terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O Cristianismo Numa Época Pós-Cristã



Há quase dois mil anos o Senhor Jesus Cristo indagou a seus discípulos se haveria fé na terra por ocasião de sua volta a terra (Lucas 18.8). Mas afinal de que tipo de fé falava o Mestre? Haja vista que de alguma forma nos dias atuais vemos uma grande  divulgação dos movimentos de fé no meio evangélico. Será que estamos vivendo realmente um movimento de fé ou da banalização da fé?
Num exame do texto da Bíblia podemos perceber que  o que se reserva par aos últimos dias é uma época de apostasia e escassa fé. Logo necessário se torna verificar que tipo de fé está se praticando nos dias atuais, ou se essa fé tem, realmente as marcas da Cruz.
Não pouca vezes o apóstolo Paulo adverte os cristãos sobre a infiltração de heresias, vãs filosofias e falsas ciência em nosso meio: Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (1.ª Timóteo 4.1); Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Colossenses 2,8); Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência (1.ª (Timóteo 6. 20).
Todo cristão em dia com sua vida espiritual sabe que estamos vivendo os dias que antecedem a volta de Jesus. E este evento será precedido de sinais e movimentações previstas na Bíblia. Um dos sinais mais evidentes é a preparação do mundo para receber o Anticristo, um líder mundial que dominará os sistemas social, político e econômico das nações.
A filosofia do sistema do anticristo colide com os princípios cristãos. Assim, todos nós com nossa maneira de ser e de pensar nos constituímos resistências à implantação dessa nova ordem mundial que se prepara para ser implantada. Por conseqüência, para o mundo, necessário se torna eliminar toda forma de pensamento cristão para que as pessoa recebam essa nova forma de pensar numa nova sociedade global, sem “preconceitos” ou “discriminações”.
 De fato os tempos estão mudando, os costumes estão mudando e a forma de pensar das pessoas também. Sabemos que o fato social é que informa a produção das leis. Para se ter uma legislação permissiva ao aborto, ao casamento homossexual e outros pontos de afronta ao Cristianismo é necessário preparar as mentes das pessoas, que de alguma forma são informadas por uma visão cristã de mundo, ainda que distorcida, e resistem a tamanhas mudanças. Assim, monta-se toda uma estratégia de programas com doses de homossexualismo, traições, promiscuidades, etc., por meio da TV, cinema, teatro, internet, debates sociais e outras mídias para que tais comportamentos sejam encarados como algo normal e socialmente aceitável ou necessário. Num segundo momento tais comportamentos devem ser classificados em minorias que sob a bandeira de direitos humanos, ou melhor, do humanismo, buscam legitimar tais práticas, que receberão proteção e defesa do ordenamento jurídico do país, independente de qual grupo político esteja no poder.
O profeta Daniel falando sobre o domínio  do Anticristo falou: “...e cuidará em mudar os tempos e a lei ...” (Daniel 7.25).  Mudar os tempo implica em mudanças de padrões de comportamento, visão de mundo, tendências filosóficas e consciência social. Mudar as leis significa transformar as tendências em fatos sociais para promover alterações nas legislações das nações de forma a dar guarida a todo comportamento até então reprovável e tornar cada dia mais difícil a sobrevivência do pensamento cristão e dos autênticos seguidores de Jesus num mundo que então já se considera pós-cristão.
O Rei Davi prevendo tais distorções escreveu: Na verdade, que já os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo? (Salmo 11.3)
Vemos  fundamentos imprescindíveis para a vida harmônica em sociedade serem transtornados, vilipendiados, apequenados e condenados sem chance de defesa. A sociedade moderna ignora os valores da família e da reverência. Vivemos numa época em que a irreverência é louvada enquanto que a decência fica em segundo plano. A libertinagem travestida de liberdade está massificando a permissividade de maneira que o correto agora é o errado. Tudo isso em nome de um relativismo inconseqüente onde não existe responsabilidades.
Nesse ambiente ainda há hipócritas falando de ética e contra a violência num momento e promovendo o aborto, e experiências com embriões em outro. Ora, a vida começa na concepção. Se o Direito a vida é Direito Fundamental porque agora vamos fechar os olhos a tamanho crime contra quem não pode se defender? Não podemos ser contra os avanços tecnológicos, mas não podemos ser contra a vida. As pesquisas com células tronco podem ser feitas com células não embrionárias. Enquanto isso, em nome do prazer pelo prazer países como Holanda e Canadá praticam verdadeira violência contra a mente infantil quando autorizam a adoção de crianças por casais homossexuais. Na verdade a luta dos homossexuais pelos seus direitos não legitima a violência psíquica contra a infância e contra a família. No caso do Brasil , tais direitos podem muito bem ser defendidos pelo atual Código Civil através de contratos específicos.
Uma coisa é certa Deus não muda. Nele não há mudança nem sombra de variação Tiago 1.17). Isto porque Ele é perfeito e peremptoriamente completo em si mesmo. Por isso seus preceitos são absolutamente inquestionáveis e o que a Bíblia descreve como pecado sempre será pecado e impróprio para o ser humano.
Sobre o relativismo profetizou Isaías: Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!(Isaías 5.20). Sem dúvida alguma há uma responsabilidade do homem pela inversão de valores atual. A conseqüência virá de diversas formas, seja por fenômenos naturais, sociais ou psico-sociais. É necessário a cada um de nós entendermos que Deus estabeleceu para para-peitos para não cairmos no abismo da inconseqüência.

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