Samuel Vitalino
1)
Rejeitamos a Teologia da Prosperidade, pois ela tem, antes, contribuído
para uma falsa compreensão do evangelho da auto-negação de Jesus
Cristo.
2) Rejeitamos os ministérios centralizados em homens que destoam do Princípio Bíblico que Cristo deve crescer e nós, diminuir.
3)
Rejeitamos as novas revelações do Espírito, pois temos entendido pela
Palavra de Deus que a Bíblia é tudo o que precisamos em matéria de fé e
prática.
4)
Rejeitamos o fundamentalismo ascético que impede o povo de Deus de
usufruir com domínio próprio a liberdade cristã pela qual Cristo deu o
seu próprio sangue.
5)
Rejeitamos os cultos-show como se devêssemos cultuar com o fim de
agradar e entreter pecadores, em lugar de faze-lo ao único que se
interessa completamente pelo culto: o próprio Deus.
6) Rejeitamos o Mercado Gospel com todos os danos que ele tem causado à simplicidade do evangelho de Jesus.
7)
Rejeitamos o reducionismo teológico que tem embrutecido o povo de Deus
que se contenta hoje com frases e jargões sem sequer entender o que eles
dizem.
8) Muitos desses jargões são tão contraproducentes quanto heréticos, pois partem de uma visão humanista da Escritura.
9)
Alguns exemplos desses jargões: “Deus vai te honrar”, “Eu creio”, “Tá
amarado”, “Eu recebo”, “Somos cabeça e não cauda”, “Quero tocar nas
vestes do Senhor”, sendo que essa lista poderia ser muito mais
exaustiva.
10)
Rejeitamos toda e qualquer doutrina de homens que não tenham base na
Escritura, apenas, e conclamamos o povo de Deus a voltar-se para a
Palavra, não confiando cegamente em pastores, pois a Bíblia diz: “Seja
Deus verdadeiro e mentiroso todo homem”.
11)
Rejeitamos a teologia triunfalista que tem, antes, contribuído para um
descontentamento do povo de Deus, que deveria amar a sua providência e
ter por motivo de toda alegria o passar por provações, pois aprendemos
com Tiago que “as provações produzem perseverança”.
12)
Rejeitamos a tendência de muitos crentes em procurar Cristo por causa
de curas, milagres e coisas desse gênero e não por aquilo que ele é,
independentemente de recebermos qualquer coisa dele, além da salvação.
13) Rejeitamos a teologia que atribui a salvação ao homem e não totalmente a Deus, pois “quem jamais resistiu a sua vontade?”.
14)
Essa tendência teológica é tão absurda que rouba a glória de Deus e a
coloca no homem, mas somos lembrados que não nos cabe gloriar em nada,
pois somos “salvos pela graça por meio da fé, e isso não vem de nós, é
dom de Deus, não vem de obrar para que ninguém se glorie”.
15)
Rejeitamos também a tendência de crer nessa verdade e com isso nos
tornar preguiçosos culpando a soberania de Deus pela nossa letargia e
falta de coragem de pregar o evangelho como devemos fazer, cumprindo a
missão que Jesus nos deixou de “pregar o evangelho a toda criatura”.
16)
Rejeitamos todos os apóstolos modernos, pois a Bíblia encerrou o
ministério apostólico com aqueles homens mencionados como tais na
Escritura para que a sua Palavra fosse fundamentada pela doutrina deles,
que a receberam por revelação direta do Senhor Jesus.
17)
Rejeitamos com eles, todos os títulos que tendem a trazer algum tipo de
confusão ao povo de Deus, tais como: Patriarca, Sacerdote, Levita,
Reverendo, Bispo (usado de maneira equivocada) e tantos outros que
podemos nos acostumar e que dizem de nós aquilo que não somos.
18)
Rejeitamos toda a pompa eclesiástica que trás de volta ao culto a Deus
elementos do cerimonialismo judaico em detrimento da simplicidade do
Novo Testamento, depois que o véu do templo se rasgou para nos apontar
um novo e vivo caminho, em Jesus.
19)
Rejeitamos o comprometimento político de muitos crentes que têm trocado
o evangelho por votos, a cruz por cargos, o ministério por empregos,
Jesus por salários.
20)
Rejeitamos ser irmanados pelos sensos e pesquisas aos grupos e seitas
pseudo-cristãs como as assim chamadas Igrejas neopentecostais, elas têm
confundido não apenas o povo de Deus com suas falsidades e enganos, mas
têm dificultado o avanço do verdadeiro evangelho, sendo, antes sinagogas
de Satanás do que igrejas de Jesus.
21)
Rejeitamos seus líderes e os conclamamos ao arrependimento, pois “de
Deus não se zomba, o que o homem semear, isso também ceifará”.
22)
Rejeitamos a ideia de não poder falar contra pastores e líderes
religiosos em nome do culto à diferença; Jesus e os Apóstolos de verdade
se deixaram questionar pois não tinham medo da verdade.
23)
Paulo disse que se ele mesmo pregasse outro evangelho fosse anátema,
João afirmou que deveríamos provar os espíritos para saber se eles
procedem de Deus; Pedro informou que homens são ávidos por deturpar as
Escrituras e deveríamos ter cuidado e que é preciso fazê-los calar;
Tiago e Judas nos alertaram contra homens que se introduzem como
ovelhas, mas são lobos; finalmente, Jesus mesmo disse: “acautelai-vos
dos falsos profetas”.
24)
Amamos a liberdade de culto e de religião e lutaremos por ela com todas
as forças que possuirmos, sem jamais deixar de pregar o evangelho e
mostrar a diferença, pois não podemos confundir liberdade religiosa com
ecumenismo.
25)
Rejeitamos as catedrais e o resgate do conceito de templos no meio do
povo de Deus, pois Jesus Cristo se autodenominou o templo que foi
reerguido em três dias, quando ressuscitou dentre os mortos e
estabeleceu que nem em Jerusalém e nem em Samaria seria o lugar do culto
a Deus, mas onde quer que ele seja adorado em Espírito e em Verdade.
26) Lutamos pelo resgate da pregação simples das Escrituras, onde Cristo é o centro de todas as coisas, e não o homem.
27) Lutamos pelo resgate da doutrina pela justificação pela fé, somente.
28)
Lutamos para resgatar o papel profético da Igreja com base na Palavra
de Cristo e não nos devaneios de homens que apenas gritam palavras de ordem e têm uma legião de soldadinhos nas suas guerrilhas forjadas e encenações patéticas.
29)
Lutamos pela centralidade da Pregação e uso exclusivo dos conhecidos
elementos de culto, tais como oração, leitura da Palavra e cânticos de
louvor a Deus; rejeitando assim todas as inovações que não têm base na
Palavra de Deus.
30)
Lutamos pelo Princípio Regulador do Culto, tal como estabelecido por
Deus pela pena de Moisés: “Tudo o que eu te ordeno observarás, nada
acrescentarás ou diminuirás”.
31)
Lutamos pela liberdade na vida onde podemos usufruir de todas as
bênçãos de Deus com liberdade, sem, entretanto, dar ocasião à carne.
32)
A chave para essa liberdade é encontrada na observância do fruto do
Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio”.
33)
Lutamos pelo resgate da disciplina amorosa na igreja de Deus, pois o
povo de Deus precisa voltar a ter temor em relação ao pecado; em outras
palavras: pecado precisa ser chamado de pecado.
34)
Ensinamos que os mandamentos de Deus devem ser observados não como meio
de salvação, mas como resposta à ela, uma vez que “Deus de antemão
preparou as boas obras para que andássemos nelas”.
35) Ensinamos ao povo de Deus a amar a Deus sobre todas as coisas, inclusive nas piores circunstâncias que passarem.
36) Lutamos pelo resgate do conceito perdido do Dia do Senhor.
37)
Lutamos por ensinar crianças e jovens a respeitarem seus pais e os
obedecerem em todas as áreas de suas vidas, inclusive naquelas áreas que
a modernidade têm feito de jovens crentes cada vez mais independentes
e, portanto, menos felizes e mais propensos ao erro.
38)
Ensinamos que não herdarão o reino de Deus os que praticarem de forma
contumaz pecados que devem ser chorados pelo povo de Deus, pois sem a
santificação ninguém verá o Senhor.
39)
Ensinamos que Deus julga o coração e não apenas os atos, por isso
devemos cuidar do que nossos olhos veem, do que nossos ouvidos ouvem e
que vem à nossa mente, passando a pensar “em tudo o que é puro, amável,
respeitoso e de boa fama”.
40)
Rejeitamos a tendência de relativizar pecados: pirataria é furto;
pornografia é adultério; meia verdade é mentira; descontentamento é
cobiça.
41)
Rejeitamos o pragmatismo de pensar que tudo depende dos resultados,
pois “não depende de quem quer, mas de Deus derramar a sua
misericórdia”, e “o crescimento procede de Deus”.
42)
Rejeitamos o culto à relevância, pois nada há mais relevante que aquilo
que Paulo se recusava a fazer diferente: “nós pregamos a Cristo
crucificado; escândalo para os judeus, loucura para os gentios, mas para
nós, que cremos, é poder de Deus e sabedoria de Deus”.
43)
Chamamos o povo evangélico para uma reflexão séria sobre essas coisas,
pois não podemos esquecer que “muitos naquele dia ouvirão: apartai-vos
de mim os que praticais iniquidades”, mesmo que digam: “Senhor, Senhor,
em teu nome fizemos milagres, expulsamos demônios e profetizamos”.
44)
Chamamos os que não conhecem a Jesus como Salvador a não se
impressionarem com as loucuras evangélicas dos nossos dias, mas a
abraçarem a fé simplesmente de Jesus, pois “não há outro nome em cima
nos céus ou embaixo, na terra, pelo qual importa que sejamos salvos”.
Fonte: E a Bíblia com isso?
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