistir as tentações, pois elas aparecerão, mas quem está firmado na Palavra não cede as tentações.
Texto de Reflexão
A Corrida dos Sapinhos
Era uma vez um tempo em que os bichos falavam... Nesse tempo também havia alegria, diversão e competição. Certa ocasião, decidiram realizar uma corrida de sapinhos.
Eles tinham que subir uma grande torre e atrás havia uma multidão, muitos outros bichos para vibrar com eles.
Começou a competição e a multidão dizia:
- Não vão conseguir. Não vão conseguir.
Os sapinhos iam desistindo um por um. Menos um que continuava subindo.
Aí aclamava a multidão:
- Vocês não vão conseguir!
E os sapinhos iam desistindo um por um, menos um que subia tranquilo. Ao final da competição, todos desistiram menos aquele.
Todos ficaram curiosos para saber o que tinha acontecido. Quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar lá, descobriram que ele era SURDO!
Autoria desconhecida.
fonte:http://atitudedeaprendiz.blogspot.com.br/
http://www.escoladominical.com.br
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