segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Lição 10: Milênio - Um Tempo Glorioso para a Terra



“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6).


A tragédia do pecado transtornou toda a ordem que reinava no planeta. O homem, criado à “imagem de Deus”, perdeu a glória que o Criador imprimiu em sua estrutura espiritual, emocional e física. O resultado foi a doença, o envelhecimento e a morte, no aspecto físico (Gn 3.19).
O homem conheceu a morte espiritual, ou seja, a separação de Deus, e se torna morto “em ofensas e pecados” (Ef 2.5; Gn 2.17). E conheceu o mais terrível inimigo, depois de Satanás - a morte física (1 Co 15.26; Rm 5.12). Suas estruturas, seus nervos, suas células, seus tecidos, seu corpo todo e sua mente sofreram o impacto violento de mudanças radicais. Sua energia vital foi reduzida a um nível tão baixo, que, hoje, um vírus ou um micróbio pode levá-lo à morte física. Basta que o cérebro fique privado de oxigênio durante dois ou três minutos para que sobrevenha a morte, ou, no mínimo, lesões irreparáveis. A morte física, conseqüência do pecado, foi um preço alto demais pelo conhecimento do pecado. Doenças, dor, separação, lágrimas, tristezas, angústias, tudo por causa de um gesto, um ato, uma ação de desobediência ao Criador, que avisou ao homem que não comesse da árvore proibida: “Certamente morrerás”.
O planeta Terra, que seria um “paraíso global” para o habitat do homem, sofreu a maldição de Deus. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transformadas. Antes, a terra só produzia para benefício do homem. Depois passou a germinar cardos e espinhos.

Isso, sem dúvida, refere-se a tudo que, na natureza, prejudica o homem. Este se serve da terra, mas com dor, com sofrimento. Mesmo que use a inteligência e consiga utilizar os instrumentos materiais para o cultivo da terra, isso tem um custo muito alto. E os frutos da produção não são acessíveis a todos.
Mas Deus, em seu amor e misericórdia para com o ser criado, realizou o seu plano de redenção da humanidade, enviando Jesus Cristo para morrer em seu lugar e salvar a todo que nEle crê (Jo 3.16). O plano de salvação é da parte de Deus, mas precisa da aceitação do homem, dotado de livre-arbítrio; e o pecado continua a dominar a mente humana. Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a restauração espiritual, moral, social, ecológica, ambiental e institucional. Porém, para que esse plano global de restauração possa ser implementado, as estruturas espirituais e humanas precisam ser transformadas. E essa transformação se dará quando Cristo puser seus pés sobre o Monte das Oliveiras, e destruir todos os poderes espirituais, satânicos e humanos da face da terra. Já vimos que, em sua vinda em glória, Jesus vai prender o Diabo no abismo (Ap 20.1), durante mil anos, e o falso profeta e o Anticristo serão lançados no “lago de fogo e enxofre” (Ao 19.20). Neste estudo, veremos o que a Bíblia nos revela sobre o Milênio, que trará um período sem precedentes na História do homem e do planeta Terra.
1 - O Reino Milenial
1. A Restauração do Planeta
O Milênio será um período literal de mil anos, e não uma utopia, como ensinam certos teólogos revisionistas da Palavra de Deus. No período milenial, Jesus governará a Terra, juntamente com sua Igreja glorificada, preparando-a para ingressar no “perfeito estado eterno”. Nos sete primeiros versículos do capítulo 20 de Apocalipse, aparece a expressão “mil anos” seis vezes. O planeta foi dado por Deus “aos filhos dos homens” (SI 115.16). “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Além de cuidar do planeta, o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre todos os reinos naturais (Gn 1.28). Mas, usando mal o seu livre-arbítrio, o homem fracassou em cuidar de si mesmo e do planeta.
Era o plano original de Deus que o homem, feito à sua imagem e semelhança, o representasse, cuidando do planeta. Porém, com a entrada do pecado no mundo e a Queda do homem, toda a natureza foi perturbada e atingida pelos nefastos efeitos do rompimento da comunhão do homem com o Criador. Diz Paulo: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm 8.20-22). A Terra ou a criação aguarda a gloriosa redenção do homem e da própria natureza, quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.23).
2. Jesus Governará a Terra
As profecias asseguram isso. O anjo da anunciação disse a Maria, acerca de Jesus: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim (Lc 1.32,33). Para que Jesus possa reinar soberanamente sobre a Terra, todos os governos e reinos terão que se submeter à sua vontade. “Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei por inocente” (Jr 30.11 - grifo nosso). “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9; Ap 11.15,16).
Na revelação que Deus deu a Nabucodonosor, ele viu todos os impérios mundiais, um após outro, em sucessão do poder humano e político. No resumo a seguir, do teor da visão de Nabucodonosor, vemos a seqüência histórica dos reinos do mundo, todos entrando em decadência, até serem substituídos pelo Reino que não terá fim, o Reino de Cristo, no Milênio. Cada parte da estátua representava impérios e reinos com domínio sobre o mundo.

1) A cabeça de ouro: Representava o Império Babilônico (Dn 2.32,37,38). Foi o primeiro império mundial (gentio), entre os anos 604-561 a.C; em 586 a.C., foi destruído o Templo de Salomão em Jerusalém;1 O rei era obcecado pelo espírito de grandeza do seu reino: foi um grande administrador; construiu os famosos “jardins suspensos ; Deus lhe falou em sonhos, e mostrou o fim de seu reino.
2) O peito de prata: Representava o Império Medo-Persa (2.32); vê-se a confirmação nos capítulos 7 e 8. A História Geral mostra isso. A Babilônia, no tempo de Hamurábi, construiu um canal que ia até o Golfo Pérsico, paralelo ao Eufrates; no 2º Império, cresceu muito, e corrompeu-se, enfraquecendo-se; os medos e persas, coligados, invadiram de noite; o povo recebeu-os com festas (556 a.C.). Segundo a História, os invasores desviaram o rio por baixo das muralhas.
3) O ventre de bronze: Representa o Império Grego (2.32). Da- rio foi enfrentado pelos gregos, durante meio século (492-449 a.C.). Alexandre da Macedônia foi quem o derrotou em 330 a.C. Dario foi assassinado por um sátrapa, enquanto caía nas mãos dos gregos (História Geral Armando Souto Maior). Alexandre dominou o mundo de então. Estendeu seu império até à índia, Babilônia, Egito. Em Babilônia, foi recebido com festas. No Egito, aceitou o título de “Filho de Amom”. Começou a reinar com 20 anos. Aos 33 anos, morreu embriagado, com febre. Seu império foi esfacelado (Dn 8.21,22), dividido entre seus quatro generais: Lisímaco, Cassandro, Seleuco e Ptolomeu, conforme a História Geral, para cumprir-se a profecia.
4) As pernas de ferro, pés em parte de ferro e em parte de barro. Representam o Império Romano. Nos meados de 300 a.C., Roma dominou a Grécia e dominou o mundo. O Império estendeu-se por toda a parte. Em 395, d.C., dividiu-se em duas partes (as duas pernas): Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
O primeiro, com sede em Constantinopla; o segundo, com sede em Roma. Historicamente, foi o cumprimento perfeito da profecia. Deus vela pela sua Palavra para a cumprir (Jr 1.12). 
5) Dez dedos - barro misturado com ferro (2.41,42). São dez reinos, resultantes do antigo Império Romano, que estarão em evidência nos fins dos tempos (v. 44); correspondem aos 10 chifres do 4° animal de Daniel 7.24 e aos 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Refere-se a um poder que “existiu, e que no momento não existe, mas que voltará a existir” (Ap 17.8). Trata-se de uma confederação de nações, que se unirão no território do antigo Império Romano. Hoje, é identificado como a União Européia, que já tem um parlamento, e uma moeda única, o Euro. Corresponde aos tempos atuais, em que as nações, em geral, são governadas por democracias que são, ao mesmo tempo, fortes (ferro) e fracas (barro). Não há verdadeira união. O número 10, na Bíblia, dá ideia de globalização.
Notemos que a Europa, que foi o “berço das missões mundiais , é atualmente o lugar mais avesso ao evangelho de Cristo. Ali, o cenário espiritual está sendo preparado pelo Diabo para dar lugar ao Anticristo. Igrejas estão sendo fechadas aos milhares ao longo dos últimos anos. O movimento islâmico radical está se impondo como força política e religiosa, com o intuito de dominar o mundo. O ódio a Israel é evidenciado de forma clara e aberta, e os governos silenciam. Os judeus estão migrando para sua pátria em grande número, pois a perseguição está se intensificando contra descendentes de Abraão.
6) O Reino que não terá fim-a pedra cortada sem mãos. Diz o livro de Daniel: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação” (Dn 2.44,45). Será o Reino de Cristo, implantado no Milênio. (Ver comentário na segunda parte deste estudo.)
Na seqüência acima, vemos que cada reino do mundo, nos tempos dos gentios”, que começaram com Jerusalém sendo pisada pelos babilônios (Lc 21.24), é temporário e inferior ao seu antecessor. Esses “tempos” terminarão quando Cristo destruir todos os impérios gentios do mundo, como descrito na visão da estátua misteriosa. Isso prova que a humanidade não tem evoluído espiritual nem moralmente. Caminha para a destruição de suas estruturas políticas, econômicas, sociais, morais e espirituais. Começa com ouro e termina com barro. (Ver Rm 1.18) A visão é espiritual. A Bíblia mostra o “fim da história”. E revela que a imagem representativa dos reinos do mundo começou grande e terminou em pó! A Pedra, que é Cristo, começou pequena, numa manjedoura, sem parecer nem formosura (Is 53.2), mas cresceu, tornou-se grande, gloriosa e encheu o mundo inteiro!
3. Jerusalém Será a Capital do Mundo
No Reino Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo. Em julho de 2015, os Estados Unidos deixaram de reconhecer Jerusalém como capital de Israel (um grande erro), para satisfazer os interesses dos inimigos de Israel. No entanto, no Milênio, ela será, de fato, não só a capital de Israel, mas a capital do mundo! 'Visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e de Jerusalém. E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do Senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor” (Is 2.1-3 - grifo nosso; Is 60.3).
Os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, a Alemanha, o Japão, o Brasil e todos os povos, para sobreviverem, terão que dar valor a Jerusalém: E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorarem o Rei,
o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a Festa das Cabanas. E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva” (Zc 14.16,17 - grifo nosso).

II - Como Será o Governo de Cristo

1. Jesus Governará com seus Servos
No Milênio, o governo de Cristo representará o último reino mundial (e universal). Não será democrático, nem comunista, nem capitalista; será teocrático; virá do céu, implantado sem a mão do homem, que é sempre corruptível. Diz o livro de Daniel: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação” (Dn 2.44,45 - grifo nosso).
A “pedra”, cortada “sem mãos”, representa Cristo (At 4.11;1 Co 10.4; 1 Pe 2.4); Jesus, o Rei, nasceu sem intervenção humana (Is 53.3; Dn 8.25). A pedra, que é Cristo, esmiúça a imagem simbólica, batendo nos pés (o que resta dos reinos mundiais); destrói o que resta do “Império Romano”; hoje, o Direito é romano, a filosofia vem dos gregos, a arrogância vem dos babilônios, a riqueza e a energia vêm dos petrodólares. Haverá um juízo repentino e catastrófico sobre toda a humanidade, como vimos no estudo sobre a Grande Tribulação. Tudo o que resta dos impérios, reinos, governos, sistemas políticos, econômicos e sociais será aniquilado e substituído pelo Reino de Cristo. O poder dos gentios começa e termina com uma grande imagem. Em Daniel, começa com a “cabeça de ouro” - Babilônia (Dn 2.31); em Apocalipse, termina com a imagem da Besta, o Anticristo (Ap
13.14,15).
Jesus reinará com poder pleno sobre a Terra. Em sua Carta a Timóteo, Paulo anteviu a glória do reino milenial: Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!” (1 Tm 1.17). Como a capital do mundo será Jerusalém, no aspecto político-administrativo, o governo do mundo terá a preeminência do povo de Israel. Não quer dizer que Israel vai dominar o mundo. Mas Cristo, em Jerusalém, dominará o mundo. Os líderes de Israel, no Milênio, seguirão as ordens legais do “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”. O líder universal será Cristo Jesus.
2. A Igreja Reinará com Cristo
Os salvos em Cristo haverão de participar da primeira ressurreição, como parte integrante da sua Igreja. Eles reinarão com Cristo no Milênio: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos (Ap 20.6; 1.6; 5.10 - grifo nosso). No toque da sétima trombeta, na Grande Tribulação, já haverá a proclamação do reinado universal de Cristo: “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus” (Ap 11.15,16). Os salvos serão reis e sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade sobre as nações: 11E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai, (Ap 2.26,27; 2 Tm 2.12a). Na verdade, além de julgar o mundo, os salvos da Igreja hão de julgar os anjos! (1 Co 6.3).
Daniel viu o reino de Cristo no plano universal “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27).
3. A Nova Jerusalém
Acima da Jerusalém terrestre, em Israel, haverá a Jerusalém Celeste, ou a nova Jerusalém”. (Ler Ap 21.1-26) Os salvos, em corpos glorificados, não precisarão das estruturas de moradia terrestre, nem dos suprimentos produzidos pelo homem, na agricultura, na indústria e no comércio. Os glorificados terão “metabolismo” espiritual. Seus corpos, semelhantes ao de Jesus ressuscitado (Fp 3.21), poderão deslocar-se no espaço sem auxílio de transportes aéreos, atravessar portas fechadas, como o fez Jesus após ressuscitar 0o 20.26). Por isso, habitarão na nova Jerusalém, que será uma cidade preparada nos céus. Jesus prometeu aos seus discípulos que iria prepara lugar no céu para eles 0o 14.2,3). A nova Jerusalém está nos céus (G14.26), mas, quando Jesus vier com sua Igreja, ela descerá para as regiões siderais e pairará como um satélite sobre o mundo. Pr. Cohen diz que “Essa maravilhosa cidade-noiva ficará pairada sobre a terra, durante todo o Milênio, como uma bela estrela, representando a glória de Deus” (Ap 21.23-27). “E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra” (Ap 21.24 - grifo nosso). Certamente, os salvos glorificados transitarão entre a nova Jerusalém (nos céus) e a Jerusalém terrestre, num intercâmbio promovido pelos interesses do Reino Milenial.

III - Características Especiais do Milênio

1. Quem Participará do Milênio

Dois grupos de pessoas entrarão no Milênio. Um grupo será constituído dos salvos, com corpos glorificados, que incluem a Igreja, os salvos do Antigo Testamento e os salvos na Grande Tribulação (Ap 7.14) e “o remanescente” dos israelitas, salvos por Cristo, na Batalha do Armagedom (Rm 9.27). O outro grupo será o do restante dos povos, em corpos humanos naturais, que escaparem da Grande Tribulação, em um número bem reduzido, face os que forem exterminados nas catástrofes que desabarão sobre o mundo; e também as pessoas que forem nascendo durante o Milênio. Os povos que escaparem da Grande Tribulação entrarão no Milênio, e se organizarão como nações, alinhadas e adaptadas à Nova Ordem Divina sobre a Terra. Tendo em vista a ausência do Diabo, o mal, como existe hoje, não terá lugar na mente das pessoas, nem na natureza e nas relações entre as nações.
2. Sete Aspectos Relevantes do Milênio
1) Haverá um conhecimento universal de Deus. “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9 - grifo nosso; Is 54.13) Haverá um derramamento pleno do Espírito Santo (Is 32.15). Nos tempos presentes, a maior parte dos meios de comunicação, de ensino, de pesquisas e informações privilegiam o conhecimento humano, notadamente de origem materialista, humanista e evolucionista. Mas, no Milênio, a mídia e todos os meios de comunicação de massa ou especializado divulgarão os benefícios e as características extraordinárias do Reino Milenial.
A pregação da Palavra de Deus será plenamente livre e os mensageiros de Deus terão acesso a todos os meios de comunicação para divulgarem as leis e os ensinos de Cristo (Mt 24.14). Será um verdadeiro avivamento mundial em busca do conhecimento de Deus. Jerusalém será o centro da evangelização mundial no Milênio: “E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém” (Mq 4.2 - grifo nosso). O pecado, a rebelião e a incredulidade não serão tolerados (SI 2.10-12).
2) Haverá paz perfeita na Terra. Haverá um mundo sem doenças, sem violências e mortes e completa harmonia entre as nações. Por isso, Jesus é “o Desejado de todas as nações [...] diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.7). Jesus é o “Príncipe da Paz” (Is 9.6). O homem desfrutará da mais completa paz, em todo o planeta. As famílias viverão em completa união. Os filhos terão plena harmonia com os pais (Is 65.23). Não haverá mais guerras ou conflitos bélicos durante os mil anos de paz sobre a Terra. E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear” (Is 2.4). Esse clima de paz perfeita perdurará até o final do Milênio, quando haverá a “última Guerra Mundial”, a batalha de “Gogue e Magogue”, quando Satanás, solto por um pouco de tempo, levantará as nações contra Deus. (Ler os capítulos 38 e 39 de Ezequiel.)
3) A justiça e a verdade serão plenas. “Mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins” (Is 11.4,5). No Milênio, a justiça terá o padrão divino. Não haverá julgamentos injustos ou tendenciosos; não haverá justiça venal, nem venda de sentenças em julgamentos. “Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão” (SI 9.8; 50.6; 89.14; 96.13).
4) A natureza animal será mudada. Animais perderão sua ferocidade e medo do ser humano. “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco” (Is 11.6-8). Os animais voltarão a ser “vegetarianos”, como no início (Gn 1.30). Para os materialistas e ateus, essas predições sobre o Milênio não passam de utopia e mito. Também os teólogos materialistas, ou “ateólogos”2.

Certamente, responderão perante o autor da Bíblia. Diz ainda a Palavra de Deus: O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor” (Is 65.25).
5) O reino vegetal será altamente produtivo. A maldição da terra por causa do pecado desaparecerá (Gn 3.17,18). Não haverá necessidade de agrotóxicos, pois a bênção de Deus estará sobre a produção de alimentos. Não haverá falta de alimentos (Jr 31.12; SI 67.5,6). A produção agrícola será altamente eficaz (Jl 2.24). A oferta de alimentos atenderá à procura e os preços serão equilibrados. “E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto” (Is 65.21). “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão. E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto” (Am 9.13,14; ler Is 30.23,25). Um rio sairá de Jerusalém e fertilizará as terras (Zc 14.8; Ez 47.1,12);
6) Haverá saúde e prosperidade para todos. As condições ambientais serão altamente favoráveis à melhoria da qualidade de vida no planeta. A longevidade surpreenderá a todos pelas excelentes condições de saúde. “Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias [...] E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. [...] não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.20-22). Além da saúde, as condições de moradia para todos serão as melhores jamais vistas. Nenhum programa habitacional se compara ao que o Reino de Cristo concederá aos homens.
7) O meio ambiente será restaurado ao seu estado original. O meio ambiente será transformado e altamente saudável. Não haverá secas, enchentes, terremotos ou qualquer catástrofe natural. O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também regurgitará de
Sagrada. A nosso ver, acabam sendo piores que os incrédulos e ateus, pois estes não conhecem a revelação de Deus para o homem.alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, a excelência do nosso Deus. [...] porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo. E a terra seca se transformará em tanques, e a terra sedenta, em mananciais de águas; e nas habitações em que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos” (Is 35.1,2,6,7).
Utopia? Para os incrédulos. Para os crentes, esperança para o mundo. Mesmo sendo referências às bênçãos sobre Israel, tais benefícios se estenderão a todo o planeta. Nem os mais fanáticos ecologistas imaginam tamanha harmonia na natureza. Na verdade, esses movimentos buscam lucro para seus integrantes à custa da falsa defesa do meio ambiente. Enquanto defendem os animais “em extinção”, não dão uma palavra contra o crime hediondo do aborto. O meio ambiente e a ecologia serão totalmente restabelecidos, não haverá mais secas, enchentes, furacões, tornados e outras catástrofes naturais. Isso será coisa de um passado distante.

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