Gary DeMar
Encontramos
em Êxodo 18 uma descrição de como um governo civil descentralizado
deveria se parecer. Moisés, como representante exclusivo de Deus,
designou juízes justos sobre o povo numa hierarquia de autoridade. Mas
essa hierarquia não era uma pirâmide de cima para baixo. Antes, era um
tribunal de baixo para cima. Deus tinha lhes dado sua lei (assim como
nos deu), e o povo deveria levar suas causas a homens tementes a Deus,
que profeririam julgamentos honestos. Se uma causa fosse muito difícil
para eles, então os juízes a levariam ao próximo nível de cima.
Isso deixa os indivíduos livres para desenvolver sua própria salvação com temor e tremor (Fp. 2:12). Toda pessoa deve ser auto-governada abaixo de Deus. No Israel antigo, Deus requeria que sua lei fosse lida para toda a nação de sete em sete anos (Dt. 31:10-13), que revelava os termos de justiça civil para todo o mundo. Todos eram tornados responsáveis por suas ações. Esse é o sistema de auto-governo de Deus. Somente quando as pessoas discordam sobre os limites legais entre elas é que chamam os juízes. Assim, existe liberdade no nível individual, mas há também um tribunal para conseguir soluções pacíficas para as disputas. Esse é o mesmo tipo de tribunais que Cristo estabeleceu para resolver as disputas na igreja (Mt. 18:15-20).
Portanto, Deus providenciou uma hierarquia para eles, mas uma hierarquia de baixo para cima. Ele deu-lhes sua lei (Ex. 18:20). Ele declarou como justo o princípio fundamental de manter o ofício: “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez” (18:21).
O princípio do governo representativo bíblico deriva-se dessa inovação do Antigo Testamento. A questão primária é ética – justiça. Secundário a isso está a competência, mas sempre secundário: Paulo disse que é melhor ser julgado pela pessoa menos competente na igreja do que por um juiz civil anticristão (1Co. 6:4). Mesmo assim, os cristãos deveriam se esforçar aos níveis mais altos de competência, sabedoria e caráter.
O representante está abaixo de Deus e jura sustentar a lei de Deus. Ele representa os homens diante de Deus e Deus diante dos homens. Toda a autoridade é dada por Deus. Deus concede autoridade original aos governados para escolher quem governará sobre eles. Portanto, ele concede também autoridade aos governantes. No final, se o povo recusa obedecer aos governantes, eles podem arruinar qualquer sistema de governo. As pessoas são soberanas, mas não são originalmente soberanas. Somente Deus possui soberania original.
Autor: Gary DeMar (Liberty at Risk, p. 45-46)
Isso deixa os indivíduos livres para desenvolver sua própria salvação com temor e tremor (Fp. 2:12). Toda pessoa deve ser auto-governada abaixo de Deus. No Israel antigo, Deus requeria que sua lei fosse lida para toda a nação de sete em sete anos (Dt. 31:10-13), que revelava os termos de justiça civil para todo o mundo. Todos eram tornados responsáveis por suas ações. Esse é o sistema de auto-governo de Deus. Somente quando as pessoas discordam sobre os limites legais entre elas é que chamam os juízes. Assim, existe liberdade no nível individual, mas há também um tribunal para conseguir soluções pacíficas para as disputas. Esse é o mesmo tipo de tribunais que Cristo estabeleceu para resolver as disputas na igreja (Mt. 18:15-20).
Portanto, Deus providenciou uma hierarquia para eles, mas uma hierarquia de baixo para cima. Ele deu-lhes sua lei (Ex. 18:20). Ele declarou como justo o princípio fundamental de manter o ofício: “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez” (18:21).
O princípio do governo representativo bíblico deriva-se dessa inovação do Antigo Testamento. A questão primária é ética – justiça. Secundário a isso está a competência, mas sempre secundário: Paulo disse que é melhor ser julgado pela pessoa menos competente na igreja do que por um juiz civil anticristão (1Co. 6:4). Mesmo assim, os cristãos deveriam se esforçar aos níveis mais altos de competência, sabedoria e caráter.
O representante está abaixo de Deus e jura sustentar a lei de Deus. Ele representa os homens diante de Deus e Deus diante dos homens. Toda a autoridade é dada por Deus. Deus concede autoridade original aos governados para escolher quem governará sobre eles. Portanto, ele concede também autoridade aos governantes. No final, se o povo recusa obedecer aos governantes, eles podem arruinar qualquer sistema de governo. As pessoas são soberanas, mas não são originalmente soberanas. Somente Deus possui soberania original.
Autor: Gary DeMar (Liberty at Risk, p. 45-46)
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte: Monergismo
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