sexta-feira, 7 de abril de 2017

Subsídio da Lição 2: Abel, exemplo de caráter que agrada a Deus


II. A INJUSTIÇA CONTRA ABEL

1. Abel era um homem justo. “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo” (Hb 11.4; Mt 23.35). Em toda a sua vida, demonstrou ser homem de bem, que andava em retidão, de caráter ilibado e reconhecido por Deus. Abel representa a parte da humanidade que se volta para Deus, e é formada de homens justos. Caim representa a parte má da humanidade, que dá as costas para Deus e busca os seus próprios interesses. Abel era justo, e morreu injustamente por permissão de Deus.
2. Abel, o primeiro mártir. Abel foi o primeiro pastor de ovelhas; o primeiro a oferecer sacrifício de animais no culto a Deus; foi o primeiro homem justo e também o primeiro mártir. Sua morte foi a primeira em consequência do pecado dos seus pais. O primeiro homem a ser morto por seu próprio irmão. Ele foi o primeiro a entrar para a galeria dos mártires por causa de sua fé e também o primeiro a ter seu nome registrado na galeria dos heróis da fé (Hb 11.4). Jesus foi morto por inveja: “Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado” (Mc 15.10). Da mesma forma que Jesus, Abel foi morto por inveja. Seu irmão ficou irado pelo fato de Deus ter aceitado a oferta de Abel. Tomado de ódio, assassinou friamente o seu irmão, sem lhe dar chance de defesa. Hoje, seu crime seria considerado homicídio qualificado, com dolo, por motivo torpe.
3. O sangue de Abel. Quando Caim matou Abel, o enterrou para não ter seu crime descoberto. Mas, para Deus que tudo vê (Gn 16.13), nada pode ficar em oculto. Jesus disse: “Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto” (Mc 4.22). Ao longo da história crimes foram cometidos em oculto. Mas, no Juízo Final, os “Cains” de todos os tempos serão confrontados pelo Supremo Juiz do Universo. “E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” (Gn 4.9). Caim teve a audácia de mentir diante de Deus e ainda de o afrontar sobre a guarda do irmão. Mas o Criador o inquiriu gravemente e declarou a sentença de juízo e maldição contra o criminoso: “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra” (Gn 4.10). Onde houve um crime de morte, um assassinato, o sangue clama. Clama por justiça. O sangue de Abel clamava por justiça e por vingança, diferente do sangue de Cristo, que clamava por perdão.

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