quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Lição 3, O perigo das Obras da Carne


TEXTO ÁUREO

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).

VERDADE PRÁTICA

Oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelas obras da carne.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE  - Lucas 6.39-49.

OBJETIVO GERAL

Explicar o perigo das obras da carne.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Identificar o que é concupiscência da carne;
II. Mostrar o que é um caráter moldado pelo Espírito;
III. Saber que uma vida que não agrada a Deus vive segundo a carne e é infrutífera.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Professor, todo ensino deve provocar uma mudança. Se não há mudança, não há aprendizado. Seus alunos devem entender o perigo das obras da carne e repudiar isso de suas vidas. Todos estão sujeitos a caírem nesse mal, mas a partir do momento que o Espírito Santo tem o total controle sobre o crente, dificilmente as obras da carne terão chance de se sobressair. A oração e a vigilância são elementos fundamentais para a luta contra uma vida de pecado, considerando que para Deus não há tamanho de pecado. Pecado é pecado e ponto! O crente deve ouvir a Palavra e ser semelhante ao homem prudente: colocando em prática tudo o que ouvir. Fazendo assim, permaneceremos firmes quaisquer que sejam as tempestades que possam assolar a nossa vida.

DESENVOLVIMENTO DA LIÇÃO - ALCANÇANDO OS OBJETIVOS

INTRODUÇÃO



I. A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE

 O Que é A concupiscência da carne ? 

A CONCUPISCÊNCIA da Carne é Um termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os homens caídos (Rm 7.8; Cl 3.5; 1 Ts 4.5).
A opinião bíblica Reformada vê a concupiscência como a lascívia que leva a pecar, desenvolvida quando o homem rebelou-se contra Deus e caiu. Ela é pecaminosa em si, e revela a corrupção de toda a natureza do homem e o pecado que está nele.

CONCUPISCÊNCIA
 1. Forte desejo. Pode ser um desejo ardente (heb. nephesk), como o do exército egípcio para alcançar e destruir Israel no Mar Vermelho (Ex 15.9); ou dos negociantes ansiosos (epithumias) para auferir os lucros de seus empreendimentos comerciais (Ap 18.14); ou simplesmente um desejo (gr. epithumia) ou uma ambição por outras coisas (Mc 4.19). ^
2. Desejo excessivo, forte anseio, luxúria no sentido de excesso (heb. ta’awa, Nm 11.4,34; SI 78.30). Muitas coisas boas quando feitas em excesso para a autogratificação se tornam luxúria, como por exemplo, comer demais, gastar tempo demais como prazer (Rm 13.14).
3. Um desejo consumidor pelo que é bom, isto é, zelo peio que é correto. O termo gr. epithumia, quando usado para o que é verdadeiramente um zelo piedoso, foi traduzido
como “desejo” em Lucas 22.15; Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 2.17. Este uso do termo
grego mostra claramente que é o objeto de desejo de uma pessoa ou sua motivação (e não sua intensidade), que torna esse desejo certo ou errado.


 A Expressão “Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de DEUS (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do ESPÍRITO .

A natureza humana caída."carne", aqui, diz respeito ao mundo, à natureza humana caída e escrava de tudo que se opõe ao ESPÍRITO (Gl 5.16-25).
Toda a natureza terrena e material que controla o ser humano pode ser considerada "carne", o desejo de ficar para sempre na Terra é um sinal evidente da natureza carnal humana.
A carne isola o homem de tudo o que é espiritual (v.8) e engloba todas as formas de arrogância. 
Quando o ser humano se esquece de DEUS e confia em homens ou em si mesmo para viver aqui na Terra demonstra claramente sua carnalidade.
Sempre que o "eu" aparece em oposição a DEUS, ali está a carne. 

O egoísmo e super-exaltação ou louvor de si mesmo é imitação de Satanás, é personalidade oposta a DEUS que quer que sejamos humildes e dependentes DELE. 
João esclarece-nos: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida são opostas a DEUS (1 Jo 2.15-17).

Concupiscência é desejo, é ambição, é se submeter à vontade da carne. Esse desejo nasce no corpo, esfera física, passa para os olhos, entrada da alma, passando ao espírito humano, soberba, desejo de ser superior aos outros.  

 Os que andam "segundo a carne". Não há méritos em viver alheio à vida de DEUS (Ef 4.18), seguir os próprios pensamentos e inclinações (Is 53.6) de uma natureza que jaz em iniqüidade (Rm 7.24). 

Concupiscência dos olhos.



Tiago diz que cada um é atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Essa palavra epithumia (“desejo”, RSV) pode ter um significado neutro, nem bom nem mal. Assim, H. Orton Wiley escreve: “Todo apetite é instintivo e sem lógica. Ele não identifica o erro, mas simplesmente anela pelo prazer. O apetite nunca se controla, mas está sujeito ao controle. Por isso o apóstolo Paulo diz: ‘Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado’ (1 Co 9.27)”. Este talvez seja o sentido que Tiago emprega aqui.

No entanto, na maioria dos casos no Novo Testamento, epithumia tem implicações maléficas. Se for o caso aqui, quando um homem é seduzido para longe do caminho reto, isso ocorre por causa de um desejo errado. Tasker escreve: “Este versículo, na verdade, confirma a doutrina do pecado original. Tiago certamente teria concordado com a declaração de que ‘a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice’ (Gn 8.21).
Desejos concupiscentes, como nosso Senhor ensinou de maneira tão clara (Mt 5.28), são pecaminosos mesmo quando ainda não se concretizaram em ações.”

II.  O QUE É UM CARÁTER MOLDADO PELO ESPÍRITO ?

Todos que são Guiados pelo Espírito Santo , São filhos de Deus (Gálatas 5:18) ; estes tem seu Caráter Moldado.
São moldados pelo Espírito aqueles que experimentaram o novo nascimento ,e andam "segundo o ESPÍRITO".

"Os que andam segundo a carne, atendem às coisas da carne; mas os que andam segundo o ESPÍRITO, às coisas do ESPÍRITO." Ver Gálatas 5:17 

 Inclinar é humilhar-se, é se colocar à disposição do ESPÍRITO SANTO, caso se queira seguir a DEUS.  "Inclinar-se para as coisas do ESPÍRITO" Trata-se de dispor a razão, a vontade e os sentimentos ao domínio do ESPÍRITO.  Ser dominado, ser servo, ser dirigido, ser guiado em sensível obediência ao ESPÍRITO SANTO.

"inclinar-se" indica a ação total da personalidade humana (razão, vontade e sentimento) em sujeição à carne ou ao ESPÍRITO . (Rm 8.5).

III. UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS VIVE SEGUNDO A CARNE E É INFRUTÍFERA.

"A carne milita contra o ESPÍRITO, e o ESPÍRITO contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do vosso querei" (AV: "... de modo que não podeis fazer as coisas que gostaríeis de fazer"). Estas palavras de Gálatas 5:17 .
há uma lutar constante em nós entre a carne e o Espírito, mas aquele que vive sengundo acarne não tem uma vida flutifera .
mas  o capítulo 8 de Romanos,  descreve a vida vitoriosa e cheia de esperança vivida por aqueles que não andam "segundo a carne, mas segundo o ESPÍRITO (8:4), aqueles "Que estão em CRISTO JESUS" (8.1).

Sob a velha Natureza era simplesmente impossível fazer a vontade de DEUS, e se a velha natureza ainda domina a vida dos homens, fazer a vontade de DEUS continua sendo uma impossibilidade. Mas aqueles cuja vida é dominada e dirigida pelo ESPÍRITO, fazem de coração a vontade de DEUS.

Como vimos e estudamos o terno Carne: No sentido ético ela faz referência à natureza
carnal, ou à disposição no homem que é propensa a pecar e que é antagónica a Deus (Gn 6,12; Rm 7.18; 8.6-8; 1 Co 3.3; Gl15.17,19; Cl 2,18; 2 Pe 2.10,18; 1 Jo 2.16), Este é o uso mais importante para o cristão. A carne, ou a natureza caída cobiça e guerreia contra o Espírito quando este opera através de uma nova natureza,  (G1 5.17-24; Rm 7.14-8.1). Esta condição é vencida da seguinte maneira: 
(a) Aprendendo a distinguir entre as obras da carne e as obras do Espírito Santo (G1 5.19-23; cf. 1 Co 6,9-11; Rm 8.4-13).
(b) Percebendo pela fé que a natureza caída já está sob condenação, embora ela ainda não esteja removida (Rm 8.3) e, portanto, o Espírito Santo pode habitar e de fato habita no crente (Rm 8.9).
(c) Rendendo-nos e sujeitando-nos à direção orientadora do Espírito Santo (Rm 8.4-13; G1
5.24,25; Ef 5.18ss.)

Os que estão na carne não podem agradar a Deus Rm 8.7 além disso vive uma vida influtifera.  Todo fruto revela sua árvore de origem. Da mesma maneira, como membros do corpo de Cristo, devemos refletir naturalmente o seu caráter para que o mundo o veja em nós.

Quando procedemos de forma errada e vergonhosa, estamos voltando a nossa velha natureza se inclinando assim as obras da carne. Se entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante (Gl 4.19).

No Livro de Galatas Paulo continua a contrastar ‘o fruto do Espírito’ com as obras da natureza pecaminosa. Assim como a natureza pecaminosa se manifesta de diferentes modos, o fruto do Espírito tem uma variedade de expressões. Veremos essas variedades nas próximas lições.

IV. O PERIGO DAS OBRAS DA CARNE

abaixo Pontuarei em desclição as obras da carne bem como breve resumo deles , mas antes de tudo sabemos que essas obras é uma constate ameça ao nosso relacionamento com Deus, e as pessoas que nos cercam.

. Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de DEUS (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do ESPÍRITO  SANTO (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17). 

As obras da carne (5.19-21) incluem:

(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termosmoichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.
(2) “Impureza” (gr. akatharsia),  pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).
(3) “Lascívia” (gr. aselgeia),  sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).
(4) “Idolatria” (gr. eidololatria),  a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que DEUS e sua Palavra (Cl 3.5).
(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia),  espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria 
(Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23). 
(6) “Inimizades” (gr. echthra),  intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas. 
(7) “Porfias” (gr. eris),  brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3). 
(8) “Emulações” (gr. zelos),  ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3). 
(9) “Iras” (gr. thumos), ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8). 
(10) “Pelejas” (gr. eritheia), ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17). 
(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de DEUS (Rm 16.17). 
(12) “Heresias” (gr. hairesis),  grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19). 
(13) “Invejas” (gr. fthonos), antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. 
(14) “Homicídios” (gr. phonos),  matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas. 
(15) “Bebedices” (gr. methe),  descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante. 
(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. 
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em JESUS e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de DEUS, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9).

CONCLUSÃO

Devemos ter bastante cuidado em relação aos constante perigo que nos assola, além do cuidado é preciso vigilância, e entrega total ao nosso Deus para que ele assuma o controle de nossas vidas. Quando o crente não se submete ao Espírito, cede aos desejos da natureza pecaminosa. Mas, ao permitir que Ele controle sua vida, torna-se um solo fértil, onde o fruto é produzido. Mediante o Espírito, conseguimos vencer os desejos da carne e viver uma vida frutífera.

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