7º Selo ( AS SETES TROMBETAS )
Sétimo selo, 7 Trombetas
Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.” Apocalipse 8.1-6
Se a abertura dos seis selos anteriores foram importantes, imagine a abertura deste sétimo, pois dele vêm as sete trombetas, e, em seguida, as sete taças da ira de Deus. Assim, este sétimo selo abre um leque de acontecimentos ainda muito mais importantes do que os anteriores. Temos um paralelo com o Antigo Testamento, pois da mesma forma pela qual os filhos de Israel, durante seis dias, tiveram que dar uma volta por dia em torno da cidade de Jericó, e no sétimo dia sete voltas, para que então as muralhas caíssem, assim acontece com a abertura deste último selo.
Fato semelhante também ocorreu com Jó: os seus amigos viram que o seu sofrimento era tão intenso, que ficaram sentados e calados junto dele durante sete dias. A abertura deste selo nos leva a meditar na infinita paciência de Deus, quando procura prolongar os Seus juízos, a fim de dar aos homens mais tempo para pensarem e, assim, voltarem-se para Ele. Muitas vezes achamos que a justiça divina demora muito, mas a verdade é que Deus não tem prazer na morte do ímpio; por isso, aguarda pacientemente que as pessoas se convertam dos seus maus caminhos.
É o que o Espírito Santo fala, por intermédio do apóstolo Pedro: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. (2 Pedro 3.9).
Voltando aos registros do apóstolo João, vemos que: “Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora” (Apocalipse 8.1). A abertura do sétimo selo trouxe, portanto, como primeira e principal consequência, este silêncio no Céu.
É interessante notarmos que não foi por meia hora exatamente, mas “cerca de meia hora”, pois no Céu, onde está o trono de Deus, não existe o fator tempo cronológico, uma vez que não existe o sol para determinar minutos, dias, meses e anos. O próprio Deus é a Luz dos Céus. Portanto, tudo lá é um eterno presente, porque lá está Aquele que era, que é e que há de ser! Vejamos o que pode significar este tempo de “cerca de meia hora”:
A Grande Tribulação durará sete anos e corresponde à septuagésima semana dos anos de Daniel. Uma semana de anos tem sete anos, pois cada dia representa um ano. A septuagésima semana corresponde aos sete anos de tribulação. Meia hora são 48 avos do dia que, neste caso, é um ano. Visto que o ano bíblico é contado como ano lunar, de 360 dias, chegamos a sete dias e meio, isto é, esta meia hora corresponderia a sete dias e meio. Acreditamos então que, no sétimo selo, o Senhor Deus, em Sua infinita longanimidade, dá mais sete dias e meio de prazo para que as pessoas possam se voltar para Ele.
Isso também aconteceu no tempo de Noé. Quando ele acabou de construir a arca, e entrou nela com a sua família e os animais, o Senhor lhe disse:
“Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites...” (Gênesis 7.4).Deus poderia fazer chover imediatamente apóstodos terem entrado na arca, mas não! Ele esperoumais sete dias, para então fazer chover. Significaque Ele estendeu a mão por mais sete dias alémdo já estabelecido! Podemos concluir que o Senhorsempre procura esgotar todo o tempo, para queninguém se perca.
A abertura do sétimo selo tem consequências terríveis, mas, antes disso, há aproximadamente meia hora de silêncio, como se fosse uma espécie de espera da parte de Deus, para que as pessoas na Terra pudessem reconsiderar os seus caminhos e se voltar para Ele.
Resumindo os selos anteriores, temos, na abertura do primeiro selo, uma voz poderosa que diz “vem” – é possível também traduzir como “vai” ou “adiante”. O mesmo se dá com a abertura do segundo, do terceiro e do quarto selo. A abertura do quinto selo traz um enorme abalo no céu e na Terra; terror e espanto tomam conta de todos os seres humanos. Na abertura do sétimo selo, ao contrário dos demais, não se ouve nenhuma voz e não se percebe nenhum movimento.
Há, sim, uma interrupção que causa reverência: “...houve silêncio no céu cerca de meia hora” (Apocalipse 8.1). Todo o Céu está quieto. Silenciou-se o grandioso
louvor de todas as miríades celestiais. Também o louvor dos vinte e quatro anciãos e dos quatro seres viventes, em respeito ao silêncio de Deus e do Cordeiro! O apóstolo João continua o seu registro:
“Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.”. Apocalipse 8.2-4
A Bíblia se refere a muitas trombetas. Umas serviam para convocar o povo à guerra, outras eram usadas em festas; havia as que serviam para reunir o povo, as que anunciavam um novo rei e as utilizadas durante a construção do Templo. Todas elas eram tão somente indicações proféticas das trombetas celestiais, cuja plenitude divina vemos aqui: sete trombetas que procedem do sétimo selo. Este é o Dia do Senhor, que abrange um período de juízos de sete anos. O profeta Sofonias o chamou de “dia de trombeta”:
“Está perto o grande Dia do Senhor; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do Senhor é amargo, e nele clama até o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas.”. Sofonias 1.14-16
Parece haver um paralelo entre as trombetas que Gideão deu aos seus trezentos homens e estas que os sete anjos receberam. Naquela oportunidade, Gideão usou apenas as trombetas, os cântaros vazios e as tochas de fogo. Isso foi suficiente para que, da parte de Deus, os midianitas entrassem em desespero e se matassem uns aos outros. No caso do sétimo selo, os sete anjos tocam as suas trombetas para a guerra contra Satanás, e é o próprio Senhor Jesus Quem acaba com ele.
“Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.”. Apocalipse 8.3-6
Tudo indica que este “outro anjo” seja o Senhor Jesus Cristo, pois há fortes argumentos que comprovam isto, especialmente quando se faz um paralelo com o sumo sacerdote de Israel. Vejamos: Ele realiza uma tarefa extraordinariamente elevada, que somente o sumo sacerdote do Antigo Testamento tinha o direito e o dever de realizar. Este anjo também se apresenta em dignidade sumo sacerdotal.
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